O
Comité Central da Frelimo, partido no poder em Moçambique, exortou hoje o
Governo a encetar medidas visando a diversificação da economia e a criação de
um ambiente favorável aos negócios, perante a crise económica que o país
atravessa.
"O
Comité Central recomendou que o Governo tome medidas que visem diversificar a
base produtiva, aumentar a produção e a competitividade, apostando numa cadeia
de valor que possa gerar oportunidades para as pequenas e médias
empresas", disse o porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique
(Frelimo), António Niquice, falando em conferência de imprensa de balanço dos
primeiros três dias da 5ª Sessão Ordinária do Comité Central (CC).
O
executivo, que emanou da Frelimo, deve promover um clima favorável ao desenvolvimento
de negócios, como forma de atrair o setor privado, principalmente o tecido
empresarial moçambicano, para a atividade económica, salientou Niquice.
"O
Comité Central considera que é preciso estimular os setores catalisadores do
processo de produção, designadamente a agricultura, o turismo e
infraestruturas, incluindo o setor de energia, porque temos que ter o país
eletrificado, com maior prioridade para os nossos distritos, para que as
populações possam beneficiar desde recurso", frisou o porta-voz da
Frelimo.
A
economia moçambicana tem sido atingida por uma queda vertiginosa do metical
face ao dólar, descida das exportações e subida de inflação, por efeito não só
de causas externas, como a baixa cotação de matérias-primas, como também de uma
persistente seca que atinge centenas de milhares de pessoas no sul e centro do
país.
Outra
ameaça prende-se com as contas do Estado, envolvendo o risco de agravamento da
dívida pública, num momento em que Moçambique conseguiu restruturar o
empréstimo de 850 milhões de dólares, contraído para a empresa estatal de atum,
mas em que surgem notícias dando conta da existência de um segundo encargo até
agora desconhecido, no âmbito do mesmo dossiê.
Além
disso, Moçambique vive uma crise política e militar caracterizada por
confrontos entre as forças de defesa e segurança moçambicanas e o braço armado
da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), no centro do país, e por ataques
a veículos militar e civis em vários troços da principal estrada do país na
região, atribuídos ao principal partido de oposição.
PMA
(HB) // PJA - Lusa
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