segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

DUMA “VITÓRIA” COLONIAL-FASCISTA QUE NUNCA HOUVE... – I

 Martinho Júnior, Luanda

OPORTUNA REINTERPRETAÇÃO SUSCITADA POR ESTE 4 DE FEVEREIRO DE 2020

Para a formulação do pensamento dialético e estratégico de Agostinho Neto, houve uma questão sempre presente na visão do líder influindo nos factores da vanguarda: a afirmação consequente e constante do Não Alinhamento Activo do MPLA no âmbito da luta armada de libertação contra o colonialismo, o “apartheid” e muitas das suas sequelas, que obrigou a imensos sacrifícios, desde logo entre 10 de Agosto de 1962 (data em que o camarada Agostinho Neto assumiu a Presidência do MPLA) e o 25 de Abril de 1975.

Essa percepção tem ficado deliberadamente fora dos conceitos da NATO (e de quem a ela se conecta), ainda activos e presentes hoje, conceitos que são básicos na caracterização da Guerra Fria usados por muitos “analistas” contemporâneos de história, de sociologia, de antropologia cultural, de psicologia, de política, de caracterização militar, de caracterização dos múltiplos processos das inteligências…

A quem vale a persistência de reduzir aquela época à bifurcação da Guerra Fria, quando a liberdade ia muito para além dessa estreita bifurcação?

01- O pensamento dialético e estratégico do Presidente Agostinho Neto teve uma formulação progressiva, cada vez mais enriquecida de experiências (adaptando-se à valorização dos sucessivos momentos tácticos que se foram sucedendo), até por que obrigatoriamente havia que enfrentar plataformas distintas de conjunturas e cenários, dentro e fora do território angolano, quase todas (essas plataformas) em regime de clandestinidade, ou semiclandestinidade.

O MPLA nas motivações da luta armada de libertação nacional, foi nesse sentido uma relevante preciosidade, mesmo a nível da Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas, CONCP, o que contrastava desde logo e por isso, em relação aos processos etno-nacionalistas, que transversalmente sempre tiveram que ver com uma multiplicidade de fenómenos que era premente sempre interpretar, por causa de suas implicações com a vida e a sobrevivência!

Angola | Bem-vindos à normalização


Caetano Júnior | Jornal de Angola | opinião

O País que a maior parte de nós conhece nasceu de um parto difícil, desses em que os cuidados com a gestante dão-se meses antes do rompimento da bolsa amniótica, que anuncia o começo dos procedimentos para dar vazão ao novo ser.

De facto, Angola sobreviveu à colonização, resistiu a invasões estrangeiras e viveu, depois, um conflito interno que durou anos e liquidou, à partida, toda a boa vontade virada à criação das bases para o seu crescimento.

Portanto, a terra que hoje nos acolhe é, de alguma forma, produto de um somatório de males, que só não chegou à tragédia final devido à espécie de providência que foi a transição para a actual Nova República. Na anterior, um cenário de total desvario deu provimento a toda a sorte de incongruências: endeusou meros mortais, diabolizou inocentes, premiou saqueadores, recomendou a promiscuidade, tolerou abusos, incentivou a falta de transparência, enalteceu defeitos morais, aplaudiu aduladores, amordaçou contestatários, alimentou compadrios, enfim, abriu alas à passagem de uma espécie de "desfile dos horrores" que se preparava para desferir o derradeiro golpe, a estocada que faria o país soçobrar.

Não admira, pois, que Angola inteira esteja ainda a inventariar e reparar danos e a dar tratamento às feridas causadas pelos males legados dos anos anteriores às eleições de 2017. É um processo que demora, porque longo foi, igualmente, o período que durou a contra-produção. O País tem o tecido dilacerado por actos danosos que se alargaram a toda a extensão dos mais diferentes sectores, não deixando um que se possa gabar de ser excepção ao desgoverno que se assistiu.

O coronavirus e a provável mão oculta dos Estados Unidos

Plum Island Animal Disease Center, um dos laboratórios militares secretos de armas biológicas dos EUA
Arthur González [*]

Para quem conhece a história terrorífica da CIA, pejada de planos de acções encobertas para assassinar personalidades, espiar partidos políticos e seus dirigentes, executar golpes de Estado, desenvolver experimentos para manipular a mente de seres humanos e trabalhar com agentes biológicos a fim de transmitir vírus contra pessoas, animais e plantas, não é inverosímil supor que também pode estar por trás do perigoso Coronavirus, o Pneumonia de Wuhan, detectado na China.

É notória a guerra suja que os Estados Unidos executam contra a China, por considerá-la um perigo para a economia ianque. Daí o presidente Trump aplicar medidas inéditas para afogar a China e evitar que avance como a maior potência económica mundial.

Os ianques desesperados procuram modificar a correlação de forças em escala mundial. Por isso pressionaram o Reino Unido a sair da União Europeia para debilitá-la, além de converter a China no seu novo inimigo estratégico no cenário mundial.

Por isso não é de estranhar que possam estar por trás do surgimento do Coronavirus em Wuhan, obrigando os chineses a paralisar uma das suas regiões de maior desenvolvimento económico e uma população de mais de 11 milhões de habitantes, sendo a sua sétima cidade mais povoada e uma das nove cidades centrais da China com conexões para todo o território nacional.

Wuhan é qualificada como o centro político, económico, financeiro, comercial, cultural e educativo da China central, além de ser um centro principal de transportes, com dezenas de ferrovias, estradas e auto-estradas que cruzam essa cidade, conectando-a com outras importantes.

Essa localização permite a rápida disseminação da epidemia em todo o país, o que obriga a perguntar: será por acaso que o vírus tenha surgido ali? Ou por essas razões foi seleccionada para introduzi-lo entre os seus habitantes?

Afirma-se que o vírus é uma mutação, algo em que cientistas ianques trabalham historicamente nos seus laboratórios militares de guerra biológica.

O pânico criado a nível mundial obriga a não visitar a China, o que afecta sua indústria turística, os investimentos estrangeiros e os intercâmbios comerciais, perante a possibilidade de contágio.

Cuba tem sofrido múltiplos ataques biológicos desde há 60 anos. O primeiro contemplado é a conhecida Operação Mangosta, aprovada em 18 de Janeiro de 1962 pelo presidente J.F. Kennedy, que na sua tarefa número 21 diz textualmente:

"A CIA proporá um plano até 15 de Fevereiro para provocar o fracasso das colheitas de alimentos em Cuba..." As linhas seguintes não foram desclassificadas.

Aniquilar a Palestina, ridicularizar a ONU


José Goulão | AbrilAbril | opinião

Não são apenas a colonização e a segregação racial que o «acordo do século» agora «legaliza». O documento «legaliza» também a limpeza étnica em que assenta o Estado sionista desde a fundação, em 1948

«Visão de Paz» estampada por Donald Trump e Benjamin Netanyahu em 28 de Janeiro como «solução» para o problema israelo-palestiniano não trouxe surpresas. Há meses que os seus conteúdos vinham sendo conhecidos às fatias, sob a designação pomposa de «acordo do século», pelo que nenhum dos aspectos focados ao longo das 80 páginas do documento contraria o que era esperado. Mais grave do que o texto é o facto de estar a ser aplicado há muito tempo, perante a inércia da chamada «comunidade internacional», e representar um patamar elevadíssimo – quase irreversível na actual relação de forças mundial – da estratégia de factos consumados seguida metodicamente por Israel e os Estados Unidos.

Para o povo palestiniano, o mais desprotegido na cena internacional, a divulgação desta obra do sionismo catapultada institucionalmente pelas mentes fascistas radicadas em Washington é a continuação da visão dos infernos em que foi transformada a sua existência. O cenário em que decorre a guerra de aniquilação, porém, alterou-se qualitativamente devido às novas condições que a envolvem e não por causa do teor da pagela. A «visão» de Trump e Netanyahu implica a revogação dos Acordos de Oslo de 1993, dos quais os Estados Unidos se retiraram logo em 30 de Janeiro; e significa que a maior potência militar mundial, que tem com Israel uma «indestrutível» aliança, deixou de reconhecer o articulado de normas internacionais que regem a regularização do problema israelo-palestiniano.

Há ainda um terceiro aspecto das novas condições criadas, provavelmente o mais perverso de todos. O «acordo do século» é inegavelmente uma imposição que tem por detrás um poder militar desmedido; e os seus autores consideram – unilateralmente, é certo, mas manda quem tem força – a parte palestiniana como comprometida – ainda que submetida. Isto é, os palestinianos terão assim uma oportunidade «única» para se renderem à «paz» que lhes é imposta. Se não aceitarem, o problema será deles, sofrerão as consequências.

UE | Cinco mortos devido à passagem da tempestade Ciara que atinge Europa


Pelo menos cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas devido à passagem da tempestade Ciara, que atinge a Europa desde domingo com ventos e chuvas fortes e que causou perturbações em transportes aéreos, ferroviários e marítimos.

Na Polónia, duas mulheres, mãe e filha, morreram depois da tempestade arrancar o telhado de um edifício de aluguer de equipamentos de esqui, na estância turística da localidade de Bukowina Tatrzanska, e atingir as pessoas que estavam próximas de um teleférico, explicou a polícia.

Duas outras pessoas ficaram feridas neste incidente.

Na Suécia, um homem morreu afogado, depois do barco, em que ele e outra pessoa seguiam, ter virado no lago do sul de Fegen.

Segundo o jornal sueco Aftonbladet, a outra pessoa continua desaparecida.

Dois homens, um no norte da Eslovénia e outro no sul da Inglaterra, morreram depois dos seus carros terem sido atingidos por árvores.

Além das cinco vítimas mortais, a tempestade Ciara, que atinge desde domingo o noroeste da Europa, provocou vários feridos, pelo menos três deles em estado grave.

Alemanha | Favorita de Merkel sai ao fim de um ano sem conseguir unir a CDU


Em pouco mais de um ano como líder da CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer não conseguiu unir o maior partido da Alemanha nem levá-lo de volta às vitórias eleitorais de outrora, acabando por sucumbir a uma aliança regional com a extrema-direita.

A KK, como passou a ser conhecida, sucedeu a Angela Merkel na liderança da União Democrata-Cristã (CDU, conservadora), em dezembro de 2018, com a missão de unir o partido e vencer eleições, mas a escassa vantagem (25 votos) que obteve então sobre o adversário, o "anti-Merkel" Friedrich Merz, mostrou desde logo a enormidade dessa tarefa.

Se o conseguisse, era muito provável que AKK, 57 anos, sucedesse à carismática chanceler em 2021, para continuar o pesado legado político de Merkel, que foi líder da CDU 18 anos e é chanceler há 15.

Mas uma série de derrotas eleitorais nas europeias e regionais e persistentes críticas dentro do partido, dividido entre uma ala mais centrista e uma outra mais conservadora, foram-na afastando desse caminho.

A "gota de água" foi a tempestade da semana passada, em que a CDU do estado da Turíngia (leste) desafiou instruções explícitas da líder e rompeu o "cordão sanitário" contra a extrema-direita, aceitando colaborar com a Alternativa para a Alemanha (AfD).

A invulgar intervenção de Merkel, que, durante uma visita à África do Sul, afirmou ser "indesculpável" um partido democrático formar maioria com a extrema-direita para eleger um governador e que a situação tinha de ser revertida, acentuou a falta de autoridade de AKK no partido.

Parasitas fora dos poderes, já!


Bom dia. Boa semana. Hoje há Expresso Curto aqui no Página Global. Em estilo parasita extorquimos ao Expresso o dito Curto com a lavra de hoje assinada por Pedro Candeias. Desculpem lá este parasitismo, porém julgamos estar certos que é vantagem do Expresso trazer à baila o Curto que aborda resumos dos produtos que contém. Muito pela rama mas a dar-nos “cheirinhos” sobre a atualidade. De qualquer modo agradecemos fecharem os olhos a este estilo de parasitismo, além de que sabemos que nos que nos lêem existem os que gostam de dar uma vista de olhos aos Curtos e acompanharmos. Acreditamos que não prejudicamos em nada as divulgações realizadas. Não? Antes pelo contrário?

A vaca fria de hoje são os Óscares. A história da estatueta que simboliza o troféu é muito gira. Não conhecem? Vão ver. Porque estamos na hora do Curto, apesar de um pouco atrasados, deixamos só a sugestão.

O cinema. Ai o cinema! Chamam-lhe a sétima arte mas é muito mais que isso. Até o cinema português está a ser surpreendente, pula e avança. As novas gerações de realizadores estão a dar passos importantes no caminho que é longo para merecermos ser bons e aceites com mérito nessa tal maravilhosa sétima arte. Há fé de que vamos lá chegar. Já temos imenso cinema realizado por portugueses que disse adeus ao bolor do passado. E no passado o bolor foi imenso. Outros tempos, outros condicionalismos. E alguns outros parasitas.

Porque aqui, sobre cinema, não queremos assumir a prática de conversa da má-língua com os filhos e enteados de antigamente, preferimos avançar. Sobre o vencedor maior do Óscar, Parasita, o Curto deixa alguns esclarecimentos e visões por palavras.

Assim, pela nossa parte, consideramos por bem não avançar sobre os tais parasitas. Até porque em Portugal eles são demasiados, uns chicos-espertos de canudo e mais alguns que mesmo sem canudo acha natural parasitar. Claro que os de canudo, dá o que pensar, encostam-se sem rebuço aos partidos políticos de conveniência e as suas ascenções até parecem dispor de motores semelhantes aos que enviam para o espaço os astronautas. Isso leva a recordar uma “história”: Em tempos idos os taxistas falavam muito com os passageiros que transportavam… Um motorista de idade mediana, em conversa sobre empregos e falta deles para pós-formados universitários, desabafou com ares de vitória ao referir que o seu filho saiu da universidade com o canudo mas não conseguia encontrar emprego correspondente às suas habilitações… Disse-lhe o pai (motorista) que na rua em que moravam existiam duas delegações de partidos (uma rosa e outra laranja) instigando-o a que fosse a uma delas, à escolha, e se filiasse e fosse assíduo a frequentar a delegação partidária e a sede sempre que pudesse (ele mais nada tinha de importante para fazer nos dias de ócio que levava)… “Vais ver que arranjas emprego num instante”. E assim aconteceu. Esse rapaz dos dias de ócio ainda é   um importante responsável partidário...

Pois, os partidos políticos fazem mais milagres que a chamada Nossa Senhora de Fátima. Milagres que independentemente de uns serem parasitas e outros não a Senhora não destrinça porque ao que parece a cor de que não gosta é o vermelho. Também os toiros não, ao que parece. Por isso marram naquela cor sem se fartarem.

Chega (ai o Chega!) de palavras. Avancemos para o Curto do Expresso do tio Balsemão, que também parece não gostar nada do vermelho. Dá ideia que prefere o verde das notas de dólar e as multicolores das notas de euros. Essas tais que a plebe quase não as vê. Tadinhos.

Bom dia. Boa semana. Saúde, sorte e dinheiro para gastos. O mesmo será dizer: dinheiro para ser sugado mesmo que saibamos ler e escrever. É a vida, a luta pela sobrevivência. Coisa que é desnecessária aos parasitas… A não ser que uma enorme operação desparasitária os ponha fora dos poderes. Abençoada. Pois.

MM | PG

Portugal | Sob o manto diáfano do populismo


Nuno Serra*

«Nos últimos anos, várias pessoas na redacção do Notícias ao Minuto levantaram grandes dúvidas sobre a pertinência das notícias sobre André Ventura, uma figura que recebia um nível de atenção extraordinariamente superior ao papel que desempenhava na política portuguesa. (...) Mesmo antes de ser deputado, Ventura já contava com a insistente atenção de Patrícia Martins Carvalho, a jornalista que, segundo as contas da equipa da página Os truques da imprensa portuguesa, publicou mais de 100 notícias relacionadas com o líder do Chega. (...) O percurso de Patrícia Martins Carvalho é especialmente interessante devido ao facto de que ela alternou entre as funções exercidas no grupo do Correio da Manhã (que serviu de incubadora a André Ventura) e no Notícias ao Minuto. (...) Podemos até dar o benefício da dúvida e acreditar que isto é apenas uma mera coincidência, mas, dado o facto de que a jornalista passou directamente para os quadros do Chega, isso parece francamente ingénuo. Recordamos que André Ventura declara frequentemente que entrou para a política para combater a corrupção e os "tachos", alega que é "anti-sistema" e que enfrenta "os poderes instalados"»  - (Uma Página Numa Rede Social).

Em entrevista recente, Paulo Pena sublinhava os mecanismos associados à ascensão de notoriedade de figuras que, de outro modo, não se destacariam no espaço público. Para lá das situações de «infiltração» nas redações (que sugerem por vezes a conivência ou mesmo intencionalidade das respetivas direções), há todo o universo das redes sociais, onde pequenos grupos conseguem disseminar desinformação com grande eficácia, num negócio digital vantajoso e associado, em vários casos, a projetos políticos. Como refere Paulo Pena, «não é uma coincidência tenebrosa a forma como foram eleitos Donald Trump, Bolsonaro, Boris Johnson, Duterte ou o presidente da Índia», nem o crescimento, em simultâneo, de vários partidos de extrema-direita na Europa.

Se tudo isto é muito certo (e mais ainda a dificuldade de encontrar formas de lidar com estes processos de mediação), a verdade é que importa também não esquecer o mal-estar social que alimenta a adesão aos populismos e aos discursos do ódio. Ou seja, o papel das políticas e do quadro de orientações políticas que, desde logo à escala europeia, permitam esvaziar a insatisfação e a revolta, invertendo a trajetória de degradação generalizada das condições de vida, com perda de rendimentos do trabalho, agravamento das desigualdades e aumento da pobreza e do risco de pobreza.

Portugal | Governo propõe aumento de sete euros para salários até 690 euros


A proposta do Executivo foi transmitida, esta segunda-feira, pelo Governo aos sindicatos da Função Pública. As duas partes estão reunidas com os aumentos salariais em cima da mesa.

Governo propôs, esta segunda-feira, um aumento de sete euros para os trabalhadores da Função Pública que recebem até 690 euros de salário, avança a RTP3. Esta proposta fica acima dos 0,3% anteriormente propostos pelo Executivo de António Costa.

Este aumento, saliente-se, deverá ter efeitos retroativos a janeiro. 

As estruturas sindicais da Função Pública estão reunidas com o Governo, esta segunda-feira, com a expetativa de poderem negociar aumentos salariais superiores aos que já tinham sido propostos, apesar do Orçamento do Estado para este ano já estar fechado.

A anterior proposta do Governo para os salários da Administração Pública, sublinhe-se, aponta para uma acréscimo de 0,3% em 2020.

Portugal | Transparência, coragem e reforma. O discurso final de Rio


O presidente do PSD considerou hoje que Portugal tem de fazer reformas para devolver "transparência" ao sistema político, avançando com limite de mandatos dos deputados, e para reforçar a confiança na justiça e combater lógicas dos "tabloides".

ui Rio deixou várias ideias aos militantes e aos portugueses no encerramento do 38º Congresso Nacional do PSD, em Viana do Castelo. Durante 50 minutos, o líder abordou o estado dos principais pilares da democracia portuguesa.

Sistema político: "Impõe-se fazer uma reforma que devolva transparência"

De acordo com o presidente do PSD, o sistema político permanece sem alterações desde o período pós-revolucionário, apresentando sintomas de "enquistamento e de utilização perversa das normas em vigor".

"O desgaste e a descredibilização do sistema são, por isso, naturais em face do decorrer do tempo e da natureza humana. Impõe-se fazer uma reforma que devolva transparência, verdade e eficácia ao nosso sistema político", defendeu.

Neste ponto, Rui Rio falou da necessidade de se repensar a forma como são eleitos os deputados e o executivos autárquicos, a possibilidade de se introduzir limite de mandatos no parlamento "tal como já acontece com as autarquias locais, reduzir "moderadamente" o número de deputados, alterar a composição da comissão de ética na Assembleia da República "para evitar conflitos de interesses" e "revisitar" a lei dos partidos.

Portugal | Carlos César: Rui Rio tirou o discurso "do congelador"


O presidente do PS afirmou hoje que o líder do PSD, Rui Rio, fez um discurso de encerramento do congresso do seu partido caracterizado pelo "delírio" em alguns momentos, designadamente quando fala de um Governo com ideologia comunista.

Esta posição de Carlos César foi transmitida em reação ao discurso de Rui Rio no 38º Congresso Nacional do PSD, em Viana do Castelo.

Tendo ao seu lado o secretário-geral adjunto dos socialistas, José Luís Carneiro, e o presidente da Federação de Viana do Castelo do PS, Miguel Alves, Carlos César considerou que "este congresso do PSD é um pouco mais do mesmo".

"O líder do PSD acabou de fazer um discurso que retirou do congelador, dizendo tudo aquilo que podia ter dito em 2015. Acresce que, naquilo que foi inovador, atingiu em algumas fases o delírio. É absolutamente delirante dizer que temos em Portugal um Governo marcado pela ideologia comunista", apontou o ex-líder parlamentar do PS.

Carlos César afirmou depois que o discurso de Rui Rio foi também caracterizado por transmitir "inverdades sucessivas, designadamente ao dizer que este Governo partilha de uma situação em que o investimento e as exportações não crescem".

"Não, as exportações e o investimento estão a crescer", contrapôs o ex-presidente do Governo Regional dos Açores.

Portugal | PCP acusa Rio de branquear responsabilidades nos problemas do país


O PCP acusou hoje o presidente do PSD, Rui Rio, de branquear, no seu discurso de encerramento do Congresso em Viana do Castelo, todas as responsabilidades políticas que o partido tem tido nos problemas estruturais do país.

Representantes do PS, PCP, CDS-PP, PAN, Verdes, Chega e Iniciativa Liberal assistiram ao discurso de encerramento de Rui Rio em Viana do Castelo, entre os quais o novo líder centrista, Francisco Rodrigues dos Santos, e o presidente dos socialistas, Carlos César.

Em declarações aos jornalistas, Gonçalo Oliveira, membro da Comissão Política do PCP, acusou Rui Rio de branquear as responsabilidades políticas que o partido tem.

"Tenho que registar o facto óbvio que foi feito um grande esforço por parte de Rui Rio para, passando em revista um conjunto de problemas estruturais do nosso país, branquear todas as responsabilidades que a política do PSD tem tido nos problemas que identifica", afirmou.

O dirigente comunista, que comentava o discurso do líder social-democrata, considerou "notória" a ausência de propostas e afirmou que, no que é apresentado como "sendo estrutural para o país, há uma convergência com as opções mais negativas até do Governo do Partido Socialista, nomeadamente nas questões de estabilidade orçamental e da submissão aos interesses da União Europeia".

Cinco milhões fugiram de Wuhan antes de a cidade ser posta em quarentena


Os habitantes terão ido para províncias vizinhas levando consigo o vírus que já matou mais de 800 pessoas.

Cerca de cinco milhões de pessoas conseguiram fugir de Wuhan, na província chinesa de Hubei, antes de a cidade ser posta em quarentena por ser o epicentro do surto de coronavírus. Quem conseguiu fugir terá levado consigo o vírus que já matou mais de 800 pessoas para as províncias vizinhas.

Durante várias semanas depois dos primeiros relatos de um misterioso novo vírus em Wuhan, milhões de pessoas saíram da cidade em autocarros, comboios e mesmo aviões. As autoridades só acabaram por fechar as fronteiras a 23 de janeiro, mas nessa altura já era demasiado tarde.

"É definitivamente tarde demais", diz Jin Dong-Yan, um virologista molecular da escola de ciências biomédicas da Universidade de Hong Kong. "Para combater o surto temos de lidar com isto. Por um lado temos de os identificar, por outro precisamos de ter cuidado com o estigma e a descriminação", acrescentou citado pelo Daily Mail.

Alguns dias depois de a cidade ter sido posta em quarentena, o autarca da cidade falou com os jornalistas e deu conta dos números. Agora, uma análise feita aos padrões de viagens domésticas feitas naquela altura, com recurso a dados fornecidos pela gigante tecnológica chinesa Baidu, mostra que duas semanas antes do encerramento de Wuhan, cerca de 70% das viagens feitas eram originárias da província de Hubei.

Número de mortos pelo novo coronavírus sobe para 908 na China


Registaram-se este domingo mais 91 mortes nesta província, epicentro do vírus.

O número de mortos na China continental pelo novo coronavírus subiu, este domingo, para 908, mais 97 do que no domingo, informaram as autoridades.

As informações constam do mais recente relatório da Comissão de Saúde da Província de Hubei. Entre as 9h00 e as 00h00 registaram-se mais 91 mortes nesta província, epicentro do vírus. Já segundo os números divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China, são agora 40.171 as pessoas infetadas no país.

Um aumento de 97 mortes indica um recrudescimento de casos do novo vírus, 2019-nCoV, depois de ter havido uma quebra no dia anterior.

A mesma fonte precisou que até à meia noite local (16:00 de domingo em Portugal continental) contavam-se 6.484 casos graves e que 3.281 tiveram alta, depois de se curarem da doença, que começou no final de 2019 na cidade de Wuhan, na província central de Hubei.

Até agora a Comissão, disse, fez o seguimento médico a 399.487 pessoas que tiveram contacto próximo com os infetados, dos quais 187.518 continuam em observação.

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