Primeiro-ministro
mostra apoio ao ministro das Finanças
O
primeiro-ministro, António Costa, está esta sexta-feira em visita à Kathrein
Automotive, em Vila Real. Aos jornalistas presentes, e à margem da visita,
acaba de reafirmar o seu apoio a Mário Centeno, ministro das Finanças.
“Mário
Centeno tem toda a minha confiança e admiração do país pela forma notável como
tem sabido pilotar esta viragem da página da austeridade”, começou por afirmar
António Costa.
O
primeiro-ministro elogia ainda o “pequeno feito que é termos o menor défice dos
42 anos da nossa democracia”.
Mário
Centeno “tem feito um excelente trabalho, relativamente a um grande desafio que
tinha sido adiado pelo anterior governo, e que tem a ver com a estabilização do
sistema financeiro. Uma após outra, serenamente, cada instituição financeira
tem vindo a encontrar a sua solução”, afirmou ainda António Costa.
Costa
destacou a recente OPA do BPI, que foi “concluída com sucesso a capitalização
do Millenium” e ainda que “a CGD tem hoje a autorização da União Europeia para
podermos capitalizar de forma a ser aquilo que a CGD tem de ser: um banco 100%
público” e que “tem hoje uma administração que cumpre a lei, que cumpre as
regras de transparência e está concentrada na execução do plano de negócios”.
Recorde-se
que a correspondência que António Domingues, o gestor que esteve apontado à
liderança da Caixa Geral de Depósitos, terá trocado com o responsável da pasta
das Finanças tem dado lugar a polémica, havendo inclusive à Direita acusações
de que o ministro mentiu e até pedidos de demissão de Centeno da pasta das
Finanças, como foi sugerido pelo social-democrata Paulo Rangel.
“O
PSD e o CDS hoje não têm nada a dizer ao país, ao Governo e aos portugueses”,
apontou.
O
salário mínimo “foi aumentado sem que eles contribuíssem o que quer que seja
para isso”, as empresas vão pagar menos de pagamento especial por conta “sem
ser com o contributo deles e apesar deles”. A CGD, “que sempre sonharam em
privatizar, hoje não só não está a caminho da privatização, como está a ficar
um banco seguro, no Estado”.
António
Costa citou ainda Manuela Ferreira Leite, antiga líder do PSD, para se referir
ao tema como “tricas”, referindo-se ao comentário na antena da TVI24 de que
ontem demos conta no Notícias ao Minuto.
“Não
podemos perder tempo com tricas. Temos de nos concentrar no essencial: termos
uma CGD forte, continuar a ter uma boa gestão das finanças públicas, a reduzir
défice, a relançar a economia, a aumentar as exportações, a aumentar o emprego,
e nisso que temos de nos concentrar e é isso que interessa às pessoas”,
apontou.
Questionado
sobre se demissão de Mário Centeno está em cima da mesa, respondeu “nem pensar,
que disparate”.
Pedro
Filipe Pina – Notícias ao Minuto - Foto: Reuters
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