No dia em que governantes,
políticos, líderes internacionais, oposicionistas do MAS [Movimiento Al
Socialismo] e até mesmo o mercenário Luis Almagro/OEA felicitaram Luis
Arce pela eleição à presidência da Bolívia, o chefe bolsonarista do Itamaraty
cumpriu agenda de servidor e capacho dos EUA.
Toda tarde da agenda do lunático Ernesto Araújo nesta 2ª feira [19/10], 1º dia
após a eleição realizada no país vizinho, foi inteiramente dedicada à abordagem
de assuntos de interesse dos EUA na região.
Tratam-se, aliás, de interesses
estrangeiros que ofendem o princípio da integração hemisférica estabelecido no
artigo 4º da Constituição, que diz que “A República Federativa do Brasil
buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de
nações”.
O lunático do Itamaraty, um vassalo estadunidense, não encontrou tempo nem
mesmo para emitir uma breve nota de felicitação a Luis Arce. Mas, em
compensação, teve todo tempo do mundo para despachar assuntos agendados pelo
governo imperial do Norte – ao qual ele e sua “exótica” equipe servem com
devotada subserviência e capachismo.
Às 13:30h, por exemplo, o lunático do Itamaraty ocupou-se do “Evento à margem da Assembleia-Geral da OEA sobre as causas estruturais da crise na Venezuela”; ou seja, discutiu e coordenou ações para desestabilizar e interferir na realidade interna do país fronteiriço.
Em seguida, às 16h, o lunático reservou tempo para um “Telefonema com o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo”, seu homólogo e patrão imediato.
No horário das 18:15h a agenda do lunático do Itamaraty foi reservada para a “Assinatura do Protocolo ao Acordo de Comércio e Cooperação Econômica entre os Governos do Brasil e dos EUA Relacionado a Regras Comerciais e de Transparência” – seja lá o que isso significa, que tem cheiro de ser algo desfavorável ao Brasil.
E, finalmente, a agenda do lunático do Itamaraty das 18:30h foi reservada para “Reunião com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Robert O’Brien, e delegação” – órgão de espionagem e inteligência sediado na Casa Branca e vinculado diretamente ao presidente dos EUA.
Se o Congresso tivesse o mínimo de decência, convocaria o lunático do Itamaraty para prestar contas desta agenda oficial de trabalho colocada a serviço de uma potência estrangeira e paga com verbas dos impostos arrecadados junto ao povo brasileiro.
Mas não se pode ter ilusões. Afinal, é impossível esperar o “mínimo de decência” de uma instituição que protege um líder bolsonarista que tem o “genuíno” hábito de guardar dinheiro roubado nas nádegas...
Jeferson Miola | Carta Maior
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