Expresso Curto de que temos andado arredios. Hoje não falhamos, há aniversários pelas fileiras do tio Balsemão. Ao lerem perceberão o que estamos a referir. Dito.
No Curto, depois do apagar das velas incrustadas no bolo, nos bolos (Martim Silva, autor, também faz 47 anos), vem à baila a Lixeira Branca e as trumpalhadas geradas pelo despenteado mental que dá por Donald, o monstro que nada tem que ver com o pato otário-simpático da Disney. As eleições presidenciais nos EUA são a vedeta de primeira linha do Expresso Curto depois dos aniversários. Vá nessa e saiba mais. Já agora: parabéns Expresso, parabéns Martim. E ainda: parabéms tardios ao tio Balsemão, octagenário supimpa, maioral da Impresa e arredores, que no passado dia 1 de Setembro comemorou os seus 83 anos de vida. Conte mais. Acreditamos que não está incluído nas listas covid-19 em que andam a “despachar” os idosos. Força.
Depois de tanto tarantantam será de bom-tom terminar por aqui este intróito PG. Da atualidade nacional – exptuando os aniversários acima referidos – pouco há para dizer, além de que este país está novamente a assemelhar-se a uma pestilenta sarjeta, onde António Costa anda a bater com a cabeça nas paredes por natural efeito de ter perdido o fio à meada que inicialmente pareceu dominar com alguma justiça e laivos de democracia, de transparência e de sabedoria. Enfim, isso já lá vai… E não vai voltar. Do S do PS ser apropriado a sarjeta em vez de socialista não é novidade, é cíclico.
Siga para o Curto. Bom fim-de-semana.
Defenda-se do covid-
MM | PG
Bom dia, este é o seu Expresso Curto
E se a Casa Branca se tornar uma barricada?
Martim Silva | Expresso
Bom dia,
Hoje é 25 de Setembro e este é o seu Expresso Curto desta manhã. Mas vou
começar não pelo dia 25, o de hoje, mas pelo 26, amanhã. E nem é por ser o dia
do meu aniversário, que é. É que, este sábado, o Expresso publica a sua
edição número 2500. Dois mil e quinhentos jornais semanais, uma longa caminhada
iniciada há 47 anos por Francisco Pinto Balsemão. A edição 2500 do jornal, este
sábado nas bancas (ou já esta noite, nas digitais), é uma edição especial para
si. Temos os três cadernos editados por três figuras que dispensam
apresentação: Leonor Beleza no Primeiro Caderno, Paula Amorim na
Economia e Joana Vasconcelos na Revista. Além disso, temos uma
revista especial comemorativa que conta com uma entrevista feita por Henrique
Monteiro ao fundador e primeiro director do jornal.
Voltemos ao passado. Ou melhor, ao presente. A este dia 25 de Setembro. Venha
daí comigo
Faz hoje uma semana que morreu, nos Estados Unidos, uma mulher notável, com um
percurso brilhante, nomeadamente na luta pela igualdade de género. Ruth Bader
Ginsburg era juíza do Supremo Tribunal Federal dos EUA há quase 30 anos. A sua
morte, que devia ser um momento de evocação, rapidamente descambou num triste
espectáculo político, com Donald Trump a querer fazer agora o que os Republicanos
rejeitaram há quatro anos (nomear um novo juiz do Supremo em ano de eleições
presidenciais). Assim, caso leve a sua avante, passa o equilíbrio
conservadores-liberais (definição simplista) de 5-4 para 6-3.
Dado não pequeno é que os juízes do Supremo podem ter brevemente um caso muito
bicudo para resolver, caso a contagem dos votos nas Presidenciais seja
muito imprevisível e polémica. E tem tudo para ser. Ontem, Trump recusou
afirmar que o processo de transição pós-eleições vai ser pacífico e sereno. E
Biden já veio admitir a intervenção das Forças Armadas para retirar Trump da
Casa Branca caso este recuse deixá-la pelo seu pé.
Reparem: comecei por falar da morte de uma mulher notável. E cheguei ao fim a falar de um processo político que quase parece transformar-se numa guerra civil (espero genuinamente que apenas em sentido figurado).
Acham que exagero? É só ler
este texto, escrito pelo Hélder Gomes.
Trump alega, embora não mostre provas, que os Democratas estão a preparar uma
fraude eleitoral relacionada com os votos
por correspondência, que por causa da pandemia vão este ano ser muitos mais
que em eleições anteriores.
“Teremos de ver o que acontece. Sabem que me tenho queixado veementemente dos
boletins de voto. E os boletins de voto são um desastre.”
Neste outro texto, na Atlantic,
não só se afirma que Trump não vai aceitar os resultados caso perca,
como se acrescenta que vai usar todos os meios para impedir essa mesma
transição. E que no limite podemos chegar a 20 de Janeiro com dois homens
a reclamar o direito de jurar sobre a Bíblia.
No entanto, algumas das principais figuras
republicanas já vieram desdizer Trump e garantir que o processo de
transição, entre Novembro e Janeiro, será pacífico e tranquilo.
Entretanto, é já para a semana que começam os debates presidenciais entre
Trump e Biden. A Atlantic escreve sobre como debater
com um bully.
(antes de mudar de assunto, e se gosta de política norte-americana, sugiro que
vá ao fim desta newsletter e leia O Que Ando a Ler – falo de Bob Woodward)
OUTRAS NOTÍCIAS
Cá dentro,
No Campus da Justiça, continuamos a acompanhar de perto tudo o que se passa no
julgamento de Rui
Pinto. Agora, escuta-se o testemunho do inspector José Amador.
O Expresso está em reportagem no Mediterrâneo, a bordo do Alan Kurdi, um
navio de resgate de migrantes. Vale
a pena ler esta reportagem.
O Governo prometeu mais camas para estudantes universitários, mas só um
décimo das prometidas estão disponíveis, conta o Público.
Marcelo quer “clarificar” se pode contar com um acordo político de longo prazo. E se não puder? O texto é da Ângela Silva.
CDS/Porto apoia Rui Moreira se autarca decidir recandidatar-se nas eleições de 2021
Como travar uma 2ª vaga de covid: o plano da DGS tem “ótimas notícias” mas não “é perfeito” - e por isso é feito um apelo aos portugueses
GNR fecha espaço noturno em Gaia com mais de 100 pessoas e pista de dança aberta
Porto lidera consórcio tecnológico de combate à covid-19. Norte e Lisboa são as áreas de intervenção
Traficante de seres humanos condenado no Reino Unido com a ajuda de um drone português
Lá fora
Espanha está
a viver uma situação terrível, com mais de 10.000 novos casos ultrapassa os
700.000 infetados
França regista
recorde de novos casos com 16 mil infetados em 24 horas
Um
estudo científico norte-americano analisou 5 mil códigos genéticos do
coronavírus e chegou à conclusão que este muda bastante mais do que se pensava
e está a ter uma maior capacidade de adaptação. A má notícia é que o vírus
está a tornar-se cada vez mais contagioso.
Pela primeira vez em 100 anos, o desfile do Carnaval
no Rio de Janeiro foi cancelado.
O El País esteve em reportagem na China, no laboratório de uma das empresas que estão na Fase 3 dos testes da nova vacina, a Sinovac.
Uma decisão rara: cardeal do Vaticano demite-se e perde todos os direitos
Países africanos pedem ajuda contra “apocalipse” da pandemia
Manuel
Vicente admite agir contra Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos
Santos
TRIBUNA
O Sporting,
com o estaleiro cheio de infectados covid, conseguiu passar a eliminatória da
Liga Europa ao vencer na última noite os escoceses do Aberdeen.
Ainda na Liga Europa, e de forma surpreendente, o Rio
Ave foi ganhar, nos penáltis, à Turquia.
Na última noite o Bayern
de Munique somou mais um troféu europeu, ao ganhar a Supertaça, no
prolongamento, aos espanhóis de Seviha.
Quem segue o sueco Zlatan
Ibrahimovic nas redes sociais, sabe que ele se compara muitas vezes a
Deus. Pois, mas é bem humano. E até está infectado com covid-19.
FRASES
"Por muito boa que a vista seja, os desafios dos residentes destes bairros
são tão colossais que, provavelmente, nem reparam nela", Susana
Peralta, no Público, sobre Inês de Medeiros
"O líder fanfarrão teve um fim de semana de humilhação", Pedro
Filipe Soares, sobre André Ventura
"Não se pede a um engenheiro um plano estratégico", Abel Mateus,
sobre o plano Costa Silva
O QUE ANDO A LER
É já para a semana que começam os debates presidenciais norte-americanos, entre Donald Trump e Joe Biden. Estamos a pouco mais de um mês das eleições para a Casa Branca. É uma frase batida, mas estas eleições são mesmo muito importantes, e não apenas para os que vivem do outro lado do Atlântico.
Leituras sobre a presidência de
Donald Trump têm ocupado o meu top de preferências nos últimos anos. Agora,
acaba de me chegar o indispensável “Rage”, de Bob Woodward (o do
Watergate), no que é a sua segunda obra sobre Trump na Casa Branca. Rigoroso,
denso, intenso, sério e profundo, o livro é mais uma peça do puzzle para se
perceber como Donald Trump atua no lugar mais poderoso do planeta. Resulta,
além do acesso a muitos documentos e entrevistas, de um conjunto de 17
entrevistas realizadas com o próprio inquilino da Casa Branca.
Fico por aqui. Tenha um excelente fim de semana
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