Cidadãos na província moçambicana
de Nampula queixam-se com crescente frequência de agentes da polícia
alcoolizados quando exercem as suas funções e que ameaçam a população.
O cidadão Alfredo José disse à DW
África que o comportamento dos agentes é cada vez mais preocupante. Há casos,
afirma, em que agentes em estado de embriaguez ameaçam cidadãos indefesos.
"Estamos preocupados com agentes da polícia que frequentam bares uniformizados
e acabam por usar da autoridade que têm para intimidar a população", disse
este cidadão.
O cidadão Alfredo José disse à DW
África que o comportamento dos agentes é cada vez mais preocupante. Há casos,
afirma, em que agentes em estado de embriaguez ameaçam cidadãos indefesos.
"Estamos preocupados com agentes da polícia que frequentam bares uniformizados
e acabam por usar da autoridade que têm para intimidar a população", disse
este cidadão.
Nampula, segundo os cidadãos, é
uma das províncias onde esta situação se está tornar cada vez mais frequente.
Outra queixa da população
prende-se com a alegada colaboração entre os agentes da ordem e quadrilhas
criminosas. As autoridades reconhecem a existência do problema e prometem tomar
medidas contra agentes com "condutas desviantes".
Polícias cúmplices de criminosos
As denúncias acontecem numa
altura em que diversos bairros da cidade de Nampula, por exemplo, registam um
elevado número de casos de crime. Os cidadãos acusam alguns agentes de se
aliarem a redes criminosas e pedem para que as autoridades policiais coloquem
ordem na corporação, para garantir a tranquilidade públicana província mais
populosa de Moçambique.
Segundo Alfredo José,
"a polícia age em colaboração com os criminosos, porque não se
justifica [muitas vezes] as pessoas serem assaltadas debaixo do nariz da
polícia”.
Chefias prometem tomar
providências
José João da Costa é outro
cidadão que falou com a DW África. Diz que estes problemas surgem de más
práticas de recrutamento. "Por isso nós, as comunidades, sugerimos que se
regresse ao processo antigo, em que aqueles que concorriam para a polícia
passavam por u processo de auscultação pela comunidade onde vivem", disse.
O comandante provincial da
Polícia da República de Moçambique em Nampula, Moisés Guéve, reconhece a
existência de alguns dos problemas e assegura que vão ser tomadas medidas
contra o que chamou a "conduta desviante” de certos agentes.
Sitoi Lutxeque (Nampula) |
Detsche Welle
Imagem: Comandante da PRM em
Nampula, Moisés Gueve, reconhece os problemas
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