Luciano Rocha | Jornal de Angola
| opinião
O imóvel, na Rua do 1º Congresso
do MPLA, conhecido pelo “prédio dos chineses”, independentemente dos motivos
que o levaram a ser recentemente arrestado por decisão da PGR, foi sempre
exemplo da impunidade em Luanda.
O princípio da ditadura do
“posso, quero e mando” esteve sempre bem patente naquele local. No edifício em
si, mas, também, praticamente, em toda a área pública adjacente, o que motivou,
aliás, vários reparos neste espaço de observação e crítica.
Desde águas provenientes do
interior do imóvel, inclusivamente com recurso a mangueiras, a escorrerem dias
a fio pela Rua do 1º Congresso do MPLA até à da Rainha Jinga, levando com elas
tudo o que encontrava pelo caminho, até à transformação do passeio em frente em
parque de estacionamento de viaturas de empregados dos serviços que
alberga, aumentando a confusão do tráfego automóvel e de peões numa das mais
movimentadas artérias da capital, tudo ali sempre foi um hino permanente à
impunidade, com coro afinado pela complacência conivente dos injustamente
apelidados “reguladores de trânsito”.
Agora, com o arresto do “prédio dos chineses”, entre outros - não foi o único e esperamos que não seja o último - pode ser que os mentores da impunidade e seguidores percebam que os dias do “posso, quero e mando” estão a acabar, encolham as garras, calem o bico.
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