A poucos meses da saída do Reino
Unido da União Europeia, cidadãos britânicos procuram garantir passaportes de
países que vão permanecer no bloco.
A menos de três meses da saída do
Reino Unido da União Europeia, mais e mais britânicos estão solicitando
passaportes irlandeses.
Com um total de mais de 183.000
pedidos, o número acumulado em 2018 atingiu um novo recorde, disse o
Departamento de Estado Irlandês nesta segunda-feira (31/12). Cerca de
84.850 desses pedidos foram apresentados na Irlanda do Norte, que faz parte do
Reino Unido – 2% a mais do que no ano anterior. No restante do Reino Unido,
foram 98.500 pedidos - um aumento de 22% em relação ao ano passado.
Em 2017, o número de pedidos de
cidadania irlandesa apresentados na Irlanda do Norte e no Reino Unido
combinados já havia registrado um aumento de 20% em relação a 2016, o ano em
que o Brexit foi aprovado em referendo.
Qualquer pessoa nascida na
Irlanda ou Irlanda do Norte ou cujos pais ou avós sejam originários da Irlanda
pode solicitar um passaporte irlandês. O ministro das Relações Exteriores da
Irlanda, Simon Coveney, mostrou satisfação com o aumento no número de pedidos.
"O passaporte irlandês é um documento valioso", disse ele.
O Reino Unido deve deixar a União
Europeia no final de março de 2019, segundo o resultado do referendo do Brexit
em 2016. Não está claro se o parlamento em Londres ainda vai conseguir aprovar
o acordo de saída negociado pela primeira-ministra Theresa May com a UE. Caso a
saída ocorra sem aprovação de um acordo, existe a possibilidade de um Brexit
"duro", que pode ter consequências caóticas.
Na Alemanha, o número de
britânicos naturalizados aumentou de maneira acentuada recentemente. Cerca de
7.493 britânicos solicitaram um passaporte alemão em 2017 – o maior número já
registrado. A maioria dos solicitantes eram descentes de pessoas que fugiram
para o Reino Unido durante o regime nazista. Para se naturalizar, elas contam
com uma disposição especial para repatriamento que consta no artigo 116 da Lei
Fundamental, a Constituição alemã.
JPS/dpa/ots | Deutsche Welle
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