Novo líder do Partido Conservador
e primeiro-ministro britânico tem histórico de mentiras descaradas e
comportamento bufão. Tê-lo como chefe de governo não ajudará o Reino Unido a
sair do atoleiro em que se encontra.
Robert Mudge* | opinião
Em 1999, Boris Johnson disse a
seu chefe, na verdade prometeu a Conrad Black, proprietário do jornal Daily
Telegraph e da revista Spectator, que ele abdicaria de uma carreira
política e, em vez disso, assumiria o cargo de editor do semanário político.
Quem dera. Convenientemente
quebrando sua promessa, Johnson concorreu à vaga de deputado do Partido
Conservador por Henley, no condado de Oxfordshire, e venceu a eleição em 2001.
E assim começou a odisseia devastadora de Johnson, que o levou ao número 10 na Downing
Street.
A lista de notórias mentiras e
infortúnios, que lhe ocorrem tão naturalmente, é tão longa que é difícil
acreditar. Só lembrando: este é o homem que foi forçado a pedir desculpas por
um editorial publicado na Spectator quando era editor e que culpou
erroneamente fãs bêbados do Liverpool pela tragédia de Hillsborough em 1989, na
qual 96 torcedores morreram pisoteados.