Hélder
Costa*, opinião
Foi
neste dia, há precisamente 84 anos, que Hitler tomou o Poder na Alemanha. Quase
em coincidência com a gloriosa ascensão do seu digno descendente Trump ao trono
dos USA
Há
quem diga que a História não se repete, que quando volta pode ser em farsa,
outros dizem em tragédia, mas a verdade é que há curiosas coincidências.
No
seu primeiro discurso, Hitler apela ao levantar outra vez da Grande Alemanha,
de que é preciso excluir comunistas, socialistas, sociais democratas e
centristas sem força nem coragem. Foi o Deutschland über alles, com o
Franco Arriba España, o Trump America First, e até nas eleições da nossa paróquia
em 2015 a coligação da direita lembrou-se de Portugal à Frente! Realmente, é
gente que lê pela mesma Bíblia!
O
tal Nacionalismo disfarçado de Patriotismo, a arrogância, a Censura, a
exclusão, o Ódio em vez da Esperança, a farda e as botas a massacrarem o
Cidadão.
E
voltou a malvada fénix do Proteccionismo, destruindo Economias e criando o
descalabro a aproveitar pelas extremas direitas, Exército islâmico, Ku-Klux-
Klan e outras seitas – hoje, como dantes – apaparicadas pela indústria, grande
capital e burlões da Finança.
Na
Europa, alguém reagiu e acordou. A conferência, em Lisboa, dos 7 países do Sul
é um bom sinal. Assim como a posição de Merkell condenando as restrições a
refugiados e emigrantes. E gostei de ver a condenação desse Encontro de chefes
de Estado pelo lacaio Passos Coelho recordando os temores e cobardias
Cavaquistas de se estar a atirar gasolina para a fogueira!
Na
crise de 1930 o presidente americano Herbert Hoover lançou o proteccionismo e
decidiu enriquecer os Estados Unidos carregando de taxas altas os países a quem
faziam importações. Precisamente o mesmo projecto e ameaças de Trump!
Claro
que o comércio se reduziu a mais de um terço e assim prolongou a Grande
Depressão em vez de a resolver. Consequência? essa miséria criou o terreno
indispensável para a vitória do nazismo 3 anos mais tarde. Será que estamos a
assistir a uma manobra especulativa com as mesmas intenções?
Termino
recordando uma velha máxima. É necessário CONHECER o Passado, para COMPREENDER
o Presente, e PREPARAR o Futuro.
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