Em aparição súbita, na tomada de
posse da comissão política de Ponte da Barca, Passos Coelho exortou à união da
direita (PSD e CDS-PP) para fazer as reformas
de que o país precisa, dada a inexistência no presente, em seu entender, «de
qualquer ação reformista importante», que previna «problemas maiores no futuro».
Para Passos, «quem está hoje no
Governo prima pela ausência de um quadro reformista», não se vislumbrando «nenhum
programa económico em que alguma reforma se esteja a fazer na dimensão da
produtividade e competitividade da economia».
Como é hábito, a alusão à palavra mágica não prossegue com a explicitação das políticas que a tal «ação reformista» traduziria. Terá Passos em mente o regresso à «austeridade expansionista» e ao «empobrecimento competitivo», com a retração dos serviços públicos, desregulação do mercado de trabalho, aposta nas privatizações e em cortes permanentes nos salários e pensões?
Como é hábito, a alusão à palavra mágica não prossegue com a explicitação das políticas que a tal «ação reformista» traduziria. Terá Passos em mente o regresso à «austeridade expansionista» e ao «empobrecimento competitivo», com a retração dos serviços públicos, desregulação do mercado de trabalho, aposta nas privatizações e em cortes permanentes nos salários e pensões?
Quererá Passos que a direita vá
de novo «além
da troika»? Não se sabe. O que se sabe é que Passos Coelho se escusou a
responder a quaisquer perguntas dos jornalistas, no final da sua declaração.
Nuno Serra | Ladrões de Bicicletas
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