Sete pessoas, das quais um
técnico de saúde, morreram vítimas de ataques realizados por um grupo de homens
armados cuja origem ainda é desconhecida, na noite do último sábado (13) e de
segunda-feira (15), nos distritos de Palma e Nangade, na província de Cabo
Delgado.
No sábado, os chamados bandidos,
empunhando armas de fogo e instrumentos contundentes, mataram cinco e feriram
outras 11, na sede do posto administrativo de Olumbe, no distrito de Palma.
Para além de provocar mortes, os
presumíveis bandidos destruíram 35 casas e incendiaram três barracas, segundo o
Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), que declarou
não ter ainda elementos para associar esta incursão armada com os ataques
ocorridos em Outubro do ano passado, em Mocímboa da Praia.
Palma, com sede na vila com o
mesmo nome, tem limite a oeste com o distrito de Nangade e a sul com o distrito
de Mocímboa da Praia, ambos alvos de ataques de homens armados.
Aquele ponto do país fervilha com
o projecto de exploração do gás natural liquefeito, no meio de muitas
controvérsias. A população, sobretudo nativa, e algumas organizações da
sociedade civil reclamam justeza no processo de reassentamento.
Inácio Diana, porta-voz do
Comando-Geral da PRM, disse a jornalistas, no habitual briefing às
terças-feiras, que “em relação ao que aconteceu em Palma, efectivamente,
tratou-se um grupo de indivíduos” ainda desconhecido.
Para além de óbitos, “houve
roubos, ofensas corporais” e outros danos. O porta-voz disse que as diferentes
autoridades de toda a província de Cabo Delgado e as outras circunvizinhas
mexem-se no sentido de permitir que os mentores dos dois ataques sejam detidos.
Ademais, a Polícia e as outras
Forças de Defesa e Segurança (FDS) encontram-se no local dos factos para
garantir a reposição da ordem e ao mesmo tempo no encalço dos mentores das
incursões armadas.
Sobre o ataque, ocorrido por
volta das 22 de segunda-feira (15), no distrito de Nangade, na região de Ngoca,
Inácio Dina confirmou, também, que resultou na morte de duas pessoas de ambos
os sexos.
Umas das vítimas era um técnico
de medicina afecto ao centro de saúde local, onde foram saqueados medicamentos
e a infra-estrutura vandalizada.
A segunda era uma cidadã, esposa
de um agente económico. Para além de matar, os malfeitores apoderaram-se de
alguns bens alimentícios, uma viatura e motorizadas.
Inácio Dina disse que ainda é
prematuro correlacionar os ataques a Mocímboa da Praia, em Outubro do ano
passado, com os recentes nos distritos de Palma e Nangade.
@Verdade
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