sábado, 7 de setembro de 2019

Negociata de US$1 trilião: Plano de longo prazo para separar EUA e China


Peter Lee (“China Hand”), no Blog China Matters | Oriente Mídia | Traduzido por Vila Mandinga

Há algum torcer as mãos tipo “Mas como, Santo Deus, chegamos a isso?!” em tudo que tenha a ver com a guerra comercial que só faz escalar entre EUA e China.

Bobagens.

A estratégia para dissociar as duas economias, concebida pelos falcões norte-americanos anti-China está caminhando exatamente conforme os planos. E o sofrimento econômico é item previsto, não é bug.

Aí vai [adiante, nesse artigo] o roteiro de um episódio de Newsbud China Watch, que apresentei dia 26/9/2018, quando os contornos da estratégia dos EUA já estavam claros.
Antes, mais alguns comentários:

O fracasso das negociações comerciais foi atentamente cozinhado, graças a demandas maximalistas de Lightizer – o que serviu perfeitamente aos interesses dos falcões norte-americanos anti-China.

Porque o objetivo final desses todos sempre foi dissociar as economias de EUA e da China; enfraquecer a China e torná-la mais vulnerável à desestabilização interna e à regressão global.

Se a dissociação arrancou alguns pontos do PIB global, feriu empresas norte-americanas, ou empurrou o mundo para a recessão… Ora! É o preço da liberdade!

Ou, no mínimo, é o que custa tornar o Comando Indo-Pacífico dos EUA (IndoPACOM) capaz de vencer a disputa do pênis mais comprido na Ásia Oriental – porque é disso que, afinal, se trata.

Manter as negociações rastejantes, ao mesmo tempo em que se incentiva a dissociação dinâmica mediante tarifas e sanções permitiu que os falcões norte-americanos anti-China se escondessem das consequências do ônus de ferir a economia dos EUA, para garantir objetivos hegemonistas.

Agora, como entramos numa fase de guerra econômica já praticamente declarada, essa máscara começa a cair.

Um desses itens de interesse acadêmico é se Trump algum dia teria realmente se interessado por algum acordo e pela volta à normalidade. Meu palpite é: sim, se interessou.

Mas os militares dos EUA são praticamente o único grupo de eleitores com que Trump conta no Departamento de Estado. Os militares desejam confronto com a China, e Trump foi junto, dado que os custos do confronto no principal eleitorado político – o mercado de ações –, pareceu administrável.

China | Uma frágil vitória da democracia em Hong Kong


Jolivaldo Freitas* | opinião

O povo de Hong Kong tem tudo para comemorar uma vitória que pode ser da democracia, da liberdade de expressão, da liberdade face à autocracia. Com o comunicado da chefe de governo de Carrie Lam, de cancelar de vez a lei da extradição que nos últimos meses foi motivo de manifestações e confrontos entre a população e as forças policiais, entra-se num processo novo, mas tem de tomar cuidado, ficar atento e forte: o governo chinês, com certeza, não vai deixar passar batido. O que está por vir não se sabe, mas que vem coisa, isso vem.

Lam garante que o governo vai retirar formalmente o projeto de lei de modo a afastar totalmente as preocupações do público. Tanto que informou que o secretário de Segurança apresentará uma moção de acordo com as regras, quando o conselho legislativo se voltar a reunir em alguns dias. É uma nova situação. Ela pretende a partir deste setembro, buscar empatia com a comunidade da ilha, visando buscar um diálogo que seja maia direto e dentro das aspirações reveladas pelos manifestantes e ativistas da democracia, liberdade e autonomia. Ela já fez até convite para que pessoas de todas as camadas da sociedade, mesmo com diferentes crenças e origens, venham a participar do diálogo e partilhar pontos de vistas e notadamente as queixas, como forma de encontrar um jeito para resolver o amplo descontentamento da sociedade e procurar soluções. E Hong Kong mostrou sua insatisfação frente aos administradores da ilha e aos líderes de Pequim, que queriam uma brecha para punir quem fosse cativo em função de atividades consideradas "criminosas".

Brasil | ‘Sou imbrochável’, afirma líder neofascista aos seus adeptos e seguidores


Ao completar um ano da suposta facada que o teria atingido, durante a campanha eleitoral, Bolsonaro reconheceu suas fragilidades, sua “incompetência em alguns momentos”.

O presidente Jair Bolsonaro usou uma expressão inesperada ao responder, na noite passada, aos apelos de populares para que não desista de seu esforço à frente da Presidência da República.

— Eu sou imbrochável — disse Bolsonaro a populares que o esperavam ao chegar no Palácio da Alvorada.

Ao completar um ano da suposta facada que o teria atingido, durante a campanha eleitoral, Bolsonaro reconheceu suas fragilidades, sua “incompetência em alguns momentos”; mas ressaltou que vai continuar se empenhando para fazer o melhor.

Assuntos econômicos

Pressionado por índices que desabam nas pesquisas de opinião, Bolsonaro disse que, ao contrário do que lhe haviam dito antes de assumir a Presidência, “todo dia é dia de alegria”.

— Tristeza é você ter que dar satisfação a quem não presta, é você governar com incompetente e bandido do seu lado, daí realmente é tristeza. Quando a gente tem a liberdade de escolher os ministérios, governar com gente boa ao seu lado e contar com o carinho, com a simpatia de um povo maravilhoso, que é o povo brasileiro, todo dia é dia de alegria — desconversou.

Bolsonaro voltou a defender a indicação de Augusto Aras, feita na véspera, para o cargo de procurador-geral da República, argumentando que além do combate à corrupção era preciso também pensar na questão ambiental, das minorias e assuntos econômicos.

Correio do Brasil,  com Reuters, de Brasília

Brasil | O PSICOPATA E O HOMEM DA CIA


Muita gente pergunta porque o sr. Sérgio Moro – ministro da Justiça e Segurança Pública do governo brasileiro – não se demite.

Mesmo tendo sido sucessivas vezes humilhado e até enxovalhado pelo psicopata que o convidou para o cargo, o sr. Bolsonaro, ele está aferrado ao cargo.

A explicação do seu comportamento é simples. Moro é um homem da CIA:   ele nada fará sem o consentimento dos que o controlam.

Por enquanto, interessa à CIA ter um homem seu no ministério da Justiça e das polícias – mesmo com poderes diminuídos e de candeia às avessas com o PR. Como quadro disciplinado, ele obedece. Só se demitirá quando a CIA autorizar.

Resistir.info

Portugal | Protecção Civil preventiva


Passados mais de dois anos, qual o grau de concretização e os efeitos práticos da Resolução do Conselho de Ministros?

Duarte Caldeira | AbrilAbril | opinião

Pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 160/2017 de 21 de outubro, publicada em Diário da República, nove dias depois, o Governo aprovou a designada Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva.

Este diploma identifica cinco objetivos estratégicos: fortalecer a governança na gestão dos riscos; melhorar o conhecimento sobre os riscos; estabelecer estratégias para a redução dos riscos; melhorar a preparação face à ocorrência do risco; envolver os cidadãos no conhecimento dos riscos.

Apesar de publicado no rescaldo do incêndio de Pedrogão Grande, este documento foi trabalhado muito antes, pelo que não é correto classificá-lo como resultante do trágico incêndio.

Para além dos mencionados objetivos, esta Estratégia define dez áreas prioritárias de atuação e 101 objetivos operacionais, merecendo ser classificado como um bom instrumento de planeamento da ação governativa.

Dito isto, importa a pergunta: passados mais de dois anos, qual o grau de concretização e os efeitos práticos desta Resolução do Conselho de Ministros?

Portugal | Eurosondagem: PS à frente com quase mais 15 pontos percentuais do que PSD


Um estudo de opinião da Eurosondagem, hoje publicado no Sol, Porto Canal, Diário de Notícias da Madeira e Diário Insular dos Açores, coloca o PS à frente com 38,1%, mais 14,8 pontos percentuais do que o PSD.

Nesta sondagem, com entrevistas recolhidas entre domingo e quinta-feira desta semana, o PSD surge em segundo lugar nas intenções de voto para as eleições legislativas de 6 de outubro com 23,3%, seguindo-se o Bloco de Esquerda com 9%, a CDU com 6,9%, o CDS-PP com 6%, o PAN com 4,4% e o Aliança com 1,7%.

Em relação ao barómetro de julho divulgado pela Eurosondagem, no que respeita a intenções de voto, sobem o PS (mais 0,8%), a CDU (mais 0,1%), o PAN (mais 0,1%) e o partido Aliança (mais 0,2).

Em contraponto, descem o PSD (menos 0,3%) e o CDS-PP (menos 0,4%), enquanto o Bloco de Esquerda se mantém nos nove por cento em termos de intenções de voto.

Segundo a Eurosondagem, "a amostra foi estratificada por região, tendo resultado, Norte - 20,3%; Área Metropolitana do Porto - 14,1%; Centro - 23,5%; Área Metropolitana de Lisboa - 22,8%; Sul - 9,8%; Açores - 4,7%; Madeira - 4,9%, num total de 1022 entrevistas validadas".

Notícias ao Minuto | Lusa | Foto: © Lusa

Portugal | Trabalho, eleições e futuro


Manuel Carvalho Da Silva | Jornal de Notícias | opinião

O lugar e o valor atribuídos ao trabalho são determinantes do rumo e do patamar de desenvolvimento de uma sociedade. Sabemos pelos dados estatísticos disponíveis que a persistência da desvalorização salarial, da precariedade e baixa qualidade de emprego - não obstante a recuperação do emprego e a redução do desemprego - fazem parte da metade do copo que não encheu na legislatura que agora está a terminar.

Segundo a OCDE, o salário médio real em Portugal, que regrediu 7% entre 2009 e 2015, recuperou a partir daí até ao final de 2018 apenas 0,68% do seu valor, encontrando-se ainda 4% abaixo do nível que tinha no ano 2000. O INE diz-nos que o número de pessoas empregadas com contrato a termo, ou outro tipo de vínculo precário, se mantém há bastantes anos em torno dos 21%.

No debate televisivo com Jerónimo de Sousa, António Costa afirmou, sem pestanejar: "A realidade económica destes últimos quatro anos demostrou que dos 350 mil postos de trabalho criados, 92% foram contratos definitivos". O número é espantoso e falso. Surpreende que António Costa não tenha solicitado a alguém para o verificar com seriedade. A precariedade não é um problema resolvido e jamais se resolverá atirando-o para debaixo do tapete.

Portugal | "O voto na CDU conta e conta bem" para impedir maioria absoluta do PS


Jerónimo de Sousa acredita que foi "derrotada a versão revanchista da política de direita em 2015".

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu, esta sexta-feira, que "o voto na CDU conta, e conta bem", para impedir uma maioria absoluta do Partido Socialista nas próximas eleições legislativas de 6 de outubro.

No discurso de abertura da 43.ª edição da Festa do Avante!, que decorre no Seixal, distrito de Setúbal, até domingo, o líder comunista alertou que "aqueles a quem a política de direita de sucessivos governos de PS, PSD e CDS serviu, os grandes interesses económicos e financeiros, já fizeram a sua aposta a pensar reverter o que se avançou".

"Derrotada a versão revanchista da política de direita em 2015, não desistindo dos seus objetivos, mas sem condições para os recuperar no imediato, querem hoje duas coisas: garantir a maioria absoluta do PS e, ao mesmo tempo, enfraquecer a CDU" - coligação que junta PCP e PEV, afirmou Jerónimo de Sousa.

Notando que estes agentes "colocam na concretização desses objetivos todo o seu arsenal e meios", o secretário-geral do Partido Comunista advogou que "ensaiam novas artificiosas bipolarizações, utilizando a mais ridícula e falsa argumentação para ocultar aquilo que é uma evidência".

"O voto na CDU conta, e conta bem, para impedir a maioria absoluta do PS", vincou.

TSF | Lusa | Foto: © Mário Cruz/Lusa

Portugal | Greve dos motoristas desconvocada após princípio de acordo


O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas anunciou esta madrugada a desconvocação da greve ao trabalho extraordinário, fins de semana e feriados. Governo considera a paz social uma vitória.

O ministro das Infraestruturas disse hoje que "o tempo da greve terminou e começou o tempo do diálogo", na sequência da desconvocação da paralisação do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

"O país está cansado destas greves, não temos dúvidas de que os motoristas também, as empresas também. Foram quatro pré-avisos de greve em pouco mais de quatro meses", afirmou Pedro Nuno Santos, após uma reunião com o SNMMP e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram), no Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

O SNMMP anunciou hoje a desconvocação da greve ao trabalho extraordinário, fins de semana e feriados que se deveria prolongar até dia 22 de setembro. O presidente do sindicato, Francisco São Bento, revelou existir um "acordo de princípio" com a Antram que permitiu a desconvocação da greve, cujo início esteve previsto para as 00:00 de hoje.

Também o advogado da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) João Salvador confirmou haver "um princípio de acordo".

Brasil | Cada hora de telejornal da Globo rende cerca de 10 minutos de “notícias reais”


Em 2003 o pesquisador Martin Howard no seu livro “We Know What You Want” descobriu que em cada hora de notícias da CNN, o noticiário transmitia pouco menos de cinco minutos de “notícias reais” (fatos espontâneos, históricos, externos à existência da mídia) – o restante é ocupado por metalinguagem e autorreferências. Sem falar no chamado “Efeito Heisenberg”: a mídia não consegue mais reportar o real – transmite apenas os efeitos que ela produz ao cobrir os eventos e, também, o esforço que as pessoas fazem para obter a atenção da mídia. O “Cinegnose” aplicou essa mesma metodologia na análise de quatro edições do telejornal local “Bom Dia São Paulo” da Globo. E chegou a resultados próximos: duas horas de telejornal resultam em 27 minutos de “notícias reais” – ou média de 13 minutos de notícias por hora. No restante, o telejornal passa o tempo falando de si mesmo – metalinguagem, autorreferencialidade fática e efeito Heisenberg.  Resultando num híbrido de jornalismo e propaganda. Infotenimento.

Sabemos que há muito tempo a TV deixou de ser uma janela aberta para o mundo – uma testemunha ocular da História de eventos espontâneos que são apenas observados e reportados. Não importa se de forma parcial ou imparcial. Mas, pelos menos, os fatos estão ali, históricos, espontâneos, regidos por uma lógica própria e indiferentes à existência das mídias.

Mas isso foi deixado para trás, para os velhos tempos do “Repórter Esso” dos tempos do rádio e da TV Tupi, que se auto-intitulava “testemunha ocular da História”. 

Brasil | DESPREZÍVEL


Após a sessão de tortura em um de seus supermercados, a Ricoy escreveu uma nota. Vejam bem: os fios elétricos, transformados em chicote, foram empunhados por outras mãos — mãos terceirizadas, vale destacar


Em dezembro de 1888, já passada a Abolição, Machado de Assis cismou com a forma como veio a se noticiar a morte de um carrasco de Minas Gerais, o qual teria exercido o “desprezível ofício desde 1835 até 1858”: “Por que carga d’água há de ser desprezível um ofício criado por lei? Foi a lei que decretou a pena de morte, e desde Caim até hoje, para matar alguém é preciso alguém que mate. A bela sociedade estabeleceu a pena de morte para o assassino, em vez de uma razoável compensação pecuniária aos parentes do morto, como queria Maomé. Para executar a pena não se há de ir buscar o escrivão, cujos dedos só se devem tingir no sangue do tinteiro. Usamos empregar outro criminoso” (Bons dias!, 27/12/1888).

Confesso que também embatuquei com a primeira nota expedida pelo supermercado Ricoy a propósito de uma sessão de tortura nas dependências de uma de suas filiais, gravada pelos próprios torturadores:

1 – Ficamos chocados com o conteúdo de uma tortura gratuita e sem sentido em cima do adolescente vítima.

2 – O Ricoy desde sua fundação na década de 1970 exerce os princípios mais rígidos de valorização do ser humano, seja em nossas lojas ou em nossa comunidade. Ficamos muito abalados com a notícia que nos causou repulsa imediata.

3 – Os dois seguranças acusados de praticarem os atos são de empresa contratada terceirizada e não prestam mais serviço para nossos supermercados.

4 – Para manter nossa coerência em contribuir com as investigações, nesta terça-feira (3), um funcionário da loja Yervant Kissajikian, 3384, prestou depoimento no 80º Distrito Policial.

5 – O Ricoy já disponibilizou uma assistente social para conversar com a vítima e a família. Daremos todo o suporte que for necessário.

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Os grifos são meus para realçar algumas das convenções próprias desse tipo de discurso, praticado de tal modo no Brasil que chego a pensar num curso sobre o assunto, pois creio que seria inédito e disporei para isso de um corpus que não para de se ampliar. A estrutura básica (verifiquei muitas outras “notas de pesar e esclarecimento” escritas pela assessoria de outros supermercados e lojas a propósito de casos semelhantes) consiste em: 

1-manifestar espanto e indignação, 2-manifestar que ela mesma, loja, defende princípios contrários aos subjacentes no ato que muito a indignou, 3-esclarecer que os seguranças são terceirizados (o que não é apenas um clichê linguístico ou retórico, claro), 4-avisar que já os despediu, 5-mostrar-se interessada nas investigações, em que pretende colaborar, 6-manifestar que fará todo o possível para dar suporte à vítima (a palavra suporte é um faz-tudo emocional, material, espiritual, social e o que mais couber aí tal sua indefinição). Não se economiza no uso de pronomes indefinidos (todo o, todos, tudo, nada), advérbios de intensidade (extremamente, veementemente, muito, muitíssimo) e também no emprego de um repertório já clássico de verbos e substantivos como repudiar, indignar, indignação, tudo não deixando de ser variações da tendência superlativista dessa forma. Superlativismo que é, por assim dizer, um ativismo atrasado ou recrudescido, que o comércio empresta das “moções de repúdio”, próprias deste tempo também, quando o leite derramado derrama muitas vezes mais que a última vez. Como no entanto já são lugares-comuns, o espírito que aí se manifesta como que tocado por uma enormidade é um pouco amortecido pelas letras, mesmo que superlativas.

Guerra entre Colômbia e Venezuela está prestes a começar?


A última notícia sobre o aumento das tensões entre Caracas e Bogotá foi o alerta laranja decretado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em resposta à "ameaça de agressão" por parte da Colômbia.

A pesquisadora colombiana-venezuelana María Fernanda Barreto explicou à Sputnik Mundo se de fato pode haver um conflito militar de grande escala entre Caracas e Bogotá, ou se a guerra já começou há anos e ninguém ainda a anunciou.

O líder colombiano Iván Duque foi acusado por Maduro na terça-feira (3) de querer criar uma "série de falsos positivos" para desencadear a guerra. O presidente venezuelano declarou, por sua vez, que o país vai realizar exercícios militares de 10 a 28 de setembro em toda a fronteira com a Colômbia.

A declaração do presidente da Venezuela seguiu a denúncia apresentada pelo ministro venezuelano da Comunicação, Jorge Rodríguez, de que no país vizinho existiriam três centros de treinamento militar para realizar ações de desestabilização em Caracas, sob a proteção do governo de Duque e de sua força política.

Venezuela anuncia investigação contra Guaidó por traição à pátria


O Ministério Público venezuelano abriu hoje uma investigação contra o líder da oposição, Juan Guaidó, e outros dois colaboradores, por traição à pátria, por alegadamente estarem a negociar a venda do território Esequibo, disputado pela Venezuela e Guiana.

O anúncio foi feito pelo procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte (composta por simpatizantes do regime), Tareck William Saab, depois de o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusar o líder opositor de pretender entregar o Esequibo a petrolíferas estrangeiras.

Segundo o procurador-geral, os colaboradores de Guaidó, neste caso Vanessa Neumann e Manuel Avendaño, estariam relacionados com uma negociação ilegal que pretende desistir da histórica reclamação da Venezuela sobre o Esequibo a troco de apoio político do Reino Unido, o que constitui um crime traição à pátria. 

"Queremos fazer uma chamada de atenção e um alerta de como personagens anónimos, numa espécie de cartel, aparecem em vários lugares do mundo, como membros deste governo virtual e usurpador que é liderado pelo cidadão Juan Guaidó, em que se lhes dá uma proeminência que não têm, para negociar não apenas o Esequibo, mas também  a Citgo (petrolífera venezuelana nos EUA), as reservas de ouro venezuelano e as nossas contas bancárias", afirmou Tareck William Saab numa conferência de imprensa em Caracas, capital do país.

RU | Câmara dos Lordes aprovou projeto para adiar saída até 31 de janeiro


A Câmara dos Lordes, câmara alta do parlamento britânico, aprovou hoje o projeto de lei para impedir um 'Brexit' sem um acordo, possibilitando que o texto seja promulgado nos próximos dias.

O texto foi aprovado sem propostas de alteração, pelo que não necessita de ser debatido e votado novamente na Câmara dos Comuns na segunda-feira, aguardando apenas o selo da rainha Isabel II para ser promulgado como lei.

A legislação exige que o primeiro-ministro, Boris Johnson, peça uma nova extensão da data de saída até 31 de janeiro caso o parlamento não aprove um acordo de saída ou não autorize uma saída sem acordo até 19 de outubro.

O Reino Unido tem atualmente previsto sair da União Europeia (UE) a 31 de outubro, já na sequência de um adiamento da saída da data inicial que era 29 de março.

Mesmo que o Governo britânico avance com o pedido, a extensão precisa depois de ser deferida unanimemente pelos restantes 27 Estados membros da UE.

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