Intensificar
a luta no sentido de resolver os problemas dos trabalhadores, reforçar o papel
e a ação dos sindicatos nos locais de trabalho e valorizar salários e condições
de trabalho. São objetivos da CGTP para os próximos 4 anos.
A
Intersindical reúne-se esta sexta e sábado em congresso na cidade de Almada,
onde os mais de 700 delegados vão discutir e aprovar o programa de ação para o
próximo mandato. No documento, que ainda assume forma de projeto e que segue de
guia para os trabalhos, há ainda um reforço das criticas à concertação social.
Quando
comparamos com o documento aprovado no ultimo congresso, ao tom crispado com
que se referia à concertação social e ao papel do governo na linha estratégica
do ultimo mandato, a CGTP junta a UGT e as confederações patronais ao rol de
criticas inscritas no projeto de programa de ação.
A
Intersindical acusava a concertação social de ser governamentalizada, agora
repete a critica e vai mais longe dizendo que é preciso combater a ideologia de
conciliação de classes uma vez que os interesses são antagónicos e portanto
inconciliáveis. No documento elaborado em meados de novembro e que ainda será
sujeito a alterações no decorrer deste congresso é reforçada a importância da
intervenção e luta num pais que, defende a CGTP, foi magoado pelas políticas de
direita, com referencias aos PEC, ao Memorando da troika, ao Tratado Orçamental
e ao Programa de Estabilidade.
Para
os próximos 4 anos a central sindical defende que a luta deve ser intensificada
e alargada para que haja uma rutura com a política de direita, sublinhando que
foi a força dos trabalhadores a impedir que algumas medidas mais gravosas
fossem tomadas pelo anterior governo. Essa força, garante a CGTP, contribuiu
ainda para que a coligação PSD/CDS tivesse ficado em minoria no parlamento.
Facto que abriu uma nova janela com uma nova maioria parlamentar o que para a
Inter favorece a formação de um governo do PS.
O
projeto de programa de ação tem data de 11 de novembro antes do governo de
António Costa entrar em funções mas os acordos à esquerda já eram uma realidade
por isso a ideia transmitida no documento sujeito a discussão indica que o
governo socialista deve assumir como prioridade a resposta aos problemas dos
trabalhadores e a rejeição da política de direita.
Nuno
Serra Fernandes – TSF – Foto: Reinaldo Rodrigues / Global Imagens
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