Mesmo que os 195
lugares postos a concurso esta terça-feira sejam preenchidos,
vão continuar a existir mais de 550 mil utentes sem médico de família, a
maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo
Estes são os números por
trás dos dados divulgados hoje pela Administração Regional de
Saúde de Lisboa e Vale do Tejo ao jornal Público, que afirma que
«mais de 350 mil pessoas podem passar a ter médico de família».
Há mais de 500 médicos de família
em falta, quase 400 dos quais na região da capital. Em concurso foram
colocados hoje 195 lugares para todo o País, que terão uma
lista de 1800 utentes cada, um número insuficiente para fazer
face às necessidades.
A atribuição de médico e
enfermeiro de família para todos os utentes é um compromisso do
Governo do PS, constando do seu programa e das posições conjuntas
assinadas com o BE, o PCP e o PEV.
No entanto, o número de
utentes sem médico de família estagnou depois de, no primeiro ano da
legislatura, ter sido reduzido em cerca de 300 mil. Em Abril deste ano
continuava a ser quase 700 mil, numa altura em que o Governo tem pouco
mais de um ano de mandato pela frente.
Mesmo que os 195 lugares
sejam plenamente preenchidos, continua a faltar mais de 300 médicos de
família, o que significa que mais de 550 mil utentes vão
continuar nessa situação.
A região de Lisboa e Vale do
Tejo, também por ser a mais populosa, é aquela onde há mais
carências, representando quase 80% do total.
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