Tremor
de 7,1 graus na escala Richter provocou mortes e destruição na capital mexicana
Um
forte terremoto sacudiu a Cidade do México, provocando pânico entre a população
de 20 milhões de habitantes da capital mexicana nesta terça-feira 19, data em
que o país relembra os 32 anos do terremoto que destruiu a cidade em 1985 e
matou 10 mil pessoas.
O
sismo, que o Instituto Sismológico do México havia estimado inicialmente em 6,8
para depois revê-lo a 7,1, teve seu epicentro localizado a 55 quilômetros da
cidade de Puebla, perto da capital. O Centro Geológico dos Estados Unidos
(US Geological Survey) também estimou a magnitude do tremor em 7,1.
"A
Cidade do México está um caos", resumiu o jornalista brasileiro Ricardo
Carvalho, que está há três semanas morando no país. Ele descreve um cenário
caótico, com o transporte público funcionando com extrema lentidão, além de
presenciar ambulâncias e carros de bombeiro cruzando a cidade a todo momento.
Carvalho
conta que estava na saída de um hospital, próximo ao metrô Colégio Militar. Ele
ouviu o alarme sísmico tocar no mesmo momento em que a terra tremeu.
"Embora
tenha sido de magnitude menor do que o terremoto da semana retrasada, a
sensação foi que a terra tremeu com muita força", relata, informando que o
hospital em que estava foi evacuado e que as pessoas permaneceram do lado de
fora por cerca de 20 minutos, até serem reinstaladas. Ainda segundo o
brasileiro, em uma das principais avenidas da cidade as pessoas passaram a
circular nas ruas, diante da impossibilidade de utilizar qualquer outra forma
de transporte.
Pelas
redes sociais, inúmeros vídeos e fotos, divulgados por cidadãos e veículos de
imprensa, mostram prédios balançando, caindo e muita destruição. O vídeo
abaixo, divulgado pela rádio Xeva, mostra escombros na região sul da Cidade do
México.
Durante
o socorro, funcionários da Defesa Civil advertiam a população para o risco de
vazamento de gás. "Não fumem! Há vazamentos de gás!", gritavam
os socorristas, enquanto corriam pelas ruas na região de Roma Norte.
Na
praça Cibeles, crianças com crise de pânico foram evacuadas da escola, enquanto
os pais, angustiados, as buscavam em meio à multidão, constatou um jornalista
da AFP. "Estava caminhando pela (rua) Colima e as janelas
começaram a se mexer. Vi as pessoas correndo, começaram a gritar. Ficou muito
feio. Não queria me aproximar de nenhuma árvore. Tive que me jogar no
chão", contou Leiza Visaj Herrera, de 27 anos.
"Ficou
bastante forte. Os edifícios começaram a se mexer. As pessoas estão muito
nervosas. Vi uma senhora que desmaiou", contou Alfredo Aguilar, de 43 anos.
Tory
Oliveira, com AFP | Carta Capital
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