Marisa
Matias criticou Marcelo Rebelo de Sousa pelo aproveitamento político que fez ao
ir ao Hospital de S. José, quando há pouco tempo, na campanha das legislativas,
assumia que a política do Governo PSD-CDS tinha custos, mas “tinha de ser”.
“Coerência já fazia falta ao candidato Marcelo”, apontou.
Marisa
Matias esteve este domingo na Guarda, ao lado do deputado municipal Marco
Loureiro, e da deputada à Assembleia da República Isabel Pires, onde não poupou
nas críticas ao candidato da direita Marcelo Rebelo de Sousa.
“É
muito triste quando vimos candidatos a fazer um aproveitamento, porque não se
deve ter apenas sensibilidade para os danos sociais depois de eles estarem
causados, essa sensibilidade tem que se ter antes, tem que vir dos nossos
valores, dos nossos princípios, daquilo que defendemos em cada momento”,
destacou Marisa.
Para
a candidata presidencial, é pena que o que se ouviu falar nos últimos dias,
sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), “tenha sido tão invisível nos últimos
anos, quando as políticas de austeridade empurraram para fora do SNS pessoas
por falta de recursos ou por falta de meios, liquidaram a capacidade de
resposta do SNS em muitas das circunstâncias, encerraram centros de saúde,
hospitais e postos de atendimento em muitas zonas do país”.
Sublinhando
que não precisou de nenhuma campanha presidencial para denunciar os cortes no
SNS, ou lutar pela saúde de todos e todas, Marisa recordou as palavras de
Marcelo Rebelo de Sousa, que há pouco tempo, dizia que a proposta do PSD-CDS
era a proposta “mais segura, mais sensata e mais ponderada”, e lembrou-lhe que
“a austeridade tem mesmo consequências concretas na vida das pessoas concretas,
e a candidatura a Belém não é um mero passeio de passadeira vermelha, de
fingimento”.
“Não
entendo que os valores que estão inscritos na nossa lei fundamental, que foram
sistematicamente violados, sejam meras declarações genéricas que podem permitir
tudo. Não os entendo assim”, destacou Marisa Matias, que logo a seguir
salientou que “aquilo que se cortou no SNS é o equivalente ao que
perdemos, por exemplo, com o BANIF, porque sabemos que se trata tudo de
escolhas políticas e temos que ter na Presidência da República um árbitro de
proximidade com os cidadãos e cidadãs”.
Para
Marco Loureiro, deputado municipal na Guarda, é tempo de eleger “uma Presidente
que mobilize o país para as questões pertinentes como são o sector da saúde, da
educação, da cultura, bem como das políticas sociais e económicas, que tanto
necessitamos na nossa região”. Lembrou os cortes que os sucessivos orçamentos
têm feito àquela região, na área da saúde e da justiça, e lembrou as visitas do
ainda Presidente da República que “nunca se pronunciou quando tivemos situações
que vieram cortar, desde as portagens, desde o fecho dos tribunais, desde o
fecho das finanças, do fecho dos serviços de atendimento na área da saúde. Um
Presidente que nunca quis debater aquilo que mais tocava na vida daqueles que
devia representar”.
“A
austeridade não só deu cabo do país como ainda nos colocou no interior mais
profundo, num interior vazio, num interior esquecido”, destacou.
á
para a deputada à Assembleia da República Isabel Pires, se juntarmos aos dois
mandatos de Cavaco Silva, os últimos quatro anos de governação PSD-CDS
verificamos que o país “ficou pior em todas as áreas que nos possamos lembra”,
apelando à urgência de “acabar, de vez, com os comportamentos criminosos que
alguns governantes tiveram até agora”.
Lembrou
os quatro anos de “política de terra queimada” que “ainda nos dizem para não
estragar”, e convidou a direita a “descer à realidade e ver o estado real em
que o país ficou. O país onde ter direitos no trabalho é, hoje em dia, a
exceção, o país onde o desemprego é preocupante, o país onde quem vai ao
hospital ao fim-de-semana pode não ter garantidos os cuidados que precisa, o
país onde a pobreza aumenta a cada ano que passa, o país onde os níveis de
emigração são dos mais altos de sempre”.
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