O primeiro-ministro francês
apresenta hoje ao país o plano de reforma das pensões, em que procura atender a
algumas preocupações das principais classes profissionais afetadas e que estão
em greve desde quinta-feira.
Terça-feira à tarde, na
Assembleia Nacional, Edouard Philippe antecipou que não fará nenhum
"anúncio mágico".
"Não é porque vou fazer um
discurso que as manifestações vão acabar. Este discurso pode até suscitar novas
questões. E é normal. Haverá perguntas e novos debates", disse o
primeiro-ministro.
Enquanto o governante se exprimia
no hemiciclo, uma nova manifestação contra a unificação do sistema de pensões
atravessava as ruas de Paris marcando o sexto dia consecutivo de greve. Entre
os principais setores afetados por esta greve ilimitada estão os
transportes, mas também as escolas e outros serviços públicos.
Se alguns sindicatos só aceitam
parar a mobilização caso o Governo abandone completamente a instituição de um
sistema universal através de pontos, há alguns tópicos que podem melhorar o
estado das negociações.
Edouard Philippe pode
retardar a entrada em vigor desta reforma, que está prevista para 2025, tentar
acomodar melhor os regimes especiais - de que usufruem muitos trabalhadores dos
transportes - e ainda compensar alguns funcionários públicos como professores e
enfermeiros que sairão prejudicados com as mudanças propostas.
Outro ponto de discórdia tem sido
a inexistência de simuladores confiáveis para que as diferentes classes
profissionais possam perceber quanto vão receber de pensão.
Estes instrumentos já foram
prometidos pelo Governo e deverão estar disponíveis após o discurso do
primeiro-ministro.
Entretanto, duas novas
manifestações já foram convocadas pelos sindicatos para os próximos dias 12 e
17 de dezembro, assim como a continuação da greve nos transportes,
nomeadamente nos transportes públicos nas principais cidades e nos comboios de
longo curso.
Notícias ao Minuto ! Lusa
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