terça-feira, 11 de agosto de 2020

Uma empresa de ladrões dirigida por Washington para roubar petróleo sírio


Ruaa al-Jazaeri

Roubar os recursos do povo sírio e saquear a sua riqueza sempre foi um objectivo importante dos Estados Unidos na Síria. Eles consumaram sua abordagem hostil pelo apoio ao terrorismo no país através de um acordo com a milícia Qasad (SDF) para rapinar o petróleo sírio num crime agravado e declarado que viola as regras do direito internacional.

A administração do presidente Donald Trump trabalhou durante anos no esquema para pilhar o petróleo sírio, o qual foi finalmente incorporado no acordo entre Washington e a milícia Qasad. Fontes informadas revelaram à CNN que o acordo concede a uma companhia petrolífera americana chamada Delta Crescent Energy, criada para implementar o esquema americano, amplos poderes para confiscar metade dos campos petrolíferos sírios e investir neles.

"Fomos autorizados a participar em todos os aspectos do desenvolvimento energético, transporte, comercialização, refinação e exploração, a fim de desenvolver e redesenvolver as infra-estruturas na região", disse James Cain, antigo embaixador dos EUA na Dinamarca durante a administração George W. Bush e um dos co-fundadores da Delta Crescent Energy.

A CNN observou que os outros dois parceiros de Cain na empresa são James Reese, um oficial reformado da Delta Force do Exército que dirigia a sua própria empresa de segurança privada, e John Dorrier, um veterano executivo petrolífero com anos de experiência de operações no Médio Oriente.

O trio constituiu a nova empresa para o objectivo único de assegurar este acordo na Síria e tem trabalhado intensamente com funcionários do Departamento de Estado durante mais de um ano, informaram fontes da CNN.


O acordo entre a milícia Qasad e a empresa americana pode ser descrito simplesmente como uma continuação das violações de Washington das regras do direito internacional. Tal como confirmou no sábado o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, o acordo de pilhagem do petróleo sírio é uma continuação das violações de Washington do direito internacional e da soberania da Síria sobre as suas terras.

O Ministério observou que os americanos não estão satisfeitos com a sua ocupação ilegal de regiões da Síria, mas também participam no roubo e pilhagem dos recursos naturais do país e no comércio ilícito dos mesmos, sabendo que estes recursos pertencem apenas ao povo sírio.

Embora o Departamento de Estado dos EUA e o Pentágono tenham oficialmente procurado distanciar-se do projecto, as fontes disseram à CNN que, nos bastidores, o Departamento de Estado estava activo para a concretização do acordo.

Na semana passada, o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo confirmou pela primeira vez o acordo ao responder a uma pergunta da senadora republicana Lindsey Graham durante uma audiência no Capitólio.

"O acordo demorou um pouco mais, senadora, do que esperávamos e estamos agora em implementação. Ele pode ser muito poderoso", disse Pompeo a Graham.

ACORDO ENTRE LADRÕES QUE ROUBAM E LADRÕES QUE COMPRAM

Anteriormente, uma fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Expatriados disse numa declaração à agência SANA que este acordo representa um acordo entre ladrões que estão a roubar e ladrões que estão a comprar. Afirmando que este acordo é nulo e sem qualquer base legal, advertiu que tais actos desprezíveis exprimem a abordagem adoptada por aquelas milícias clientes que aceitaram ser um fantoche barato nas mãos da ocupação estado-unidense.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iemenita, Hisham Sharaf, também condenou a continuação da adopção de uma abordagem agressiva por parte dos EUA contra a Síria através do apoio aos grupos fora-da-lei e do seu envolvimento no roubo do petróleo sírio, sublinhando que o acordo para roubar petróleo sírio é nulo e praticado apenas por ladrões da riqueza dos povos e dos seus inimigos.

10/Agosto/2020

O original encontra-se em sana.sy/en/?p=199559

Esta notícia encontra-se em http://resistir.info/

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