sábado, 16 de abril de 2016

Moçambique. Comité Central da Frelimo defende diversificação da economia face à crise



O Comité Central da Frelimo, partido no poder em Moçambique, exortou hoje o Governo a encetar medidas visando a diversificação da economia e a criação de um ambiente favorável aos negócios, perante a crise económica que o país atravessa.

"O Comité Central recomendou que o Governo tome medidas que visem diversificar a base produtiva, aumentar a produção e a competitividade, apostando numa cadeia de valor que possa gerar oportunidades para as pequenas e médias empresas", disse o porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), António Niquice, falando em conferência de imprensa de balanço dos primeiros três dias da 5ª Sessão Ordinária do Comité Central (CC).

O executivo, que emanou da Frelimo, deve promover um clima favorável ao desenvolvimento de negócios, como forma de atrair o setor privado, principalmente o tecido empresarial moçambicano, para a atividade económica, salientou Niquice.

"O Comité Central considera que é preciso estimular os setores catalisadores do processo de produção, designadamente a agricultura, o turismo e infraestruturas, incluindo o setor de energia, porque temos que ter o país eletrificado, com maior prioridade para os nossos distritos, para que as populações possam beneficiar desde recurso", frisou o porta-voz da Frelimo.

A economia moçambicana tem sido atingida por uma queda vertiginosa do metical face ao dólar, descida das exportações e subida de inflação, por efeito não só de causas externas, como a baixa cotação de matérias-primas, como também de uma persistente seca que atinge centenas de milhares de pessoas no sul e centro do país.

Outra ameaça prende-se com as contas do Estado, envolvendo o risco de agravamento da dívida pública, num momento em que Moçambique conseguiu restruturar o empréstimo de 850 milhões de dólares, contraído para a empresa estatal de atum, mas em que surgem notícias dando conta da existência de um segundo encargo até agora desconhecido, no âmbito do mesmo dossiê.

Além disso, Moçambique vive uma crise política e militar caracterizada por confrontos entre as forças de defesa e segurança moçambicanas e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), no centro do país, e por ataques a veículos militar e civis em vários troços da principal estrada do país na região, atribuídos ao principal partido de oposição.

PMA (HB) // PJA - Lusa

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