segunda-feira, 19 de março de 2018

O FIM DO MUNDO É CERTO - previsão de um génio


Stephen Hawking previu o fim do mundo duas semanas antes de morrer

No seu legado, o mais famoso físico do mundo deixa os planos necessários para a humanidade descobrir universos paralelos ao nosso

"Uma saída suave da inflação eterna", é este o título do mais recente estudo que o recém-desaparecido físico Stephen Hawking concluiu e deu à apreciação dos seus pares académicos apenas alguns dias antes de morrer, noticia este domingo o jornal britânico Sunday Times.

No documento, realizado durante as suas duas últimas semanas de vida, o cientista descreve como o nosso universo vai acabar por se transformar em nada à medida que as estrelas forem gastando a sua energia.

Ao mesmo tempo, Hawking apresenta os cálculos matemáticos necessários para construir uma sonda espacial que poderá descobrir indícios da existência do multiverso - isto é, da existência de universos paralelos ao nosso.

O trabalho do físico inglês - "A Smooth Exit from Eternal Inflation", no seu título original - está agora a ser estudado pelos meios académicos e por uma publicação científica, mas já houve vários cientistas a classificar a derradeira investigação de Hawking como sendo, possivelmente, "um avanço revolucionário e pioneiro" no campo da cosmologia, escreve o jornal.

Recorde-se que Stephen Hawking, na sua teoria do Universo sem limites (que desenvolveu juntamente com James Harte) defende precisamente que o universo não tem fronteiras ou limitese foi criado no Big Bang. Só que, sugeria o cientista, terão ocorrido em simultâneo diversos Big Bangs que terão dado origem a um número infinito de universos, a que chamou multiverso.

É a existência deste que o seu último trabalho - feito em colaboração com o físico teórico Thomas Hertog, da Universidade de Leuven (Bélgica) - pretende provar. "Queríamos transformar a ideia de um multiverso num quadro científico comprovado", explicou Hertog.

Se tais provas tivessem sido encontradas enquanto Stephen Hawking foi vivo, decerto o cientista teria sido distinguido com o Prémio Nobel, que nunca chegou a receber. "Ele foi nomeado para o Nobel muitas vezes e devia tê-lo recebido. Agora nunca o fará", lamentou Thomas Hertog.

Stephen Hawking morreu no passado dia 14 de março, em sua casa em Cambridge, com 76 anos, devido a complicações resultantes da esclerose lateral amiotrófica de que sofria. A doença foi-lhe diagnosticada aos 21 anos e os médicos deram-lhe então apenas três anos de vida.

Diário de Notícias

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