As eleições europeias estão a
decorrer desde as 8 horas, seis horas volvidas o sinal de aumento da abstenção à
presença no ato de votar è sensivelmente superior aos números das eleições
anteriores.
A tendência dos eleitores
portugueses continua a ser a mesma em eleições europeias, participarem cada vez
em menor número. Às 12 horas de hoje, quatro horas depois das secções de voto
abrirem, somente 11,56% dos eleitores portugueses tinha votado. Nas eleições
anteriores, no mesmo período, foram votar 12,14%. Um pouco mais.
É muito provável, seguindo o raciocino
das tendências, que até ao final do dia a abstenção se mantenha em números
muito menores que nas eleições anteriores e até nem chegue aos 30% de votantes.
Perante este quadro, os políticos
insistem em apelar ao voto. Marcelo Rebelo de Sousa também o fez, tendo
manifestado a sua preocupação e afirmando que com tantos abstencionistas esses
mesmos perdem o direito de criticar os políticos…
Marcelo, porque não te calas?
O que se deve perguntar a Marcelo,
assim como aos que afirmam tal bacorada, é se os que se abstêm deixam de pagar
impostos e outras alcavalas para o OGE. Porque a resposta é não, é fácil de
concluir que a legitimidade de criticar os políticos, ou alguns políticos, se
mantém. Votem ou não votem, são os portugueses que suportam financeiramente e
noutros itens (todos eles) os vencimentos, alcavalas, disparates, negociatas e
golpadas dos políticos, pelo que são livres de criticar o que desaprovam.
Até porque já se percebeu há
muito que os poderosos do costume não largam os tachos e pulam de uns para
outros como muito bem aprovam, alimentando ainda para mais a promiscuidade
entre os cargos de governação e administração do público com grandes cargos nas
empresas privadas, vindo-se a concluir em casos que são divulgados muitos anos
depois (além dos que estão no limbo) que houve cambalachos, que foram
praticadas tramas para prejudicar o erário público, o dinheiro público, os bens
públicos, a favor de corporações e outros de raiz privada. Tudo ao estilo de
uma poderosa máfia que se constitui por obra e estados de graça de políticos.
São imensos milhares de milhões
de euros que “voam” dos cofres do Estado para grandes empresas, familiares e
amigos… Ou simplesmente capangas de um tal Bloco Central (p.ex.) que jamais
esqueceremos porque ele está vivo, principalmente no aspeto de sugar aos
portugueses quase até ao último níquel que possuam.
Em outros países da UE e na "colmeia" da UE os exemplos também não são nada dignificantes. Os europeus sabem que o que é primordial para alguns dos seus países e também para Portugal é o aparecimento efetivo de políticos honestos, de partidos honestos, de Parlamentos honestos, de governos honestos que praticam a transparência em tudo para beneficio de todos. Não estamos propriamente a viver em democracia. Cada vez mais estamos longe disso, por toda a Europa e em Portugal.
Em outros países da UE e na "colmeia" da UE os exemplos também não são nada dignificantes. Os europeus sabem que o que é primordial para alguns dos seus países e também para Portugal é o aparecimento efetivo de políticos honestos, de partidos honestos, de Parlamentos honestos, de governos honestos que praticam a transparência em tudo para beneficio de todos. Não estamos propriamente a viver em democracia. Cada vez mais estamos longe disso, por toda a Europa e em Portugal.
E então, quando não se vota
perdemos o direito ou a moral de criticar fulanos eleitos que são
incompetentes, vigaristas, mentirosos, corruptos ou ladrões?
Claro que não. Isso é que era
bom.
O presidente Marcelo, com estas
declarações tão primárias e tão estapafúrdias poderá influenciar uns quantos,
nunca todos os portugueses. Aliás, nunca a maioria dos que não votam. Porque se
não votam eles sabem muito bem porquê. É porque talvez a maioria dos políticos
não mereça, porque não são de confiança, porque fazem o que querem e muito bem
entendem ou lhes ordenam, tantas vezes em prejuízo dos cidadãos portugueses
e/ou europeus.
Recorremos à TSF para completar o informativo relacionado com este dia eleitoral-abstencionista para as europeias. A seguir.
MM | PG
Até à hora de almoço, abstenção é
de quase 90%
Até às 12h00 a afluência às urnas
era de 11,56%, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da
Administração Interna.
A percentagem é inferior à
das últimas eleições para o Parlamento Europeu, realizadas em 2014, em
que, à mesma hora, a participação era de 12,14%.
Rita
Carvalho Pereira | TSF | Foto: António Cotrim/Lusa
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