Departamento de Estado dos EUA
prossegue suas alegações de que o governo da República Árabe Síria (dito
«regime de Assad») suprimiria a revolta de sua população utilizando armas
químicas.
Em uma declaração [1],
ele se questiona sobre um ataque que teria ocorrido, em 19 de Maio de 2019, em
Idlib. A acusação que emite foi formulada pelo Hayat Tahrir al-Sham (atual nome
da Alcaida em Idlib) [foto]. O próprio nome deste grupo indica que ele não tem
o objetivo de derrubar a República Árabe Síria, mas todos os governos da
região. Com efeito, significa «Organização de Libertação do Levante» (isto é, a
Anatólia Turca, Israel, a Jordânia, a Mesopotâmia iraquiana e a Síria). Ele é o
herdeiro direto da Frente al-Nusra (ou mais precisamente da «Frente para a
Vitória das Gentes do Levante»), que reivindicava, mais claramente, sua
lealdade à Alcaida.
No mesmo comunicado, o
Departamento de Estado responde às acusações da Rússia e da Síria segundo quem
os ataques químicos jamais teriam sido perpetrados por Damasco mas, antes, por
jiadistas, particularmente com a ajuda dos Capacetes Brancos. Se trata segundo
ele, apesar das inúmeras provas publicadas, de uma desinformação.
Finalmente, o Departamento de
Estado lembra que, segundo a ONU, o «regime de Assad» realizou, ele próprio,
quase todos os ataques verificados com armas químicas. Ora, este ponto é falso.
O Departamento refere-se ao Mecanismo de investigação conjunta da Organização
para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) e da ONU cujos relatórios foram
rejeitados pelo Conselho de Segurança por causa de sua metodologia, e que
acabou dissolvido.
Voltaire.net.org | Tradução Alva
Nota:
[1]
“Alleged Use of
Chemical Weapons by the Assad Regime”, Voltaire Network, 21 May 2019.
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