Stephen Hawking previu o fim do
mundo duas semanas antes de morrer
No seu legado, o mais famoso
físico do mundo deixa os planos necessários para a humanidade descobrir
universos paralelos ao nosso
"Uma saída suave da inflação
eterna", é este o título do mais recente estudo que o recém-desaparecido
físico Stephen Hawking concluiu e deu à apreciação dos seus pares académicos
apenas alguns dias antes de morrer, noticia este domingo o jornal britânico Sunday Times.
No documento, realizado durante
as suas duas últimas semanas de vida, o cientista descreve como o nosso
universo vai acabar por se transformar em nada à medida que as estrelas forem
gastando a sua energia.
Ao mesmo tempo, Hawking apresenta
os cálculos matemáticos necessários para construir uma sonda espacial que
poderá descobrir indícios da existência do multiverso - isto é, da existência
de universos paralelos ao nosso.
O trabalho do físico inglês -
"A Smooth Exit from Eternal Inflation", no seu título original - está
agora a ser estudado pelos meios académicos e por uma publicação científica,
mas já houve vários cientistas a classificar a derradeira investigação de
Hawking como sendo, possivelmente, "um avanço revolucionário e
pioneiro" no campo da cosmologia, escreve o jornal.
Recorde-se que Stephen Hawking,
na sua teoria do Universo sem limites (que desenvolveu juntamente com James
Harte) defende precisamente que o universo não tem fronteiras ou limitese foi
criado no Big Bang. Só que, sugeria o cientista, terão ocorrido em simultâneo
diversos Big Bangs que terão dado origem a um número infinito de universos, a
que chamou multiverso.
É a existência deste que o seu
último trabalho - feito em colaboração com o físico teórico Thomas Hertog, da
Universidade de Leuven (Bélgica) - pretende provar. "Queríamos transformar
a ideia de um multiverso num quadro científico comprovado", explicou
Hertog.
Se tais provas tivessem sido
encontradas enquanto Stephen Hawking foi vivo, decerto o cientista teria sido
distinguido com o Prémio Nobel, que nunca chegou a receber. "Ele foi
nomeado para o Nobel muitas vezes e devia tê-lo recebido. Agora nunca o
fará", lamentou Thomas Hertog.
Stephen Hawking morreu no passado
dia 14 de março, em sua casa em Cambridge, com 76 anos, devido a complicações
resultantes da esclerose lateral amiotrófica de que sofria. A doença foi-lhe
diagnosticada aos 21 anos e os médicos deram-lhe então apenas três anos de vida.
Diário de Notícias
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