É comum chegarmos ao conhecimento
de violações dos direitos humanos por parte das autoridades da Arábia Saudita.
A lista é longa.
Também é frequente associar ações
de terroristas à Arábia Saudita. É também com alguma frequência que vimos a
saber pela imprensa que a casa real, reis, príncipes e quejandos têm relações
semelhantes a ambientes de cortar à faca, em algumas vezes aparentemente
amenizados pela hipocrisia, o cinismo, a falsidade e outros “condimentos” sorridentes
que pretendem disfarçar os ódios caseiros. Até desmenti-los.
Na região é enorme o poder da Arábia
Saudita, poder militar e conluio com os EUA e também com seus respetivos crimes e
violações globais dos direitos humanos – digamos que é como uma máfia internacional em tamanho 'Big Mac'.
Por se considerarem com esse poder é que os criminosos que assassinaram Khashoggi
e o desmembraram fizeram-no levianamente. Afinal era um opositor do regime,
julgando saberem os mandantes, assim como os executores, que a impunidade era o
seu prémio, além de outras mordomias que nestes casos funcionam como pagamento.
Que há príncipes cúmplices no
hediondo crime, dizem órgãos de comunicação social, que o rei Mohammad bin
Salman estava parcialmente a par do que ia acontecer, convencido que ele seria
raptado e transportado para o seu nefasto reino… São profícuas as teorias e as
declarações sopradas a jornalistas que tudo aproveitam para publicar e garantir
mais dólares ou euros por pagamento. O que importa é que digam ou escrevam o
que quiserem, com informação ou contra informação, existe já neste momento – e não
é de agora – uma certeza: o reino da Arábia Saudita é terrorista.
Do jornal Expresso – leia a
seguir - retiramos conteúdo de hoje que nos anuncia a “terceira versão sobre o
assassinato de Khashoggi”. Haverá mais alguma nova versão em breve? É que
nenhuma das conhecidas é para acreditar piamente. Aliás, quem é que se dispõe a
acreditar numa casa real e num reino e cúmplices que se revelam com práticas associadas a atos terroristas?
MM | PG
Arábia Saudita dá terceira versão
sobre o assassinato de Khashoggi: foi premeditado
Declaração foi emitida pelo
gabinete da Arábia Saudita equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros
Arábia Saudita volta a oferecer
outra versão da história do crime de Jamal Khashoggi, o jornalista que escrevia
para o “Washington Post” e que foi assassinado no consulado saudita em
Istambul, na Turquia, a 2 de outubro. Depois de defender que Khashoggi saiu da
embaixada pelo próprio pé e a seguir admitir que a sua morte resultou de uma
briga com oficiais sauditas, um procurador público daquele país admite: o crime
foi premeditado, conta o “Washington Post”.
Essa declaração foi emitida pelo
gabinete da Arábia Saudita equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O procurador baseou-se em informações da investigação das autoridades turcas. A
investigação, que conta com a cooperação entre Turquia e Arábia Saudita, vai
continuar.
OS DESENVOLVIMENTOS
O presidente da Turquia prometeu
durante a semana que ia revelar a "verdade nua e crua" sobre a morte
de Jamal Khashoggi, mas, na verdade, deu poucas novidades e nem abordou as
informações publicadas na imprensa de que haveria áudios e vídeos
comprometedores.
"Temos a certeza de que foi
assassinado no consulado", começou por dizer no Parlamento Erdogan, depois
de prestar condolências à família de Khashoggi, garantindo ainda que o crime
"selvagem" foi planeado com dias de antecedência. De acordo com o
governante turco, a equipa que "planeou e executou o assassinato" foi
alertada da visita de Khashoggi ao consulado saudita em Istambul.
A Arábia Saudita admitiu na
sexta-feira de 19 de outubro que o jornalista Jamal Khashoggi estava morto. Na
altura, a notícia foi avançada pela televisão estatal do reino.
Na segunda-feira, a imprensa
turca publicou novas informações que implicavam o príncipe herdeiro da Arábia
Saudita, Mohammed bin Salman, na morte do jornalista Jamal Khashoggi.
Segundo o diário turco, Yeni
Safak, o homem apresentado como chefe do comando saudita de 15 agentes que se
deslocaram a Istambul para matar o jornalista, entrou diretamente em contacto
com o gabinete do príncipe a partir do consulado.
No mesmo dia, o presidente
norte-americano afirmou que não estava satisfeito com as explicações de Riade
sobre o assassinato do jornalista saudita e disse estar surpreendido com o
prazo de um mês anunciado pelos sauditas para a investigação. "Não estou
satisfeito com o que ouvi", declarou Donald Trump, nos jardins da Casa
Branca.
Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou
no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro,
para obter um documento para casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
Jornalista saudita residente nos
Estados Unidos desde 2017, Khashoggi era apontado como uma das vozes mais
críticas da monarquia saudita.
Expresso
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