Presidente
da Câmara afirma que é indiferente ao nome do relator do processo contra ele
O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser notificado até o fim do
dia de hoje (5) sobre a escolha de Fausto Pinato (PRB-SP) como relator do
processo contra ele no Conselho de Ética. O deputado será investigado por
receber propina para viabilizar negócios da Petrobras e de manter contas
secretas na Suíça, negadas por ele em depoimento à Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Petrobras.
Cunha
só precisará apresentar defesa a partir da apresentação do relatório
preliminar, que indicará ou não a continuidade da representação.
Segundo
o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), isso ocorrerá no
próximo dia 24, caso Pinato não resolva antecipar suas conclusões. O
peemedebista terá dez dias para tentar convencer os parlamentares de que é
inocente.
"No
momento correto, depois que estiver efetivamente no prazo de defesa, meus
advogados irão contestar todos os pontos. Já nomeei advogado para o Conselho de
Ética e vai ser tratado com toda a calma e tranquilidade”, afirmou.
Antes
do anúncio do relator, Cunha disse que é “indiferente” ao nome e negou notícias
divulgadas hoje de que comentou com colegas como sustentaria sua defesa diante
do colegiado.
“É
igual ao parecer do impeachment da semana passada, que ninguém viu
até hoje. É a mesma situação. Não tenho o que comentar porque não existe. Cadê
o parecer que não apareceu até hoje? Eduardo Cunha comparou com reportagens
veiculadas há uma semana, as quais confirmavam que dois pareceres – um
contrário e um favorável - sobre o pedido deimpeachment contra a
presidenta Dilma Rousseff estavam prontos.
Paulinho
da Força
Perguntado
sobre notícias de que o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) passará a
integrar o Conselho de Ética a partir da próxima semana, para substituir o
deputado Wladimir Costa (SD-PA), o presidente da Câmara tentou afastar
especulações de que isso o beneficiaria no processo.
“Tem
muitos aliados meus que estão e muitos adversários que estão também. Essa coisa
não pode ser tratada dessa maneira. Ninguém pode ser estigmatizado por ser meu
aliado e nem condenado por ser meu adversário”, acrescentou.
Impeachment
A
Câmara aguarda uma decisão de Cunha sobre o pedido
de impeachment contra Dilma Rousseff apresentado no último dia 21.
Hoje, o presidente da Casa informou que está esperando o Supremo Tribunal
Federal (STF) extinguir ações relacionadas à questão de ordem que respondeu em
plenário, definindo como seria a tramitação de um possível pedido na Casa.
Há
sete dias Cunha desistiu do rito que havia proposto, alinhando com a decisão de
dois ministros do STF. Teori Zavascki e Rosa Weber concederam três liminares
suspendendo a decisão do deputado e decidiram que os processos devem seguir a
Constituição e a Lei 1.079 de 1950, que regulamenta a tramitação de pedidos
de impeachment.
Príncipe
japonês
No
início do dia, Eduardo Cunha recebeu o príncipe e a princesa do Japão, Akishino
e Kiko, em sessão solene em homenagem aos120 anos do Tratado de Amizade e
Relações Diplomáticas entre Brasil e Japão.
Ao
chegar ao Congresso, a comitiva do príncipe contornou o gramado em frente ao
prédio principal onde um grupo de manifestantes está acampado há mais de uma
semana, reivindicando a aprovação do pedido de impeachment.
Cunha
disse que o cenário não incomodou Akishino. Segundo ele, os dois comentaram o
protesto de forma descontraída. “É coisa da democracia. A mim não incomodou.
Nem a ele. Depois que informei que a manifestação não era contra ele e que ele
ficasse tranquilo, o príncipe riu”, concluiu o presidente da Câmara. Com
informações da Agência Brasil.
Notícias
ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário