No Dia em Memória das Vítimas do Holocausto, ministro alemão do Exterior e vice-chanceler federal, Sigmar Gabriel, insta à ação contra o antissemitismo e qualquer forma de ódio.
O campo de concentração de
Auschwitz foi libertado em 27 de janeiro de 1945 pelos soldados soviéticos do
Exército Vermelho. Desde 1996, o dia 27 de janeiro é na Alemanha a data oficial
para lembrar as vítimas do nacional-socialismo. Em 2005, a Assembleia Geral das
Nações Unidas o transformou no Dia Internacional em Memória das Vítimas do
Holocausto.
No total, os nazistas
assassinaram por volta de seis milhões de judeus. No Dia da Memória das Vítimas
do Holocausto também são lembrados os sinti e os roma assassinados, os
trabalhadores forçados, as pessoas com deficiência e todas as outras vítimas do
nacional-socialismo.
Neste ano, o ministro alemão do
Exterior e vice de Angela Merkel, Sigmar Gabriel, lembrou as pessoas
perseguidas e assassinadas pelo nacional-socialismo. O ministro disse neste
sábado (27/01) em Berlim que, 73 anos depois da libertação do campo de
extermínio de Auschwitz, ainda não se pode entender o abismo sem fim que
significa o crime praticado pelos nazistas contra a humanidade.
"Sempre parte de nós"
"A dor diante de que as
pessoas podem fazer e fizeram para outras pessoas, o sofrimento e a lembrança
de todos os que foram roubados de sua dignidade, privados de sua existência,
perseguidos, martirizados, humilhados, assassinados, serão para sempre parte de
nós", disse Gabriel. Ninguém pode voltar atrás na roda da história,
"mas todos e cada um podem, com uma visão clara dos lembretes da nossa
história, assumir a responsabilidade pelo futuro, a cada novo dia".
"De forma muito especial,
estamos comprometidos com os sobreviventes e as testemunhas", afirmou o
ministro alemão do Exterior. Eles deixaram às futuras gerações, os descendentes
de algozes ou vítimas, a missão de tirar lições muito pessoais da história.
"Cabe a nós combater o esquecimento".
"Esclarecimento mais
necessário que nunca"
Monika Grütters, ministra alemã
da Cultura, acrescentou: "Num tempo em que a incitação antissemita e
anti-israelense cresce nas redes sociais, nas ruas e nos partidos populistas de
direita, o esclarecimento sobre o nacional-socialismo é mais necessário do que
nunca".
O presidente do Conselho Central
de Judeus na Alemanha, Josef Schuster, também advertiu sobre as consequências
do antissemitismo importado por refugiados de países de maioria muçulmana.
"É claro que vieram pessoas
para a Alemanha que desde pequenas aprenderam o ressentimento contra os judeus
e hostilidade frente a Israel", afirmou Schuster ao jornal Westfalen-Blatt.
"Era preciso e é preciso assumir que eles não podem, simplesmente, trazer isso
para a fronteira alemã".
CA/afp/kna/epd/Deutsche Welle
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