sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Angola | Palavras e o vento


Luciano Rocha | Jornal de Angola | opinião

O luandense está farto de promessas vãs, façam elas parte de anúncios de intenções ou ditas a despropósito de qualquer coisa, com palavras ocas para deleite de quem as pronuncia.

O luandense comum “já não vai em cantigas.” Como quem diz, deixou de acreditar em anúncios de intenções. Porque se cansou de os ouvir sem ver resultados. 

A  chamada “Operação Resgate” na capital do país - e no resto da província que lhe herdou o nome - está, desde o início, condenada ao fracasso. Por ter sido anunciada sem estarem reunidas as condições para começar. Por isso, Luanda é hoje o que era na altura. Por culpa de quem?   Dos responsáveis de vários sectores municipais, distritais, provinciais, bem como da Polícia Nacional. Porquê? Por terem querido “ser mais papistas do que o Papa.” Apresentaram-se como velocistas sem perceberem que se tinham metido numa prova que é mescla de maratona, obstáculos e corta-mato. Sem, sequer, se darem ao trabalho de conhecer o percurso. 

O pior é continuarem sem reconhecer falta de  fôlego para tais andanças e a fazer promessas. “Palavras leva-as o vento”, afir-ma-se. Que pena não os levarem a eles também. E para bem longe.

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