quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

REINTERPRETAR O MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO EM ÁFRICA – XI


  
SUBSÍDIOS EM SAUDAÇÃO AO 11 DE NOVEMBRO DE 2019

Uma das maiores deficiências de que sofrem os africanos duma forma geral e os angolanos em particular, é a ausência de reflexão própria sobre os fenómenos antropológicos e históricos afectos ao seu espaço físico, geográfico e ambiental.

Essa falta de vontade e de perspectiva abre espaço ao conhecimento que chega de fora, em prejuízo do conhecimento que tem oportunidade de florescer dentro, ou seja: subvaloriza o campo experimental próprio, quantas vezes para sobrevalorizar as teorias injectadas do exterior!

Isso permite que outros não abram o jogo sobre essas interpretações dialéticas em função de seus interesses, manipulações e ingerências, aplicando a África, por tabela a Angola, as interpretações estruturalistas de feição, de conveniência e de assimilação!


Esta série pretende reabrir dossiers que do passado iluminam o longo caminho da libertação dos povos da América Latina e Caribe, de África e por tabela de Angola, sabendo que é apenas um pequeno contributo para o muito que nesse sentido há que digna e corajosamente fazer!

Abrir os links permite complementar com fundamentos, muitas das (re)interpretações do autor.

Nota: Esta série tendo como horizonte o 11 de Novembro de 2011, propiciará continuidade para outra que a ela se vai seguir, este é a última intervenção dum total de 11 que realizei desde Outubro de 2019 (4 em Outubro, 4 em Novembro e 3 em Dezembro).

Angola | Cabinda: Várias detenções em manifestações pró-independência


Segundo o Movimento Independentista de Cabinda (MIC), 22 elementos foram detidos esta terça-feira durante manifestações pela independência, com as autoridades a confirmarem "detenções por ações violentas".

Em declarações à agência Lusa por telefone, a partir de Cabinda, o secretário-adjunto para a Informação e Comunicação do MIC, António Tuma indicou que as detenções ocorreram logo após a concentração dos manifestantes, na zona da Parada dos Fiéis, onde as autoridades prenderam 15 elementos do MIC. 

Mais tarde, outros três membros do movimento foram também detidos na mesma zona, acrescentou a mesma fonte. António Tuma acrescentou que junto ao hospital foram também detidos quatro elementos do MIC, entre os quais o seu secretário-geral, Filipe Macaia. 

Guiné-Bissau | Debate juvenil sobe de tom com insultos e auto-censura


O aumento do interesse dos jovens guineenses pela política levanta a questão se realmente estão preparados para serem diferentes dos políticos. Insultos, calúnias e difamações marcam debate juvenil pela negativa.

As redes sociais têm sido um autêntico campo de batalha entre os jovens apoiantes das candidaturas às presidenciais. O nível do debate é muito questionado, na maioria dos casos por misturar insultos e ataques pessoais.

A campanha eleitoral para a segunda volta das presidenciais começa na próxima sexta-feira (13.12), mas o debate dos jovens sobre o futuro da Guiné-Bissau aqueceu há muito  nas redes sociais, com direito a vídeos ao vivo no Facebook e até insultos de parte a parte.

Na opinião do ativista Saturnino de Oliveira, de 33 anos, a participação dos jovens na política aumentou de forma quantitativa e qualitativa. Sobretudo desde as eleições legislativas de março passado, nota-se cada vez mais jovens a interessar-se por política, a militar nos partidos e a falar sobre isso nas redes sociais. Mas há também um reverso da moeda: alguns usam as redes sociais como forma de veicular notícias falsas ou insultar outras pessoas.

Para Saturnino de Oliveira, isso demonstra o nível de desespero a que se chegou no país. "Apesar de realmente ser notável uma parte da juventude que faz a política voltada aos insultos, a difamação, a calúnia e a intriga, mas a maior parte está a fazer a política com uma abordagem mais assertiva. Infelizmente essa pequena parte tem feito a política no sentido de criar divisões dentro da camada juvenil e isso tem manchado a imagem da participação política da juventude guineense", lamenta.

APU-PDGB quer Domingos Simões Pereira Presidente pela "estabilidade governativa"


O líder da APU-PDGB apoia um candidato, mas a direção do partido puxa pelo adversário. Partidos estão divididos sobre quem apoiar na segunda volta das presidenciais guineenses. A campanha eleitoral começa na sexta-feira.

A direção da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) revelou na segunda-feira à DW África que vai apoiar o candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira (DSP), na segunda volta das presidenciais, prevista para 29 de dezembro. A decisão do partido vem assim contrariar a do seu líder Nuno Gomes Nabiam, que assinou um acordo político com Umaro Sissoco Embaló à margem dos estatutos de APU-PDGB.

Em entrevista à DW África, Armando Mango, segundo vice-presidente do partido APU e também segunda figura no Governo de Coligação no país, disse que o partido vai fazer campanha para pôr DSP na Presidência da República pela coerência e pela estabilidade governativa.

"Vamos apoiar o engenheiro [Domingos] Simões Pereira. Esta é a decisão do partido em conformidade com o acordo de incidência parlamentar que tínhamos assinado com o PAIGC. O partido vai continuar a respeitar aquilo que aprovou pelos seus órgãos, que é alinhar-se com o PAIGC nos próximos quatro anos para garantir a estabilidade governativa do país e fazer com que DSP seja eleito Presidente da República para manter essa estabilidade", disse o dirigente político.

Duas vidas do neoliberalismo na América Latina

Augusto Pinochet e os “Chicago Boys” que assessoraram sua política económica
Nos anos 70, modelo difundiu-se prometendo mais “liberdade”. Desigualdade evidenciou seu fracasso. Mas voltou e, mesmo esgotado, busca perpetuar-se pelo autoritarismo. Chile e Argentina mostram que nova onda pode ter fôlego curto

Luiz Filgueiras | Outras Palavras

1- Origem e difusão do neoliberalismo na América Latina

O neoliberalismo ganhou notoriedade, enquanto doutrina/teoria, logo após a Segunda Guerra Mundial, quando Hayek, Mises, Friedman, Stigler e Popper, entre outros, passaram a se reunir na Sociedade de Mont Pèlerin na Suíça (criada em 1947). Concebido em oposição ao socialismo e, mais diretamente, à socialdemocracia então em construção na Europa e ao New Deal nos EUA (Estado de Bem-Estar Social e políticas neokeynesianas), ficou “hibernando” por quase trinta anos. Durante os chamados “anos gloriosos” do capitalismo (e vigência da Guerra Fria), essa ideologia não orientou politicamente as ações do grande capital, então às voltas com a construção de um pacto social que servia de contenção ao “perigo comunista”.

No início dos anos 1970, com a crise do Fordismo e das políticas neokeynesianas, e com a retirada do grande capital do pacto socialdemocrata, o neoliberalismo saiu do ostracismo e ascendeu à condição de projeto mundial do capitalismo financeirizado e de política de governo (econômica e social). Primeiramente no Chile, quando da deposição do Governo Allende através de um golpe de Estado promovido na época, como de costume, pelos EUA e executado pelos militares com participação ativa de sua grande burguesia (1973).

Portanto, antes mesmo da Inglaterra de Margaret Thatcher (1979) e dos EUA de Ronald Reagan (1980), a primeira experiência neoliberal no mundo se deu na América Latina e já evidenciou o seu caráter autoritário, perverso e regressivo. Assim como Milton Friedman, que atuou diretamente em sua implementação, através dos “Chicago Boys”, Friedrich Hayek também em nome do “livre mercado” apoiou o regime e visitou o Chile duas vezes (1977 e 1981), sendo que na primeira teve uma audiência pessoal com o general-ditador Augusto Pinochet. Além de fazer, posteriormente, através de declarações públicas e cartas publicadas em jornais, a defesa da experiência que estava ocorrendo no Chile, segundo ele, de retorno ao “livre mercado”.

A OTAN deseja tornar-se a Aliança atlântico-pacífico


Thierry Meyssan*

Nada trava o Pentágono. Quando o projecto de colocação militar em torno da China, evocado por Hillary Clinton em 2011, havia sido oficialmente abandonado, a OTAN acaba de o oficializar pela Cimeira de Londres. O processo foi lançado e deverá começar pela adesão da Austrália em 2026.

A imprensa internacional apenas reteve da Cimeira (Cúpula-br) do 70º aniversário da OTAN, em Londres, a vozearia que a precedeu e os sarcasmos que a ritmaram. O que era importante estava, é claro, noutro lado [1].

Aquando da sua criação, a função da Aliança Atlântica foi resumida pelo seu Secretário-geral, Lord Hastings Lionel Ismay como a de «Manter a União Soviética no exterior, os Americanos no interior e os Alemães fora de jogo» (keep the Soviet Union out, the Americans in, and the Germans down) [2]. Tendo este objectivo desaparecido com a queda da «pátria do comunismo», houve um esforço para apresentar a Federação da Rússia como a sua continuação. Depois aceitou-se a ideia de autorizar a Alemanha a dispor da sua própria política. Por fim, encarou-se estender a Aliança para o Pacífico a fim de «barrar» a China; o que acaba de ser confirmado.

Os insultos actuais dão uma má imagem da Aliança, mas eles correspondem ao retorno da secular rivalidade franco-alemã. A França entende tornar-se uma enorme potência, ao mesmo tempo graças à sua bomba atómica como graças ao Estado supranacional europeu, enquanto a Alemanha não pode pensar voltar a ser uma potência militar sem a proteção nuclear da OTAN [3].

"A revolução (real) nos assuntos militares"


– Novo livro de Andrei Martyanov

The Saker

No ano passado resenhei o livro de Andrei Martyanov [*] " Losing Military Supremacy: the Myopia of American Strategic Planning " na Unz Review . Naquele livro, Martyanov explicou porque a era das vitórias fáceis dos EUA sobre países quase indefesos estava acabada e o que isso significava para os planeadores das forças dos EUA. Este ano, é com imenso prazer que faço a resenha do seu último livro " The (real) Revolution in Military Affairs " ("A revolução (real) nos assuntos militares"). Deixem-me dizer de imediato que não é preciso ler o primeiro livro para aproveitar muito o segundo, mas ainda penso que a melhor combinação para obter um quadro completo seria ler ambos os livros na ordem em que foram publicados. Mas hoje vou rever apenas o segundo livro.

Primeiro, desmascarar as muitas ficções da ciência política nos EUA

Martyanov começa seu livro desmascarando a chamada "armadilha de Tucídides", a qual a revista Foreign Policy resumiu assim: " Quando uma grande potência ameaça deslocar outra, o resultado é quase sempre a guerra – mas não tem de ser assim" (com uma ênfase clara na primeira parte do subtítulo). Martyanov classifica correctamente este cliché (tipicamente de "geeks da ciência política") como muito perigoso e enganoso. Ele a seguir continua a desmascarar uma lista de clichés da ciência política dos EUA, incluindo o mais recente, o da chamada "guerra híbrida". Ele fala de "confusão desnecessária e pseudo-escolástica" e acrescenta que a actual "redoma dos think tank ocidentais" está "totalmente despreparada" para as realidades da guerra moderna. Como alguém que trabalhou (durante meus anos de faculdade) em vários think tanks dos EUA em Washington DC, só posso concordar. Também sei que a maioria dos think tanks escreverá qualquer coisa, não importa quão falsa, apenas para garantir mais financiamento (até tive um colega que trabalhou em think tanks "respeitáveis" que ria das asneiras que escreviam só para obterem mais financiamento).

Além disso, na maioria dos países da Europa Ocidental, o que os think tanks americanos escrevem é considerado como um evangelho, inclusive por pessoas em posições importantes nos serviços militares e de inteligência. Assim, quando o mais recente boato falso (canard) dos EUA sai cá para fora, digamos "guerra híbrida", todo a gente na Europa sente-se obrigada a utilizar tal expressão para parecer semi-educado em assuntos militares. O que eu também já vi por mim próprio, muitas vezes.

Portugal | Combater as desigualdades não é manter reformas e salários de miséria


Hoje trazemos aqui o Expresso Curto. Quente e bom, como as castanhas assadas que encontramos ainda pelas esquinas e ruas de Lisboa. Cristina Peres é a obreira de hoje deste Curto.

A jornalista, talvez em exclusivo a trabalhar para os interesses do tio Balsemão Bilderberg Impresa e etc., usa um termo em título que até nem é novidade, escreve que Trump “traiu a nação”, os EUA. Ora, ora, ele fez isso sempre. Trump e muitos outros. É só uma questão de dólares, mais nada. É só uma questão de tirarem vantagens de momento e de futuro. São esquemas que comportam muita “areia” para as nossas camionetas”. Políticos, salvo exceções, são mesmo assim – uns filhos da mãe que traem a pobre senhora que os deu à luz”, se necessário. Dizem os povinhos por todo o mundo e com razão. Confirma-se em muitos casos. Demasiados.

No Curto é referida a maratona do Orçamento no parlamento. Costa brilhou foscamente e só devemos esperar mais do mesmo, no lixanço ao mexilhão – que é a plebe que sustenta este país e os políticos profissionais e amadores que cobram custos, mordomias e o que não se sabe. Costa fez tudo para agradar, desagradando. Promessas e anúncios sublimares para manter a esperança à tona nos papalvos que somos nós… Mas não vai ter sorte nesses enganos. Vê-se isso ao ouvir Costa dizer que quer combater as desigualdades… Mas não. Não podemos acreditar nessas loas quando já foi de conhecimento público que as reformas vão ter uns aumentos miseráveis, como sempre, e desta feita mesmo muito miseráveis para os mais carenciados. Dez ou vinte euros de aumento nas reformas mais ridículas, mais baixas, seria quase nada, mas Costa, o governo, preconiza aumentar dois, três, quatro e cinco euros mensais aos velhos e velhas que tudo deram a este país, durante a ditadura e depois de Abril de 1974. Se isto é combater as desigualdades… Vamos ali e já voltamos. Voltamos para assistir ao espectáculo de hipocrisia que estes governantes nos apresentam. Conversas da treta. Outras injustiças sociais estão à vista, além das evidentes. Deixem o governo, dito socialista, avançar no tempo e logo veremos.

Na saúde é o que sabemos. Na educação. Nos transportes. Na falta de investimento. Na miséria escondida pelos envergonhados que vão sendo encafuados na prateleira da pobreza… Costa devia ter muita vergonha pela sua falta de coerência em exemplos evidentes. Mas não. Até porque o dinheiro que diz não haver para o premente vai para salvar bancos, banqueiros e correlegionários. Concretiza algumas medidas úteis, de facto, mas sustentar o neoliberalismo é evidência que não escapa aos olhos de quem quer ver a realidade.

Combater as desigualdades não é manter reformas de miséria, nem salários mínimos miseráveis. Mas Costa, o PS, o governo, insiste na injustiça social.

Agora por realidade: esta prosa já vai longa. Acabou, por hoje.

Bom dia e feliz natal – em pequenino na letra e na realidade dos pobretanas mais velhos (também alguns novos) que têm suportado uma subvida miserável, vergonhosa e compulsiva – uma pecha dos portugueses e de muitos outros povos em que a distribuição da riqueza é desigual, impregnada de injustiça

Adiante, na fuga para o Curto do Expresso.

MM | PG

Tratado de Lisboa: porreiro? Só para o grande capital


Um Tratado que, inicialmente designado por «Constituição Europeia», representou um salto em frente no aprofundamento do processo de integração europeia e nos seus pilares neoliberal, federal e militar.

Inês Pereira | AbrilAbril | opinião

No dia em que Portugal assinalava a restauração da sua independência, um dia feriado recuperado na última legislatura depois de ter sido riscado pelo Governo PSD/CDS, os quatro dirigentes das principais instituições da União Europeia (UE) – Banco Central Europeu, Conselho Europeu, Comissão Europeia e Parlamento Europeu – assinalaram os 10 anos da ratificação do Tratado de Lisboa.

Um Tratado que, inicialmente designado por «Constituição Europeia», percorreu um longo caminho para chegar a Lisboa, não isento de contradições e com passagens por Maastricht, Amesterdão e Nice, e representou um salto em frente no aprofundamento do processo de integração europeia e nos seus pilares neoliberal, federal e militar, num contexto de pico da crise económica de 2007/2008 e de contestação social.

Aquando da assinatura do Tratado de Nice (Fevereiro de 2001), uma das prioridades passava pela simplificação dos tratados, no sentido de os tornar mais claros e compreensíveis, sem alterar o seu significado. O Conselho Europeu de Laeken, na Bélgica (Dezembro de 2001), decidiu promover uma convenção para debater os principais problemas da construção europeia, nomeadamente os objectivos, as competências e o funcionamento institucional, decorrentes do futuro desenvolvimento da UE, cujos trabalhos decorreram entre Fevereiro de 2002 e Junho de 2003 e de que resultou a apresentação de um projecto de «Constituição», não sujeito a qualquer votação e sobre o qual os parlamentos nacionais não foram chamados a pronunciarem-se.

O projecto de «Constituição» serviu de base à realização de uma conferência intergovernamental (2003), composta pelos chefes de Estado e de Governo, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu, revelando que, quer pelo número de artigos (cerca de 400), quer pelo conteúdo, não se tratava apenas de uma mera simplificação dos tratados.

A delação premiada é uma boa ideia?


Pedro Tadeu | TSF | opinião

A delação premiada é uma forma nova, mais simpática, de falar dos antigos "bufos" das prisões do fascismo ou dos "arrependidos" do pós 25 de abril.

A delação premiada é praticada por pessoas que se envolveram em crimes e que, para se safarem com penas de prisão ou multas mais leves, aceitam confirmar ao Ministério Público e à Polícia as suspeitas que estas têm sobre outros criminosos.

Qualquer pessoa que vê séries de televisão norte-americanas tem uma noção do que é a delação premiada e dos seus efeitos.

Os Estados Unidos são o país com maior população prisional no mundo e uma grande parte das condenações é obtida por acordo entre acusação e defesa. Esses acordos são pressionados por provas muitas vezes obtidas por testemunhos abrangidos por um regime semelhante ao de delação premiada.

Nos anos 70 do século passado líderes da Máfia foram apanhados dessa maneira e muito do combate ao tráfico de droga passou e passa, ainda, por aí.

Parece uma coisa boa, pois há gente que fica presa e que de outra forma andaria livre, mas há também muita gente que fez exatamente os mesmos crimes dos que acabam condenados e que fica em liberdade e, até, com proteção policial. E a criminalidade relacionada com o tráfico de droga ou a corrupção nas instituições americanas não diminuiu, que se saiba, por essa prática tão banalizada.

Governo francês apresenta hoje plano para a reforma do sistema de pensões


O primeiro-ministro francês apresenta hoje ao país o plano de reforma das pensões, em que procura atender a algumas preocupações das principais classes profissionais afetadas e que estão em greve desde quinta-feira.

Terça-feira à tarde, na Assembleia Nacional, Edouard Philippe antecipou que não fará nenhum "anúncio mágico".

"Não é porque vou fazer um discurso que as manifestações vão acabar. Este discurso pode até suscitar novas questões. E é normal. Haverá perguntas e novos debates", disse o primeiro-ministro.

Enquanto o governante se exprimia no hemiciclo, uma nova manifestação contra a unificação do sistema de pensões atravessava as ruas de Paris marcando o sexto dia consecutivo de greve. Entre os principais setores afetados por esta greve ilimitada estão os transportes, mas também as escolas e outros serviços públicos.

Boris Johnson admite risco de falhar maioria absoluta nas eleições


O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu hoje o risco de não conseguir uma maioria absoluta nas eleições legislativas de quinta-feira e estas resultarem num parlamento dividido.

"Esta é uma eleição muito disputada. E precisamos de todos os votos. A única alternativa matematicamente [possível] a um governo Conservador com maioria absoluta é o risco real de outro parlamento dividido", afirmou, após um discurso numa fábrica em Uttoxeter, Staffordshire, centro de Inglaterra.

Johnson aludiu às eleições de 2017, quando a antecessora Theresa May tinha uma vantagem nas sondagens mas acabou por não conseguir uma maioria de deputados na Câmara dos Comuns, precisando do apoio do Partido Democrata Unionista (DUP) da Irlanda do Norte para formar governo.

Desde a dissolução do parlamento, a 06 de novembro, que as sondagens têm indicado consistentemente uma vantagem do Partido Conservador sobre o Trabalhista suficiente para garantir uma maioria absoluta.

"As sondagens podem estar erradas, e precisamos lutar por cada voto", referindo que um parlamento dividido poderá resultar num bloqueio ao 'Brexit' devido ao peso dos partidos pró-europeus na Câmara dos Comuns.

Mais lidas da semana