sábado, 2 de fevereiro de 2019

António Costa admite invadir a Venezuela mas rebusca uma falsa definição, uma mentira


Em declarações de ontem o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho,” admitiu o envio de tropas para a Venezuela para garantir a segurança dos milhares de cidadãos portugueses e luso-descendentes que lá vivem.” Não é difícil interpretar que Portugal perspetiva invadir a Venezuela com militares lusos se não obtiver a concordância do governo legítimo do país visado. Que se saiba tal concordância, tal autorização não existe. Até porque o governo português optou por se alinhar com a política de terra queimada de Trump e sua trupe de terroristas ao reconhecer Guaidó – um títere dos EUA – como presidente venezuelano auto-nomeado via EUA. Rejeitando o presidente legítimo, eleito pelos venezuelanos, Nicolás Maduro.

António Costa, os do governo português e outros pseudo democratas enchem as bocas com palavras recorrentes a democracia mas na realidade constata-se que recusam a vontade expressa pela maioria dos eleitores venezuelanos e optam por reconhecer um fulano que se anuncia presidente da Venezuela sem se submeter a eleições de acordo com a Constituição venezuelana. Ou seja: Maduro venceu eleitoralmente e é o presidente legítimo mas porque os EUA e os oligarcas e os barões do petróleo e de outros recursos naturais querem apoderar-se dessas fortunas à laia dos “Piratas das Caraíbas”, roubando, Costa e os seus apaniguados do governo e da direita enveredam pelo servilismo aos EUA, barões e falcões, declarando que afinal as eleições em que Maduro venceu não valem e que querem novas eleições, reconhecendo antecipadamente um auto-proclamado presidente Trump-venezuelano que nunca se sujeitou a eleições presidenciais porque não quis. Estranha forma de defender e ser exemplo de democracia.

Afirma Costa que os militares portugueses não vão invadir a Venezuela, como consta em peça mais em baixo, mas somente proteger os portugueses naquele país. O PM de Portugal, tão democrata e da “esquerda de escabeche e fora do prazo” (merece ser assim rotulado) deve estar a esquecer-se que se não tiver autorização legítima para que um militar português ponha um só pé que seja na Venezuela está a invadir o país. Maduro é o presidente legítimo porque na realidade foi eleito pelos venezuelanos, em eleições conturbadas pela direita e outros venezuelanos manipulados pela CIA norte-americana instalada no terreno, pelos que ao serviço dos EUA semeiam a desestabilização. E Costa sabe isso muito bem. Sabe como “elas” se fazem. Também em Portugal um Frank Carlucci, dirigente da CIA e embaixador dos EUA, se alinhou com salazaristas, outros fascistas e bombistas para desestabilizar Portugal logo após o 25 de Abril de 1974.

Sendo verdade que Nicolás Maduro e o regime que vem desde Chávez cometeu e comete erros nada conduziria ao alegado, empolado e manipulado descalabro com que “pintam” a situação na Venezuela, sabendo-se por antecipação que se não existissem as operações da CIA e o terrorismo a que conduz, a instabilidade e os roubos de grandiosos valores em bancos estrangeiros, nos EUA e na UE, nada das dificuldades que os venezuelanos ou os portugueses ali viventes experimentam teriam as porproções atuais, que são aflitivas. Que deixariam de existir se a comunidade internacional se deixasse de preferir a linha seguidista do obtuso, tresloucado e reles ser humano que está na presidência dos EUA, acompanhado pelos que detêm as maiores fortunas do mundo literalmente conseguidas (roubadas) por processos semelhantes aos que estão a aplicar na Venezuela Bolivariana de que Maduro é legítimo presidente.

Se na realidade António Costa sabe isto tudo, quem não sabe que ele sabe (?), porque motivo alinha com Trump e os trumpistas da UE? Porque se expõe, assim como ao governo e ao país, a cometer o crime de invadir a Venezuela. De modo semelhante a Durão Barroso quando alinhou com Bush, Blair e Aznar na invasão ao Iraque sob falsos pretextos que abriram as portas a crimes contra a humanidade e muitas mais violações do Direito Internacional. É isso que António Costa quer? Também espera depois ser premiado com um "lugar ao sol" como Durão Barroso, Blair e Aznar? E quem mais no governo de Costa quer exatamente isso ou muito mais?

Nestes dias de agora são muito mais frenéticas as operações para assassinar Nicolás Maduro e os seus fiéis companheiros mais relevantes. A CIA e outros mercenários do terrorismo estão hiperativos e obcecados no objetivo de matar Maduro e receber o prémio chorudo pelo assassinato – cabeça a prémio como no faroeste. Portugal vai ser cúmplice dos EUA e da UE em mais aquele crime, como o foi no Iraque e na matança de Saddam Hussein e de muitos milhares de iraquianos.

Esta é a guerra dos EUA e de Trump, apoderar-se de toda a América Latina e do resto do mundo. Portugal é cúmplice, por via de ganâncias de pseudo democratas que a seu tempo serão recompensados por altos cargos em corporações internacionais. Assim tem acontecido com uns quantos portugueses que de quase zés-ninguém ascenderam a posições mundialmente relevantes e muitíssimo bem pagas. Uns senhores… do crime internacional.

Por fim seguem-se duas peças retiradas do Jornal de Notícias com declarações de personalidades que demonstram terem decorado a bíblia pseudo-democrata e pseudo-humanista, mas que não engana os mais atentos, nem os que, à portuguesa, chamam os bois pelos nomes. 

Redação PG com fotos 1 e 2 da Google


Costa garante: "Não vamos invadir a Venezuela"

O primeiro-ministro garantiu, esta sexta-feira, que se for necessário será posto em marcha o plano de contingência para auxiliar os luso-descendentes que vivem na Venezuela, pois já estão definidos e articulados com a embaixada portuguesa.

"Temos acompanhado permanentemente ao longo dos últimos dois anos a situação junto da nossa comunidade na Venezuela. A nossa primeira prioridade é preservar a segurança e é garantir a segurança dos portugueses que vivem nesse país. Temo-lo feito através das instâncias consulares e de idas regulares do nosso secretário de Estado das Comunidades Portuguesas à Venezuela", disse António Costa numa visita a Mogadouro.

"Esperamos que a Venezuela retome a sua normalidade democrática, o que passa pela realização de novas eleições. Nós agimos concertados no âmbito da União Europeia, que é a forma de termos mais força para agir sobre o regime de Nicolas Maduro ", acrescentou.

O primeiro-ministro afirmou que há um prazo fixado [oito dias, que termina domingo] e que o governo está a trabalhar com um conjunto de países da União Europeia para que, em conjunto com outros países da América Latina, estarem ativos para o apoio técnico e a garantia de total isenção e imparcialidade na realização de novas eleições. "Vamos deixar que o prazo seja cumprido e na sequência disso serão tomadas as ações devidas e já anunciadas", explicou.

O plano de contingência poderá envolver diferentes graus em função da situação concreta, podendo, no limite, haver situações de evacuações, mas esses canais estão todos estabelecidos e articulados com os países da região para que se for necessário aconteçam de forma mais segura e rápida possível. "Serão envolvidos os meios necessários, mas não se prevê uma intervenção militar. Não vamos invadir a Venezuela", afirmou António Costa.

Jornal de Notícias


Portugueses não querem sair da Venezuela, querem fim do impasse político

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, vincou que "não há nenhum problema com a comunidade portuguesa" na Venezuela e que os portugueses residentes no país não querem sair, mas sim o fim do "impasse político".

"Não há nenhum problema com a comunidade portuguesa e não tenho nenhuma informação relativa que me possa dizer que a segurança e o bem-estar da comunidade portuguesa na Venezuela esteja em perigo", declarou o governante, falando aos jornalistas em Bucareste, na Roménia, à entrada para uma reunião informal com outros homólogos da União Europeia (UE).

Recordando que, no início da semana, houve assaltos a estabelecimentos portugueses na Venezuela, "mas sem nenhuma sequência", e que existe um lusodescendente ferido, Augusto Santos Silva notou que, "fora isto, não há nenhum problema", pelo que "a questão que agora se põe não é ajudar os portugueses a sair da Venezuela".

"Os portugueses, como a imensa maioria dos cidadãos que vivem na Venezuela, não querem sair de lá, querem é sair deste impasse político", acrescentou.

Já lembrando o ultimato europeu ao Governo do presidente Nicolás Maduro para a realização de eleições livres na Venezuela, para o qual foi estipulado um prazo de oito dias que termina no fim de semana, o governante disse esperar que a reunião que hoje arranca em Bucareste e que termina na sexta-feira sirva para definir os passos seguintes por parte da UE, caso o apelo não tenha sucesso.

Haverá "o reconhecimento [da nova liderança], certamente, e depois consequências do ponto de vista político e diplomático", referiu.

O Parlamento Europeu reconheceu esta quinta-feira Juan Guaidó como o "presidente interino legítimo" da Venezuela e exortou a UE e os seus Estados-membros a assumirem uma posição semelhante, enquanto não for possível convocar eleições presidenciais.

Em reação, Santos Silva defendeu o respeito pelo prazo dado. "Na minha opinião, temos de ser credíveis e, portanto, nós dissemos que havia um prazo de alguns dias para que o presidente Nicolás Maduro pudesse associar-se a este processo e, portanto, esperaremos que esse tempo decorra", assinalou.

Já falando sobre o anúncio feito pelo Uruguai e pelo México relativo à realização de uma conferência internacional, em 07 de fevereiro em Montevideu, reunindo os países e organizações que têm uma "posição neutral" sobre a crise na Venezuela, o responsável disse que, neste momento, "não é possível ser neutro sobre a Venezuela".

Isto porque "não há outra solução se não iniciar um processo de transição pacífica, com eleições livres, sob a autoridade da Assembleia Nacional", apontou.

Ainda assim, o governante português realçou que, "evidentemente, que se o presidente Maduro se quiser associar a este processo, como ele tem o controlo do aparelho estatal venezuelano, isso seria uma garantia suplementar para a natureza pacífica da transição".

"É muito importante ter noção que este é um processo político [...] que procura evitar duas coisas que ninguém na UE quer: qualquer intervenção externa na Venezuela e qualquer risco de confrontação interna", adiantou Santos Silva.

A crise política na Venezuela agravou-se com a autoproclamação de Juan Guaidó, no passado dia 23.

Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes.

A reunião desta quinta-feira decorre no palácio do Banco Nacional da Roménia, numa altura em que a Presidência da UE é assumida por este país.

Jornal de Notícias | Foto 3 de Cristian Hernández/epa

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