O presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro, afirmou que as armas que foram roubadas das Forças Armadas de
seu país no último domingo estão no Brasil e exigiu que o governo de Jair
Bolsonaro capture os responsáveis.
“As armas venezuelanas foram
roubadas em um ataque terrorista, Sr. Jair Bolsonaro, e essas armas, neste
momento temos informações que estão no território brasileiro. Exigimos que as
autoridades brasileiras capturem os agressores que estão no território
brasileiro e retornem as armas das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas”,
disse Maduro durante uma reunião de ministros transmitida no rádio e na
televisão.
O presidente venezuelano explicou
que entre os equipamentos roubados do Batalhão Militar estão nove rifles AK-103
e um lançador de granadas de longo alcance.
No domingo passado, foi registado o roubo no Batalhão de Infantaria da Selva
Mariano Montilla, no sul do estado de Bolívar, de 120 rifles de alto
calibre e, durante a ação, um soldado que protegia a instalação militar foi
abatido.
De acordo com indicações dadas
por Maduro, as armas seriam usadas “para banhar o Natal venezuelano com
sangue”.
Segundo a versão das autoridades,
esse plano foi dirigido pelo líder da oposição Leopoldo López, que está sob
asilo político desde 30 de abril na embaixada espanhola em Caracas, depois de
escapar de sua casa, onde cumpria uma sentença de quase 14 anos de prisão pelos
atos de violência registrados no país em 2013.
“Se o governo do Peru realmente,
de coração, não estava envolvido, peço que este terrorista Vilca Fernández seja
capturado de acordo com o direito internacional, já que assumiu a
responsabilidade pelos eventos através das redes sociais”, afirmou.
O ministro venezuelano de
Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, disse que o objetivo do ataque de
domingo era promover um confronto entre nações vizinhas para justificar uma intervenção militar dos EUA.
Por seu lado, os governos do Peru
e da Colômbia citados pela Venezuela por um suposto apoio ao roubo dessas armas
rejeitaram as acusações.
“Rejeitamos as falsas expressões
[…] nas quais ele pretende vincular o Peru e o Grupo de Lima a ações violentas
na Venezuela. Nosso país reitera seu compromisso com uma solução pacífica para
a crise neste país irmão, que permite ao retorno da democracia e o fim do
regime ilegal de Maduro”, ponderou o ministro de Relações Exteriores do Peru,
Gustavo Meza, em sua conta na rede social do Twitter.
Em seu discurso na segunda-feira,
Maduro comentou que o Brasil também negou sua participação no plano.
© Sputnik / Stringer em Pátria Latina
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