Num discurso que apontou baterias
à família do seu antecessor, o Presidente de Angola falou dos “que ameaçam o
MPLA e fazem chantagem” e defendeu a necessidade de fazer respeitar a
Constituição e a Lei.
O Presidente de Angola abriu o
7.º Congresso Extraordinário do MPLA, lamentando a ausência do seu
antecessor na liderança do partido e do país: “Gostaríamos imenso de ter entre
nós a presença do camarada José Eduardo dos Santos, que, ao longo de 39 anos,
conduziu o MPLA nos momentos bons e maus e hoje é o presidente emérito do nosso
partido”, afirmou João Lourenço.
Se estivesse, aquele que foi
chefe de Estado angolano durante 39 anos, não gostaria de ter ouvido o seu
sucessor a criticar aqueles que “ameaçam o MPLA e fazem chantagem”, numa clara
alusão à família Dos Santos.
Uma das filhas de José Eduardo
dos Santos, a deputada Tchizé dos Santos, é outra das grandes ausentes do
congresso, suspensa
do Comité Central do partido por estar ausente do Parlamento há mais
do que os 90 dias permitidos pelo estatuto de deputado e
se recusar a suspender o seu mandato.