A campanha eleitoral começa a
registar os primeiros incidentes. Ontem, em Bissau, ocorreram trocas de mimos
entre simpatizantes de partidos concorrentes ao pleito de 10 de Março. E as
eleições poderão não contar com a cobertura de órgãos de comunicação social
estatal, que se queixam de falta de meios.
É até aqui o mais grave incidente
de campanha eleitoral.
Por pouco não aconteceram
confrontos físicos entre apoiantes de alguns partidos, na quarta-feira, ao
final da tarde, no bairro de Cuntum, subúrbios de Bissau.
A rádio Capital FM estava com uma
missão ao ar livre, colocando frente a frente candidatos a deputados com os
ouvintes eleitores.
Estava tudo a correr bem até que
um eleitor se dirigiu ao líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, um dos
candidatos a deputado naquela zona de Bissau, fazendo-lhe questionamentos
diretos e com alguma animosidade.
Os ânimos aqueceram-se entre os
apoiantes do PAIGC e elementos próximos ao jovem que estava a inquirir Domingos
Simões Pereira, antes mesmo que este respondesse, a Rádio, aconselhada pelas
forças de segurança, decidiu dar por encerrada a emissão.
A inédita iniciativa regressa
esta quinta-feira, mas num outro bairro.
Enquanto isso, os órgãos de
comunicação social do Estado, Rádio nacional, Televisão da Guiné-Bissau,
Agência noticiosa da Guiné e Jornal No Pintcha, poderão não cobrir a campanha
eleitoral.
Aqueles órgãos dizem que estão
sem meios de trabalho, e já avisaram o Governo através de nota de greve geral
que deverá arrancar na próxima semana.
Mussa Baldé, em Bissau, para a RFI
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