O
cabeça-de-lista da CDU às eleições legislativas disse hoje que não aceita a
discriminação do partido Os Verdes dos debates e que, desse modo, não é
aceitável que a coligação PSD/CDS tenha dois representantes nos debates, Passos
Coelho e Paulo Portas.
"Esses
debates deviam envolver todos os partidos e coligações existentes, mas [PSD e
CDS] rejeitaram - com uma mãozinha do PS e Bloco de Esquerda, espante-se - e
tentaram marginalizar o partido ecologista Os Verdes. Como podíamos aceitar que
a coligação PSD/CDS tivesse direito participar em mais em mais debates com o
ajudante de Passos Coelho, que é Paulo Portas, e os Verdes seriam
discriminados, não aceitamos isso", afirmou hoje o secretário-geral do
PCP, Jerónimo de Sousa, num comício em Vialonga, Vila Franca de Xira.
Para
a CDU, tendo em conta do princípio de participarem nos debates televisivos
todos os partidos com assento parlamentar e tendo em conta que há duas
coligações - Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) e CDU (PCP e Os Verdes) - a
participação de um representante do CDS só é justa se também houver a
participação de um representante de Os Verdes.
Jerónimo
de Sousa rejeitou assim a posição do CDS, que diz não estar a haver pluralismo
neste processo, dizendo que o que não é aceitável é que "a coligação de
direita tenha mais tempo de antena do que qualquer outro partido".
"Reservando
a nossa posição para mais tarde sobre o modo de participação no conjunto de
debates, queremos dizer que não aceitamos descriminações, estamos disponíveis
para debater com todos, incluindo com o CDS, como sempre estivemos mesmo quando
tinha quatro deputados", afirmou o dirigente comunista, repetindo que o
que não aceita é exclusões.
A
coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) anunciou sexta-feira que, sem a
presença de Paulo Portas, não participará no debate televisivo de 22 de
setembro, e que enviará o presidente do CDS-PP ao frente-a-frente com o
secretário-geral do PCP.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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