Ana Alexandra Gonçalves* | opinião
O Relatório da Democracia de
2018, que corresponde ao relatório anual do Projecto V-Dem, com sede na
Universidade de Gotemburgo, coloca a democracia portuguesa na 10ª posição,
juntamente com países como a Noruega, Suécia, Estónia, Suíça, Dinamarca, Costa
Rica, Finlândia, Austrália e Nova Zelândia.
Segundo este estudo, Portugal, ao contrário do que se passa em muitos países por todo o mundo, tem vindo a melhorar a sua democracia liberal, designadamente em relação ao respeito e salvaguarda dos direitos e liberdades das populações.
Apesar de Portugal descer em matéria de participação política, não arrancar em matéria de participação de mulheres na política e na percepção dos níveis de corrupção, de um modo geral o país faz verdadeiros progressos nos últimos anos.
É evidente que as desigualdades sociais ainda são a verdadeira causa do enfraquecimento de qualquer democracia e Portugal não é excepção neste particular. Apesar do que já tem vindo a ser conseguido, é difícil imaginar uma democracia sólida onde os cidadãos têm dificuldades crescentes no acesso à Saúde ou Educação; apesar do que tem vindo a ser conseguido é difícil imaginar uma democracia onde cabem mais de dois milhões de pobres. Sem dignidade dos cidadãos é difícil falar-se em democracia.
Ana Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão
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