O advogado revela que tomou a
decisão depois de ponderar "bastante e de conferenciar com a
família". Pardal Henriques deixa, a partir de hoje, de ser o porta-voz do
SNMMP.
É oficial. Depois de Marinho e
Pinto ter confirmado que o então porta-voz do Sindicato Nacional de
Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) seria candidato às eleições
legislativas pelo Partido Democrático Republicano, desta vez é o próprio
Pardal Henriques que o confirma.
Em comunicado enviado às redações,
o advogado esclarece que aceitou o convite para "integrar a lista do PDR como
cabeça de lista pelo círculo de Lisboa".
O porta-voz dá conta que a
decisão foi tomada depois de "ponderar bastante e de conferenciar com a
família". E fê-lo "consciente" de que pretende "ser
uma voz ativa por todas as causas" que tem vindo a defender e
que considera que "não estão representadas no Parlamento Português".
E como exemplo desta premissa, o
advogado destaca "a reação dos partidos políticos, e em especial
dos partidos com assento parlamentar, relativamente à utilização de todos os
meios possíveis para, através da força e da aliança com as empresas, dizimar os
direitos constitucionais dos trabalhadores, que reclamam unicamente o pagamento
do trabalho que fazem, sem esquemas fraudulentos".
Pardal Henriques refere ainda
que, a partir desta quarta-feira, não será mais o porta-voz do Sindicato
Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas, "por forma a não misturar o
que poderia ser interpretado como campanha eleitoral".
Pese embora tenha tomado esta
decisão, o causídico continuará a "representar juridicamente o
Sindicato [SNMMP], assim como o Sindicato dos Seguranças e Vigilantes de
Portugal, o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de
Lisboa", assim como outros sindicatos e causas que aceitou defender e
fa-lo-á "com a mesma determinação, dinamismo e empenho", alega.
Pardal Henriques aproveita ainda
para lançar farpas aos que "não sabem como" o "atacar
mais", que, no seu entendimento, dirão "que me quis aproveitar da
causa dos motoristas para me autopromover. No entanto, quem me conhece
sabe perfeitamente que defendo esta causa desde 2017, e nunca foi a minha
intenção iniciar uma carreira política".
"A estas pessoas que possam
utilizar esses argumentos baixos", acrescenta, "apenas questiono o
porquê de não terem tido coragem de assumir esta ou outras causas como estas? É
mais fácil criticar ou manter-se conivente com os esquemas instalados no nosso
Estado".
Recorde-se que a possibilidade de
o vice-presidente do SNMMP ser deputado pelo PDR já tinha
sido equacionada na semana passada, mas na altura nem Pardal Henriques nem
Marinho e Pinto comentaram o assunto.
Filipa Martins Pereira | Notícias
ao Minuto | Foto: © Facebook | International
Lawyers Associated - Advogados RL
Sem comentários:
Enviar um comentário