Pelo menos 5.600 pessoas foram
detidas nos Estados Unidos desde o início dos protestos contra a morte do
afro-americano George Floyd às mãos da polícia, segundo a agência de notícias
Associated Press.
As detenções tiveram lugar
sobretudo em cidades em que as manifestações se tornaram mais violentas e num
momento em que a polícia e os governadores são instados pelo Presidente, Donald
Trump, a endurecer as ações para reprimir os protestos.
Em Minneapolis, onde Floyd
morreu, foram efetuadas 155 detenções, 800 em Nova Iorque e mais de
900 em Los Angeles.
A indignação foi sentida um pouco
por todo o país. De Nova Iorque a Los Angeles, de Filadélfia a
Seattle, centenas de milhares de norte-americanos têm-se manifestado contra a
brutalidade policial, o racismo e a desigualdade social.
As manifestações terminaram
muitas vezes em confrontos com a polícias, em pilhagens e tumultos, levando
várias cidades a mobilizar a Guarda Nacional e a impor o recolher obrigatório.
George Floyd foi assassinado às
mãos da polícia norte-americana, devido à pressão feita no seu pescoço, e o
afro-americano estava sob o efeito de drogas, concluiu o médico legista
responsável pela autópsia.
O afro-americano de 46 anos teve
uma "parada cardíaca e pulmonar" por causa da forma como foi
imobilizado pela polícia, indicou em comunicado, esta segunda-feira, o médico
legista do condado de Hennepin.
No relatório, listou "outros
parâmetros importantes: arteriosclerose e pressão alta; envenenamento por fentanil [um opiáceo];
uso recente de anfetaminas".
George Floyd, suspeito pela
polícia de falsificar uma nota falsificada de 20 dólares (18 euros), morreu
quando foi detido em Minneapolis, no norte dos Estados Unidos, há uma semana.
De acordo com imagens que já
percorreram o mundo, um agente manteve-o imobilizado no chão, ajoelhado sobre o
seu pescoço por quase nove minutos.
O polícia, Derek Chauvin,
44, foi demitido, detido e acusado de homicídio. Os três outros agentes
presentes no momento dos eventos também foram despedidos, mas não foram até ao
momento sujeitos a qualquer acusação.
Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Reuters / Eric Miller
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