domingo, 23 de agosto de 2020

Liga Árabe: relações de paz com Israel só quando a Palestina for livre

De 2011 - no quadro - para a atualidade a ocupação ainda é mais extensa, assim como a repressão sobre os palestinos
O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit, disse este sábado que só será possível estabelecer relações de paz com Israel quando os direitos dos palestinianos forem restaurados.

Abul Gheit declarou, num comunicado, que ainda é necessário o fim da ocupação israelita na Palestina e um Estado palestiniano independente com total soberania sobre os seus territórios ser estabelecido.

«Uma paz real e duradoura continua a ser uma opção estratégica para os países árabes (…), mas a etapa de relações de paz entre árabes e israelitas só chegará quando o povo palestiniano obtiver a sua liberdade e independência e quando houver a restauração dos seus direitos legítimos», afirmou Abul Gheit.

Abul Gheit defendeu também que o povo palestiniano deve ter «total soberania» sobre os territórios ocupados em 1967 e que Jerusalém Oriental seja sua capital.


O secretário-geral lembrou que «há uma rejeição árabe completa e unânime dos planos de anexação de Israel» e de qualquer medida unilateral que vise «mudar o estatuto das terras ocupadas por Israel».

A afirmação da Liga Árabe ocorre depois de, no dia 13, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a normalização das relações diplomáticas entre Israel e os Emirados Árabes Unidos como parte de um acordo pelo qual as autoridades israelitas deverão paralisar a anexação de parte do território palestiniano ocupado, apesar de a Palestina ter ficado à margem da decisão. 

Tal como denunciou o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), nada se diz no referido acordo que comprometa Israel com a viabilização da solução dos dois estados, como a retirada dos territórios ocupados em 1967 ou sequer o congelamento da expansão dos colonatos, sublinhando que as zonas que Israel pretende anexar são referidas como «as áreas delineadas na Visão do Presidente para a Paz». 

AbrilAbril com agência Lusa

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