Afropress,
com informações da Uol Economia
S.
Paulo – Trabalhadores negros (pretos e pardos) no Brasil ganham, em média,
apenas 59,2% dos rendimentos dos trabalhadores não negros. É o que aponta a
Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No
caso das mulheres – alvos da discriminação de gênero – elas ganham, em média,
75,4% do rendimento dos homens.
Tanto
no caso de negros quanto das mulheres, a situação apresentou leve melhora em
relação a 2003, quando a Pesquisa começou a ser feita. Na época, o rendimento
dos negros não chegava a atingir nem a metade dos brancos – era 48,4%. A
diferença de salário entre brancos e negros/pardos diminuiu em 2015. Ainda
assim, os trabalhadores negros ganharam, em média, 59,2% do rendimento dos
brancos no ano passado.
Apesar
de negativo, o resultado mostra um avanço em relação a 2003. A situação das
mulheres no mercado de trabalho apresentou uma pequena melhora em relação ao
levantamento feito em 2014, quando ganhavam em média 74,2% do salário dos
homens.
Na
população em geral, houve queda da renda: a média em 2015 foi de R$ 2.265,09,
queda de 3,7% em relação a 2014. Foi a primeira baixa desde 2004, por conta do
efeito da crise econômica que está sendo repassada para os mais pobres.
A
pesquisa do IBGE é baseada nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo
Horizonte, S. Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Segundo o IBGE
todas as regiões tiveram perda de rendimento dos trabalhadores, com destaque
para Belo Horizonte (-4,6%), Rio de Janeiro (-4%) e S. Paulo (-4%).
A
média de pessoas desempregadas no passado foi de 1,7 milhão, 42,5% maior que a
do ano anterior: 1,2 milhão.
*Colaboração de Alberto Castro para PG
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