A intoxicação da opinião pública
com a arma do terrorismo climático atinge o paroxismo
Em 28/Setembro, o
semanário da burguesia portuguesa, o Expresso, põe em título na pg.
18: "ONU confirma o pior cenário para Portugal" (sic).
A referida pseudo-notícia diz que "A imagem do Terreiro do Paço submerso
no final do século não é nova, mas foi esta semana confirmada pelo mais recente
relatório do IPCC dedicado aos oceanos e à criosfera (partes congeladas da
Terra)" (sic). E mais adiante assevera que 146 mil
portugueses serão afectados pela alta do nível dos mares até 2050, número que
sobe para 225 mil em 2100. Tais enormidades são ditas, em tom sério, por um
sr. Carlos Antunes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Ele diz que descobriu esses números através dos seus "modelos
semi-empíricos" (sic).
Pelo visto as universidades portuguesas embarcam nesta campanha de estupidificação dos povos. Depois de um reitor proibir servir carne da vaca nas cantinas da sua universidade a fim de combater o aquecimento global, temos agora um emulo em Lisboa a prometer inundações.
No momento em que o modo de produção capitalista atinge a sua mais grave crise de sempre, em que guerras criminosas como as do Iémen e Síria continuam a matar milhares de pessoas, em que se avizinham tempestades monetárias e financeiras, em que a situação dos trabalhadores se agrava, as classes dominantes precisavam inventar um problema fictício para distrair os povos dos seus problemas verdadeiros. A invenção do aquecimento global equivale à invenção do diabo em tempos medievais. Ambas servem para submeter os oprimidos.
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