Jornal de Angola | editorial
Angola enfrenta uma
grave crise económica e financeira. Milhares de famílias vivem
muito mal no país, em virtude dessa crise.
Os rendimentos auferidos pelas
famílias são ainda insuficientes para fazer face a todas as
suas necessidades, muitas delas básicas. Como afirmou um prestigiado economista
angolano, há muitas famílias que têm de recorrer a esquemas de
sobrevivência, para poderem resolver muitos dos seus problemas.
É importante que se conheça o país real , para que se tomem as medidas mais adequadas à actual situação que vivemos. Conhecendo-se o país real é mais fácil identificar os problemas e procurar as melhores terapias para os problemas.
Sabe-se que as nossas autoridades querem que o combate à pobreza passe pelo relançamento da economia real ( de bens e serviços), de modo a que haja um grande número de empresas a funcionar , com vista a diminuir consideravelmente o desemprego. Um elevado número de empresas foi à falência, na sequência da crise económica e financeira , deixando muitos cidadãos no desemprego, com reflexos negativos na vida de milhares de famílias. Trata-se de um problema que deve merecer a atenção urgente de quem governa. Uma elevada taxa de desemprego gera outros problemas. Que haja políticas públicas que vão no sentido de se reduzir o número de desempregados no nosso país.
Nas actuais circunstâncias, a nossa equipa económica tem de trabalhar arduamente para encontrar as melhores soluções para que o país volte a crescer economicamente. Os problemas são complexos , mas a verdade é que as famílias esperam do Governo soluções que possam melhorar as suas condições de vida.
Muita coisa anda mal no nosso país, pelo que importa que se estabeleçam prioridades. Nenhum governo do mundo resolve todos os problemas de uma só vez. Mas há problemas que têm de ser resolvidos, com a maior celeridade.
Instituições de ensino superior, com destaque para a Universidade Católica de Angola, têm feito estudos sobre a situação económica do país. Convém que os governantes prestem particular atenção aos estudos sobre a situação da nossa economia produzidos pelas nossas universidades. Em tempo de crise convém que o Governo esteja mais próximo das universidades para eventualmente recolher destas subsídios que podem ajudar o país a sair da crise. As universidades são centros de saber e vale a pena aproveitar o conhecimento decorrente da sua investigação científica.
A pobreza é um mal que pode ser erradicado no nosso país. Que os nossos melhores quadros superiores sejam mobilizados para colocarem o seu conhecimento ao serviço de programas de combate à pobreza. Temos no país instituições de ensino superior interessadas em ajudar o Governo a resolver muitos problemas do país.
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