Numa
primeira avaliação ao governo, Arménio Carlos sublinha o "esforço para
mudar" que dá "credibilidade à política". Na véspera do 13º
congresso, o secretário - geral da CGTP esteve no Fórum TSF.
Arménio
Carlos deixa claro que a estabilidade social "dependerá muito das
políticas que forem seguidas". Elas devem "melhorar a qualidade de
vida" dos trabalhadores, os reformados, os desempregados e dos jovens e
"sobretudo, dar uma perspetiva ao país". Mesmo assim, sublinha que
"claro que não há cheques em branco".
O
secretário-geral da Intersindical entende que, até aqui, o governo e a maioria
de esquerda que o suporta têm cumprido as promessas eleitorais e os
compromissos assumidos nos acordos que viabilizaram a formação do governo.
"Isso
é positivo porque credibiliza a política e os políticos. E isso é fundamental
para afirmar a dinâmica da democracia".
Na
véspera do início do congresso da CGTP, o líder da central sindical também
alerta para a necessidade dos sindicatos não ficarem à espera que algo aconteça,
porque "existe um conjunto de ingerências e, diria mesmo, de chantagens,
que vão aumentar quando se começar a discutir o programa de estabilidade e o
problema do tratado orçamental e da dívida".
São
temas que, para Arménio Carlos, precisam de ser revistos e assumidos como
"um desígnio nacional", sem o que as discussões dos próximos
orçamentos do estado passarão inevitavelmente pelos mesmos problemas.
O
secretário-geral da Inter considera ainda que a participação dos sindicatos é
agora "mais importante do que nunca" como "contraponto" aos
"privilégios atribuídos ao setor financeiro".
TSF
– Foto: Ana António / TSF
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