São
Tomé e Príncipe
Aconteceu
nos primeiros dias de Setembro, em São Tomé e Príncipe, país que mais parece
propriedade privada do primeiro-ministro, Patrice Trovoada, coadjuvado pelo
presidente pau-mandado, Evaristo Carvalho, daquela suposta república no meio do
oceano Atlântico, perto da costa do continente africano. O que aconteceu foi
aquilo que é naturalíssimo nos Trovoada daquele país aplicando a frase principal
da bíblia da família, “querem, podem e mandam”. Antagónicos à democracia
(sempre o demonstraram) recorreram a mercenários ruandeses do exército daquele
país africano para impedir deputados dos partidos da oposição de entrarem no
parlamento e atemorizar opositores com aquela presença estrangeira armada até
aos dentes. Com o descaramento que o caracteriza Patrice Trovoada alega que os
mercenários contratados estão no país por motivos de segurança e que o ocorrido
no parlamento foi um exercício militar. Siga para o condensado de notícias que
pode continuar a ler e assim adquirir conhecimento de como vai a “democraciazinha
musculada” do DDT (dono daquilo tudo) santomense, o primeiro-ministro Trovoada
e afins, graças também à inércia e cumplicidade do PR pau-mandado Evaristo. Não seria de esperar outra coisa das práticas de Patrice Trovoada desde que foi eleito por uma campanha em que o dinheiro jorrou sem se perceber de onde é que veio. Mas São Tomé e Príncipe possui petróleo e tem de o explorar...
Como diz o outro: E o povo, pá?! (MM
| PG)
Oposição
são-tomense acusa Governo de "assalto ao Parlamento"
Militares
ruandeses, supostamente autorizados pelo Governo, terão impedido parlamentares
da oposição de entrar na Assembleia Nacional em São Tomé. Deputados pedem à
comunidade internacional que medidas sejam tomadas.
Os
partidos são-tomenses da oposição acusam o Governo do primeiro-ministro Patrice
Trovoada de "ordenar o assalto" ao Palácio dos Congressos, onde
funciona o Parlamento de São Tomé e Príncipe.
Segundo
a oposição, na tarde da última quinta-feira (31.08) um grupo de militares
comandados por instrutores ruandeses "tomou de assalto" o Parlamento
durante várias horas "barrando a passagem" a quem quisesse entrar e
revistando todos os que se encontravam no interior, incluindo as viaturas.
"Estamos
a caminhar para uma ditadura militar, estamos a caminhar para um momento
altamente perigoso, temos que alertar todo o povo são-tomense, a comunidade
internacional para que medidas sejam tomadas", disse esta sexta-feria
(01.09) Jorge Amado, dirigente do Movimento de Libertação de são Tomé e
Príncipe-Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), principal partido da oposição,
que já pediu
a saída dos militares ruandeses do país.
O
líder parlamentar do MLSTP diz ter sido "barrado" ao tentar entrar
nas instalações do parlamento "por um grupo de militares que estavam sob
orientação de instrutores do Ruanda". "Disseram-me que se quisesse
entrar tinha que deixar ser revistado, eu e a minha viatura, não aceitei e
entramos em discussão", explicou.
Jorge
Amado acrescentou que depois de cerca de 15 minutos de discussão e após os
militares que barravam a sua entrada "terem consultado o instrutor
ruandês", foi autorizado a entrar no recinto do Parlamento, onde tinha uma
reunião com outros membros da bancada do seu partido.
"Ao
entrar na Assembleia Nacional dei conta que lá dentro estavam pelo menos 60
outros militares, 40% deles devidamente equipados e fardados com coletes à
prova de bala, outra parte estava a paisana, mas armados de pistolas",
acrescentou.
"Acho
esse ato bastante preocupante, e quando acontece numa casa parlamente constitui
ameaça a integridade física dos deputados, é algo com a qual a sociedade não
pode conviver", salientou o líder da bancada parlamentar dos sociais-democratas
em conferência de imprensa, em que estavam presentes representantes de todos os
partidos da oposição, com e sem assento parlamentar.
"Ameaça
à democracia"
Outro
deputado que passou pela mesma situação foi o líder parlamentar do Partido da
Convergência Democrática (PCD), Danilson Cotu. "Isso é uma ameaça
gravíssima à nossa democracia. Preocupa-nos sobremaneira e por isso nós estamos
a chamar a atenção ao povo de São Tomé e Príncipe para que esteja atento",
disse.
O
PCD insta o Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, para "tomar
medidas" sob pena de vir a ser responsabilizado pelas consequências destes
atos.
"Estamos
mais uma vez a chamar a atenção ao Senhor Presidente da República para que tome
medidas em relação a isso porque senão nós vamos ter que responsabilizá-lo pela
nossa segurança e pela própria vida da democracia em São Tomé e Príncipe",
adiantou Danilson Cotu.
"Estão
ainda no nosso país as tropas ruandesas, com conivência do Governo. Nós, os
partidos da oposição, não vamos aceitar, vamos continuar a tudo fazer até que
essas tropas saiam do país e o nosso país volte a viver o clima de segurança e
de tranquilidade que sempre foram apanágio do povo são-tomense", concluiu.
Agência
Lusa, tms | em Deutsche Welle
PM
são-tomense nega "assalto" ao Parlamento
Após
acusação dos oposicionistas, Patrice Trovoada justifica a presença de soldados
ruandeses na Assembleia Nacional como "exercício militar".
O
primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, negou que militares comandados
por instrutores ruandeses tenham "tomado de assalto" o Palácio dos
Congressos, onde funciona o Parlamento, em São Tomé, como acusaram
na última sexta-feira (01.09) os partidos da oposição.
"Trata-se,
simplesmente, de um exercício que foi planeado pelas forças de defesa e
segurança, nomeadamente da proteção de segurança da Presidência da
República", disse este sábado (02.09) Patrice Trovoada, que considera
"uma fantasia" a alegação sobre o envolvimento de tropas do Ruanda
neste exercício.
O
primeiro-ministro assegurou que foi pedida autorização aos serviços
administrativos da Assembleia Nacional para, depois das horas de expediente,
ser feito "um pequeno exercício que faz parte da capacitação das forças,
cuja missão é de proteção dos dirigentes e das instituições do Estado".
Patrice
Trovoada, que falava à margem da inauguração de um depósito de água, na Vila de
Ribeira Afonso, cerca de 20 quilómetros a sul de São Tomé, admitiu que
"pode ter acontecido que um ou outro deputado não tenha sido
informado" sobre esse exercício.
No
seu entender, é preciso não "fazer drama", já que é um assunto
"perfeitamente normal". "Em qualquer país que funciona, em
qualquer Estado organizado isso acontece", sublinhou, justificando que uma
das missões destas forças de segurança é proteger os edifícios e que
"essas missões só podem ocorrer se houver um plano de segurança".
"É
preciso perceber que num mundo em que há muitas ameaças nós temos que estar
preparados para lidar com elas", acrescentou o chefe do executivo
são-tomense.
Apelo
ao Presidente
Numa
conferência de imprensa conjunta, na última sexta-feira, os nove partidos são-tomense
da oposição, três dos quais com assento parlamentar, acusaram o Governo de
Patrice Trovada de "ordenar o assalto", na quinta-feira, ao Palácio
dos Congressos.
"Estamos
a caminhar para uma ditadura militar, estamos a caminhar para um momento
altamente perigoso, temos que alertar todo o povo são-tomense, a comunidade
internacional, para que medidas sejam tomadas", disse Jorge Amado,
dirigente do Movimento de Libertação de são Tomé e Príncipe (MLSTP), principal
partido da oposição.
"Estamos
mais uma vez a chamar a atenção ao senhor Presidente da República para que tome
medidas em relação a isso, senão nós vamos ter que responsabilizá-lo pela nossa
segurança e pela própria vida da democracia em São Tomé e Príncipe",
disse, por seu lado, Danilson Cotu, líder da bancada parlamentar do Partido de
Convergência democrática (PCD).
Os partidos
da oposição já haviam se manifestado contra a presença de militares ruandeses
em São Tomé e Príncipe. Entretanto, o Governo
alega que a missão estrangeira é necessária para reforçar a segurança do país.
Agência
Lusa, tms | em Deutsche Welle
Imagem:
Patrice Trovoada e mercenários militares contratados
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