A
constatação é feita num documento publicado no site da Universidade de Economia
e Políticas Sociais de Londres.
Numa
análise ao sistema político português e ao que está acontecer num momento em
que a 4 de outubro se elege o próximo primeiro-ministro, Alexandre
Afonso, professor catedrático na Universidade de Leiden, salienta que o sistema
político português parece estar “sedado”.
Lembrando
a crise pela qual passou o país e as medidas impostas pela coligação PSD/CDS, o
professor revela-se surpreendido por em 30 anos os eleitores lusos pouco
alterarem as suas intenções de voto, sendo que a liderança de Portugal tem
oscilado sempre entre apenas dois partidos: PSD e PS.
Recorrendo
aos exemplos da Grécia e Espanha, em que se notou mudanças de preferências
partidárias para partidos mais radicais como o Syriza e o Podemos,
respetivamente, o professor escreve que “Portugal parece ser o único país onde
o sistema político parece não sofrer grandes alterações”.
Alexandre
Afonso refere ainda que uma das possíveis explicações para este facto pode ser
a de em Portugal a crise “não ter sido algo tão brusca e da austeridade já vir
de há mais tempo”. Além disso, em Portugal, o PS, que liderava no início da
crise, acabou por perder as eleições e conseguiu dissociar-se da polémica
fugindo a qualquer culpa pelo sucedido.
E
por fim, pelo facto dos partidos mais pequenos portugueses serem muito
tradicionais e não terem força para mover multidões.
Leia aqui na íntegra o artigo
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