O
principal partido são-tomense da oposição, o Movimento de Libertação de são
Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), anunciou hoje o apoio à
candidatura presidencial independente da sua dirigente Maria das Neves.
"O
conselho nacional do MLSTP-PSD decidiu por votação apoiar de forma inequívoca a
camarada Maria das Neves nas próximas eleições presidenciais", indica o
comunicado, sublinhando que dos 257 membros presentes no conselho nacional, 249
votaram a favor e oito abstiveram-se.
"Face
a esta deliberação do conselho nacional, o MLSTP-PSD exorta os seus dirigentes,
militantes, simpatizantes, amigos do partido a unirem-se em torno da referida
candidatura e desenvolverem um intenso trabalho de mobilização política, visando
a eleição da camarada Maria das Neves no pleito eleitoral que se
avizinha", apela o comunicado dos sociais-democratas.
Fonte
do principal partido da oposição indica que o atual presidente da república,
Manuel Pinto da Costa, que pretende candidatar-se a um segundo mandato, remeteu
igualmente uma carta ao partido solicitando "apoio e autorização para
contactar as bases do partido".
"Os
dois pedidos foram objetos de análise dos militantes em reuniões que tiveram
lugar nos distritos e na Região autónoma do Príncipe", explicou a fonte.
As
eleições presidenciais estão previstas para julho próximo. No entanto, a data
ainda não foi marcada pelo Presidente da Republica que, para esse efeito, terá
que ouvir primeiro a Comissão Eleitoral Nacional (CEN) e saber, da parte do
Governo, se estão reunidas as condições financeiras.
Até
ao momento, Maria das Neves, ex-primeira-ministra e atual vice-presidente da
assembleia nacional (parlamento), é a única que oficializou a sua intenção em
concorrer ao próximo ato eleitoral em São Tomé e Príncipe.
Maria
das Neves que é membro da direção do MLSTP-PSD e líder da ala feminina deste
partido e, em carta dirigida a vários partidos e que a Lusa teve acesso,
sublinha que a "instabilidade politica e a incapacidade de trabalhar em conjunto
têm sido a maior ameaça ao processo de desenvolvimento" do país.
"Acredito
que serei muito mais útil aos são-tomenses se puder exercer uma função cuja
magistratura de influência permita ajudar o país a conseguir a tão almejada
estabilidade politica e paz social", refere Maria das Neves, acrescentando
que tem experiência acumulada "durante os cerca de 40 anos de serviço
público"
MYB
// SMA - Lusa
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