sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Moçambique | Consternação em Nampula com conduta da polícia


Cidadãos na província moçambicana de Nampula queixam-se com crescente frequência de agentes da polícia alcoolizados quando exercem as suas funções e que ameaçam a população.

O cidadão Alfredo José disse à DW África que o comportamento dos agentes é cada vez mais preocupante. Há casos, afirma, em que agentes em estado de embriaguez ameaçam cidadãos indefesos. "Estamos preocupados com agentes da polícia que frequentam bares uniformizados e acabam por usar da autoridade que têm para intimidar a população", disse este cidadão.

O cidadão Alfredo José disse à DW África que o comportamento dos agentes é cada vez mais preocupante. Há casos, afirma, em que agentes em estado de embriaguez ameaçam cidadãos indefesos. "Estamos preocupados com agentes da polícia que frequentam bares uniformizados e acabam por usar da autoridade que têm para intimidar a população", disse este cidadão.

Nampula, segundo os cidadãos, é uma das províncias onde esta situação se está tornar cada vez mais frequente.

Outra queixa da população prende-se com a alegada colaboração entre os agentes da ordem e quadrilhas criminosas. As autoridades reconhecem a existência do problema e prometem tomar medidas contra agentes com "condutas desviantes".


Polícias cúmplices de criminosos

As denúncias acontecem numa altura em que diversos bairros da cidade de Nampula, por exemplo, registam um elevado número de casos de crime. Os cidadãos acusam alguns agentes de se aliarem a redes criminosas e pedem para que as autoridades policiais coloquem ordem na corporação, para garantir a tranquilidade públicana província mais populosa de Moçambique.

Segundo Alfredo José, "a polícia age em colaboração com os criminosos, porque não se justifica [muitas vezes] as pessoas serem assaltadas debaixo do nariz da polícia”.

Chefias prometem tomar providências

José João da Costa é outro cidadão que falou com a DW África. Diz que estes problemas surgem de más práticas de recrutamento. "Por isso nós, as comunidades, sugerimos que se regresse ao processo antigo, em que aqueles que concorriam para a polícia passavam por u processo de auscultação pela comunidade onde vivem", disse.

O comandante provincial da Polícia da República de Moçambique em Nampula, Moisés Guéve, reconhece a existência de alguns dos problemas e assegura que vão ser tomadas medidas contra o que chamou a "conduta desviante” de certos agentes.

Sitoi Lutxeque (Nampula) | Detsche Welle

Imagem: Comandante da PRM em Nampula, Moisés Gueve, reconhece os problemas

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