A
unidade entre o povo e os combatentes foi essencial para a libertação de
Timor-Leste e deve ser recordada, hoje, como elemento de reforço da confiança
da sociedade nas instituições civis e militares, disse hoje o Presidente da
República timorense.
"A
restauração da independência foi possível porque se construiu uma verdadeira
unidade entre o povo e os combatentes, ao serviço da Nação", disse Taur
Matan Ruak nas cerimónias do 40.º aniversário das Falintil, o braço armado da
resistência timorense.
"Esta
lição continua a ser importante, no presente e para o futuro do país. É preciso
reforçar a unidade, e reforçar a confiança do povo nas instituições, civis e
militares", disse.
As
cerimónias de comemoração do 40.º aniversário da "instituição mais antiga
do Estado de Timor-Leste", decorreram em Taci Tolo , no mesmo
espaço onde em 2002 decorreram as cerimónias da restauração da independência do
país.
No
seu discurso, Taur Matan Ruak relembrou que as F-FDTL são "uma instituição
pujante, em renovação rápida, que olha o futuro com confiança, sem esquecer as
lições da história" e o seu papel na criação de "condições novas para
enquadrar a participação dos cidadãos na defesa da terra amada de Timor e do
conjunto da nossa comunidade.
"Criar
as Falintil foi uma manifestação de vontade nacional e a adesão do povo às
Falintil foi uma expressão de determinação e vontade de participação,
respondendo ao apelo dos líderes, em defesa da nossa terra", afirmou o
último comandante das Falintil.
O
chefe de Estado recordou as "derrotas e vitórias" e os "debates
para adaptar a estratégia da Resistência e das Falintil aos desafios da
ocupação", com a resistência a ter, por si só, a "descobrir as
estratégias novas e as soluções para garantir a sobrevivência das Falintil, da
Resistência e do povo".
"A
vitória foi possível pelo comportamento dos que resistiram - nas montanhas, nas
cidades, nos campos. Também houve os que desistiram. Mas a vitória foi
resultado do esforço e sacrifício dos que lutaram e não desistiram",
afirmou.
Taur
Matan Ruak, que recordou a "maior honra" da sua vida, que foi
"servir o país durante 36 anos nas Falintil e Falintil-FDTL",
considerou que hoje o principal combate da instituição é desenvolver e aumentar
a competência técnica e o profissionalismo.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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