quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Grécia vende bases militares aos Estados Unidos da América



O Parlamento grego ratificou o “Acordo de Cooperação para Defesa Mútua”, que concede aos Estados Unidos o uso de todas as bases militares gregas. Elas servirão às forças armadas USA não só para armazenar armamentos, reabastecer-se e treinar, mas também para operações de “resposta às emergências”, ou seja, para missões de ataque.

Particularmente importante, é a base aérea de Larissa, onde a Força Aérea dos EUA já instalou drones MQ-9 Reaper, e a de Stefanovikio, onde o Exército dos EUA já introduziu helicópteros Apache e Black Hawk.

O Acordo foi definido pelo Ministro da Defesa grego, Nikos Panagiotopoulos, “vantajoso para os nossos interesses nacionais, pois aumenta a importância da Grécia na planificação USA”. Importância que a Grécia tem já há algum tempo: basta recordar o golpe de Estado sangrento dos coronéis, organizado em 1967, no âmbito da operação Stay-Behind dirigida pela CIA, seguida em Itália pela temporada de massacres iniciada com a Piazza Fontana, em 1969.

Naquele mesmo ano, instalou-se na Grécia, em Souda Bay, na ilha de Creta, um Destacamento Naval USA proveniente da base de Sigonella, na Sicília, às ordens do Comando USA de Nápoles. Hoje, Souda Bay é uma das mais importantes bases aeronavais USA/NATO no Mediterrâneo, usada nas guerras no Médio Oriente e no Norte de África. Em Souda Bay, o Pentágono investirá outros 6 milhões de euros, que se juntarão aos 12 que investirá em Larissa, anuncia Panagiotopoulos, apresentando-o como um grande negócio para a Grécia.

O desenvelhecimento do mundo - Boaventura


Pessoas de todas as idades voltam a se insurgir. Buscam zonas libertadas de capitalismo, colonialismo e patriarcado. Sondam economias comunitárias, indígenas, feministas, cooperativas. E os poderes: irão finalmente envelhecer?

Boaventura de Sousa Santos* | Outras Palavras

Na vida pessoal, o envelhecimento depende menos da idade fisiológica do que da idade social. A idade social é inversamente proporcional à capacidade de pensar, sentir e viver o novo como futuro, como tarefa, como presente por experimentar. É-se tanto mais jovem quanto maior é a capacidade de viver a vida como se ela fosse uma experiência de constantes recomeços que apontassem não para repetições do passado, mas antes para futuros – mapas por explorar e caminhos por trilhar com disponibilidade para enfrentar riscos, assumir ignorâncias e responder a desafios novos. É o futuro como antecipação, como “ainda não”, como latência, como potência. Como sabemos que nunca vivemos senão no presente, o futuro é sempre o presente incompleto, o presente como tarefa, como acontecimento, pelo qual somos pessoalmente responsáveis. Ter futuro é ser dono do presente. Pelo contrário, é-se tanto mais velho quanto mais se vive convencido de que o mundo já decidiu por nós o que podemos esperar ou não esperar e que, consequentemente, o futuro está fechado para nós. Envelhecer é, pois, viver de repetição ou em repetição como se cada repetição fosse única e irrepetível. É passar os dias como se fossem os dias a passar com a indiferença do passeio diário.

São três os modos de viver de repetição: como se o passado fosse um eterno presente e tanto as rotinas como as instituições e as notícias o confirmassem dia-a-dia (envelhecimento por morte viva); como se o passado tivesse passado e tivesse deixado no seu rastro um vazio inabarcável que só o jogo de cartas, a televisão ou a conversa sobre doenças pode iludir (envelhecimento por vida morta); ou, finalmente, como se tanto o passado como o futuro estivessem igualmente distantes e inacessíveis, criando assim um pânico insuperável que só o gasto excessivo do corpo no álcool, nas drogas, na academia, na igreja ou na terapia pudesse iludir (envelhecimento por vida sem morte).

Nas sociedades de corpos industrializados e informatizados em que vivemos foram criados serviços públicos e privados para dar assistência às pessoas que têm mais dificuldades com a repetição da repetição. No fundo, trata-se de normalizar a decadência. Nestas sociedades o envelhecimento é sempre o resultado de um esgotamento crónico de energias gastas ou por gastar. Consiste em pôr convictamente o letreiro de lotação esgotada à porta do teatro da vida, mesmo que há muito se não represente nele uma peça, ou mesmo que nunca se tenha feito nele um primeiro ensaio. No caso das duas primeiras formas de envelhecimento, o objetivo é investir no passado como se não tivesse passado. Consiste cada vez mais na comercialização de serviços de co-envelhecimento. São, em geral, eficazes porque a invenção da repetição oculta astuciosamente a repetição da invenção. A ideia básica é que as experiências de envelhecimento, por mais insuportáveis, são sempre mais suportáveis quando partilhadas. No caso da terceira forma de envelhecimento, em vez da onipresença do passado, procura-se a oniausência do passado, um eterno presente que dispensa o futuro de ter de assombrar os vivos com as más notícias que ainda não são. São as técnicas de envelhecimento por rejuvenescimento. 

É uma versão modificada da metáfora do filme The Curious Case of Benjamin Button, baseado no conto de F. Scott Fitzgerald, no qual o protagonista nasce velho e vai rejuvenescendo à medida que o tempo passa até morrer bebê. Nas técnicas de envelhecimento por rejuvenescimento, o relógio da estação de trem da pequena cidade do sul dos EUA, em vez de andar para trás, pára, e com ele pára o tempo também.

Diálogo estagnado com os EUA: é 'difícil' cooperar com Washington, diz Lavrov


O processo de solução de problemas de relações bilaterais entre Moscovo e Washington está estagnado e é difícil cooperar com os colegas dos Estados Unidos, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Lavrov observou que houve pelo menos 12 reuniões bilaterais para lidar com questões problemáticas entre os dois países, mas sem nenhum sucesso real.

"Durante essas reuniões, tudo se resumia a um representante russo listando questões [e] ações inaceitáveis ​​da administração dos EUA para seu colega americano [...] O lado americano respondeu-nos que investigaria isso, mas a Rússia, veja você, teria que parar de se intrometer nos assuntos dos EUA porque tudo está interconectado. É a mesma velha história, do jeito que costumam dizer", disse Lavrov em entrevista ao jornal Rossiyskaya Gazeta.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia acrescentou que, apesar do novo embaixador dos EUA em Moscovo, John Sullivan, se comprometer a ajudar os dois países a avançar em determinadas questões, as perspectivas de normalização das relações não são claras.

"Conseguimos, de uma maneira ou de outra, restaurar o diálogo sobre combate ao terrorismo no ano passado. Nos últimos anos, os americanos transmitiram-nos informações que permitiam impedir ataques terroristas na Rússia. Também temos transmitido informações a eles desde a maratona de Boston [quando houve um ataque]", disse Lavrov.
O chanceler russo acrescentou, porém, que apesar de tais avanços, o diálogo e a cooperação com os pares nos EUA tem sido difícil.

"Quando, em outubro de 2019, Washington se ofereceu para continuar as consultas, concordamos em adotar uma declaração conjunta sobre antiterrorismo para minha visita, a fim de mostrar um sinal positivo [...] Mas quando cheguei, aconteceu que eles 'mais uma vez falharam em concordar com algo a tempo'. É difícil fazer um trabalho específico com nossos parceiros nos EUA agora", disse o chanceler russo na entrevista.

Em 30 de janeiro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que Washington estava tentando encontrar áreas de cooperação com Moscovo, citando seu trabalho antiterrorista com a Rússia.

Sputnik | Imagem: © Sputnik / Ministério das Relações Exteriores da Rússia

Rússia e Cuba pretendem estreitar relações na área de defesa e outras


Os empréstimos que a Rússia tem previsto conceder a Cuba para realização de projetos conjuntos poderiam ultrapassar um bilião de euros (cerca de 4,75 biliões de reais).

A revelação foi feita em uma entrevista à Sputnik pelo embaixador russo em Havana, Andrei Guskov, que adiantou que os créditos a conceder pela Rússia se destinariam a implementar parcerias entre os dois países em diversas áreas.

Parceria colossal no âmbito dos caminhos de ferro

A maior fatia, segundo o diplomata, destina-se à modernização das infraestruturas ferroviárias de Cuba.

"Uma parte significativa do financiamento [ferroviário], quase 900 milhões de euros (cerca de 4,3 bilhões de reais), seria assegurada através de créditos comerciais de bancos russos", continuou o embaixador, adiantando ainda que as negociações pré-contratuais se iniciaram no passado mês de janeiro.

O governo de Cuba e a companhia ferroviária da Rússia (RZD, na sigla em russo) assinaram em outubro de 2019 um contrato para a restauração e modernização das infraestruturas ferroviárias cubanas.

Este contrato, avaliado em 1,88 bilião de euros (cerca de 8,93 biliões de reais), é o "maior jamais assinado com Cuba na história da Rússia moderna", afirmou o embaixador russo.

"Este é um megaprojeto de infraestruturas que tem uma enorme importância não só económica, mas também social para Cuba", asseverou Guskov.

O diplomata garantiu que a Rússia continuará apoiando "por todos os meios" este projeto, que prevê a concepção, reparação e modernização de mais de 1.000 quilómetros da infraestrutura ferroviária da ilha com equipamentos e materiais russos.

NATO reforça missão de treino no Iraque após pedido dos Estados Unidos


Os ministros da Defesa da NATO formalizaram ontem um acordo de princípio para reforçar a sua missão de treino das forças de segurança iraquianas com as tropas envolvidas na coligação internacional contra o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI).

“A NATO reforça a luta contra o terrorismo internacional. Os ministros da Defesa aliados concordaram em princípio no reforço da missão de treino da NATO no Iraque, em estreita cooperação e coordenação com o Governo iraquiano”, indicou em conferência de imprensa secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, no final do primeiro dia da reunião ministerial.

Os ministros abordaram o pedido do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um maior envolvimento da NATO no Médio Oriente, e a decisão aprovada vai ao encontro das intenções de Washington.

Stoltenberg indicou que “em primeiro lugar” vão ser colocadas sob comando da NATO algumas atividades de formação no âmbito da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, sob mandato da ONU, que combate o EI.

“O nosso objetivo consiste em aumentar a capacidade das forças armadas iraquianas de forma a que já não necessitem do nosso apoio”, acrescentou o ex-primeiro-ministro social-democrata norueguês.

O PROTESTO DE 4 MILHÕES DE IRAQUIANOS


Pelo menos quatro milhões de iraquianos protestaram quarta-feira contra a presença de tropas estrangeiras no seu país (portuguesas inclusive).

A "livre" imprensa ocidental, como não podia silenciar o acontecimento como de costume, optou por minimizá-lo.

O jornal O Público, por exemplo, menciona apenas algumas dezenas de milhares . Assim vai a desinformação que eles nos administram.

DUMA “VITÓRIA” COLONIAL-FASCISTA QUE NUNCA HOUVE... - II


 Martinho Júnior, Luanda 

OPORTUNA REINTERPRETAÇÃO SUSCITADA POR ESTE 4 DE FEVEREIRO DE 2020

Há um abismo entre os conceitos de guerra e de luta, em particular quando essa luta é de libertação nacional, com toda a carga de dignidade e legitimidade que ela envolve, implicando-se com a vida e com a própria história!

Decerto que as abordagens sobre a guerra, sendo limitadas, estão muito longe de ter a percepção que no outro lado do “front”, é o homem total, com uma outra visão da vida, valorizando-a num colectivo, que se eleva aos limites das suas mais sagradas esperanças e aspirações.

O colonialismo português e o “apartheid”, por muito baixa intensidade que fosse a guerrilha, estavam condenados à derrota, pelo que a percepção da derrota apenas tardou aos que fizeram a guerra do lado errado da história!

São ainda hoje os conceitos da NATO que toldam essa percepção em benefício de equivocados expedientes de assimilação e por isso esse diálogo de surdos entre o norte e o sul situa-se no desnorte duma “civilização” que afinal não passa de máscara da própria barbárie!…

Angola | O fim de um sonho


Os portugueses já começaram a fugir de Angola e nenhum angolano voltará a investir em Portugal, dado o clima de suspeição que se criou

José António Saraiva | Sol | opinião

No tempo em que era diretor do Expresso, comecei a defender a ideia de que o futuro de Portugal passava em boa parte pelo aproveitamento da relação com o Atlântico e pelo intercâmbio com as nossas ex-colónias de África.

Na Europa, Portugal é um país irrelevante. A sua importância decorre de ter uma extensíssima área marítima e poder ser uma porta de entrada na Europa dos países africanos de língua portuguesa, designadamente Angola e Moçambique.

Depois de escrever vários artigos sobre o assunto, fiz dele o tema central do  discurso que pronunciei em Madrid, perante o Rei Juan Carlos, na cerimónia de receção do prémio Luca de Tena. Aí, disse que Portugal e Espanha não podiam deixar de aproveitar o património histórico riquíssimo que resultava das relações de séculos com povos situados noutros continentes – em África ou na América. O fio da história não se corta com uma tesoura. Saradas as feridas da descolonização, era tempo de aproveitar o facto de termos com outras nações uma língua comum, num caso o castelhano, noutro caso o português.

Luanda Leaks: "Se calhar, alguns de vocês são mais ricos do que Isabel dos Santos"


Economista Pedro Hipólito acha que o "império" de Isabel dos Santos é insustentável e prevê que empresária venda mais de suas participações em negócios após o congelamento de seus bens e contas em Angola e Portugal.

A avaliação que o consultor Pedro Hipólito fez sobre a fortuna de Isabel dos Santos após o escândalo "Luanda Leaks" tem sido um sucesso nas redes sociais. Em poucos dias, o vídeo "Luanda Leaks: O império de Isabel dos Santos é insustentável" teve dezenas de milhares de acessos e comentários no canal de Hipólito no YouTube.

Nesta entrevista à DW África, o diretor-geral da Five Thousand Miles - uma empresa de consultoria e desenvolvimento de negócios internacionais com escritórios em Lisboa, Lagos, Durban e São Paulo - explica como chegou à conclusão de que a fortuna de Isabel dos Santos corre sérios riscos após o arresto de bens da empresária em Angola e do congelamento das suas contas em Portugal.

DW África: Como se pode concluir que a fortuna de Isabel dos Santos está realmente ameaçada?

Pedro Hipólito (PH): O grupo de Isabel dos Santos tem dois lados. Tem um lado angolano e um lado internacional. Durante muito tempo, o lado angolano financiou o lado internacional, [por exemplo, através de] participações de empresas públicas angolanas nos investimentos internacionais onde a engenheira Isabel dos Santos também tinha património… A participação dela na GALP terá sido financiada por empresas angolanas, vimos a aquisição da [joalharia] De Grisogono também com participação da empresa de diamantes de Angola [a estatal Sodiam]. Os dividendos dos empréstimos das empresas dela e as empresas públicas angolanas apoiavam o grupo fora de Angola. Com a situação que está em curso, todas as operações em Angola foram arrestadas. Todas essas empresas (BFA, Unitel, Eurobic, e Zap) foram arrestadas pela Justiça angolana. Não podem libertar recursos para o resto do grupo internacional.

Todas as empresas públicas angolanas, nesse contexto de credibilidade fragilizada, vão ter resistência em continuar a investir em empresas participadas pela família dos Santos. De Angola não sai mais nada. Em cima de não sair mais nada, há um pedido de restituição de mil milhões de dólares [por parte da Justiça angolana]. Toda a parte internacional era uma parte alavancada com dívida. Nós vimos o caso da De Grisogono – [de aquisição] apoiada pela empresa estatal de diamantes - que já faliu. Vemos o caso de empresas muito boas, como a Efacec, que era apoiada com dívidas até de bancos internacionais… E esta dívida não desaparece. Portanto, quando a grande fonte de receita de um grupo económico de dimensão seca, há claims de justiça e de credibilidade em cima, e os investimentos internacionais são todos alavancados com dívida - serviço da dívida e juros a pagar - é uma questão de tempo até haver uma erosão generalizada nos ativos - pelo menos aqueles conhecidos e públicos.

Angola | "500 milhões": Eduardo dos Santos ignora perguntas do Tribunal


Tribunal Supremo não recebe resposta a perguntas formuladas pela defesa de um dos réus ao ex-Presidente sobre seu papel na transferência supostamente irregular de 500 milhões de dólares do Banco Nacional de Angola.

O ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos não respondeu às perguntas requeridas pelo Tribunal Supremo no âmbito do julgamento da suposta transferência irregular de 500 milhões de dólares [quase 460 milhões de euros] do Banco Nacional de Angola para uma conta em Londres. O filho do ex-Presidente, José Filomeno "Zenu" dos Santos, é arguido no processo. 

A solicitação para ouvir José Eduardo dos Santos sobre a tese de que teria orientado a referida operação foi feita no início do julgamento, a 9 de dezembro de 2019, pela defesa do arguido Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola.

Filipe está a ser julgado juntamente com "Zenu", antigo presidente do Fundo Soberano de Angola; Jorge Gaudens Sebastião, empresário angolano, e António Bule Manuel, diretor do Departamento de Gestão de Reservas do BNA. 

Em resposta dada esta quarta-feira (12.02) ao referido requerimento, o tribunal disse ter diligenciado no sentido de obter as respostas, conforme solicitação da defesa, mas sem obter qualquer resposta "nem sequer a manifestação de não prestar declarações", informou o juiz conselheiro principal do processo, João da Cruz Pitra.

Nesse sentido, "tendo em consideração o interesse da defesa e sem querer coartar esse direito, o tribunal considera que deve a mesma diligenciar no sentido de obter este meio de prova", informou Pitra em declaração publicada pela agência Lusa. O tribunal suspendeu a sessão, que será retomada na terça-feira da próxima semana.

O Jornal de Angola adianta que o Tribunal Supremo também desistiu de obter declarações do ex-Presidente José Eduardo dos Santos. Além disso, o juiz Pitra não considera haver fundamento para proceder as acareações solicitadas pela defesa de Filipe. 

Portugal | Já esqueceram a "eutanásia compulsiva" do Doutor Morte-Passos-Portas?


Eutanásia/Morte Assistida, um a um, porque são a mesma coisa. Pior é morrer sem se querer porque o setor da saúde está de rastos, nas lonas, kaput. Aconteceu mais uma vez (quantas as que nem se sabem?) morrer nas urgências do hospital após seis horas à espera que os médicos o vissem. Homem com pouco mais de 60 anos esperou, esperou e morreu sem que algum médico o visse. Foi no Hospital de Lamego, há dias. Podia ser noutro qualquer de Portugal. Afinal a eutanásia já vigora em Portugal e chama-se desprezo pelos cidadãos. O mal vai ser NADA para os que são responsáveis pelo cabaré da coxa em que o setor da saúde avança em Portugal.

Já agora, a propósito de responsáveis: Passos Coelho. Vem ele a sair da casca e aparece devagar, devagarinho e descarado. Passos, carrasco e coveiro de imensos portugueses. Ele e o Doutor Morte, Paulo Macedo, então ministro da saúde em tempos de esbulho do grupo de sacanagem Passos/Portas, também tempo de Troika, assistência aos ladrões da banca, crise, fome e porrada para milhões.

Vai daí sai Passos, agora, a opinar sobre a eutanásia (como também a múmia Cavaco Silva). Afinal essa foi a sentença dos tempos de governo Passos/Portas. Tempos de ir para o hospital à procura de cura e morríamos. Morremos por incompetência, por o derradeiro desprezo. Os cortes que já vinham dos tempos de José Sócrates multiplicaram-se sob a pena do tal Doutor Morte, às ordens de Passos-Gaspar. Um primeiro-ministro nefasto, com laivos de fascista e do consequente desprezo pelos portugueses. Morreram quantas centenas nesse período áureo da crise que nos impingiram para salvar os bancos e os banqueiros salafrários? Até já perdemos a conta às mortes de então. Não era a eutanásia por querer, eram as partilhas da morte recheadas de desprezo que distribuíam nos corredores dos hospitais. Os portugueses têm memória curta e esquecem facilmente as personalidades nefastas que chegam à política e se recheiam de impunidades. Mesmo que com as suas decisões causem mortes e miséria sem se fartarem.

Aqui tem, no PG, pronunciando-nos pela rama, o que se pensa sobre a eutanásia compulsiva por via de cortes imorais (sevandijas) nos cuidados de saúde, com toda a impunidade para os criminosos. Morte compulsiva, contra nossa vontade, por responsabilidade de quem depois se enche de prosápia e vem a terreiro papaguear e preparar o seu regresso à política ativa, a pendurar-se para cargos que só tramam as vidas do coletivo, dos milhões de cidadãos que se safaram, felizmente, da eutanásia compulsiva nos tempos de governança de Passos/Portas e de todo aquele bando de salafrários.

Eutanásia compulsiva ou assassinatos caídos na impunidade?

Bom dia, tem ao dispor o Expresso Curto que se segue. Boa lavra de Paula Santos. Enfim, recordar o passado revolta-nos as tripas sempre que fulanos que tiveram cargos governativos e foram verdadeiros carrascos dos portugueses têm o descaramento de surgir, procurando reimplantarem-se novamente para também novamente nos tramarem.

Gente sem vergonha, que nos causa náuseas, asco e receios justificados. Vamos ver se não. Se não regressam em cadeiras de cargos em que nos possam novamente tramar. Assim como torturar quotidianamente, como foi o caso de Passos/Portas e outros do mesmo estilo e práticas.

É criminoso, esquecer a "eutanásia compulsiva" gerida por Paulo Macedo (Doutor Morte), por Passos Coelho, por Paulo Portas, por Vítor Gaspar e outros compinchas para além da Troika.

Bom dia, siga para o Curto. Saúde e um valente Euromilhões.

MM | PG

Portugal | Eutanásia ativa, eutanásia passiva e suicídio assistido. Afinal, o que está em causa?


A crescente sofisticação dos tratamentos médicos, paradoxalmente, é um dos motivos que forçam a evolução dos valores sociais. E das leis

Se Portugal aprovar a legalização da eutanásia, fará aquilo que Espanha também se prepara para fazer, após um processo não muito diferente do português no essencial. Tal como em Portugal, em Espanha o debate opõe a Igreja Católica e outras confissões e grupos conservadores a uma coligação de forças de esquerda que parece refletir a opinião da maioria da população na matéria.

A lei espanhola deverá legalizar tanto a eutanásia como o suicídio assistido. A diferença entre as duas figuras está em quem faz o gesto decisivo para provocar a morte. No suicídio assistido, é o próprio doente (estes casos respeitam sempre a um doente em situação de intenso sofrimento), embora auxiliado por terceiros, que ingere o comprimido ou ativa outro mecanismo que lhe introduz uma substância letal no corpo. Já na eutanásia, é o médico ou outra pessoa que o faz. A distinção não é apenas teórica, podendo representar para o outro envolvido a diferença entre praticar um ato ilegal ou cometer um crime.

Em relação à eutanásia, convém notar a diferença entre dois tipos básicos: a eutanásia ativa, na qual é administrada uma substância com o propósito de causar a morte, e a passiva, onde são retirados determinados recursos que mantinham a pessoa viva. Esta última pode às vezes confinar com a recusa da chamada 'obstinação terapêutica', isto é, do prolongamento de tratamentos quando já não existe esperança para o doente e aqueles não têm o menor efeito benéfico.

Hoje em dia, aliás, um cidadão tem o poder de decidir antecipadamente que isso não lhe acontecerá. A Diretiva Antecipada de Vontade, geralmente conhecida como testamento vital, é a declaração através da qual o cidadão determina que tratamentos que não deseja receber se algum dia estiver na situação referida. No mesmo documento, pode designar um alguém - o seu Procurador de Cuidados de Saúde - que tomará essas decisões no caso de a pessoa estar incapacitada de o fazer. A declaração pode ser entregue num dos 85 balcões do Registo Nacional de Testamento Vital que existem em Portugal. Perto de 25 mil portugueses já o fizeram, a maioria dos quais mulheres.

Eutanásia | Não é matar, é morrer


Rafael Barbosa* | Jornal de Notícias | opinião

Uma criança de 9 anos com um tumor cerebral pede para morrer. Os pais aceitam. Os médicos permitem. Uma outra criança de 11 anos com fibrose cística pede também para morrer. Os pais acompanham. Os médicos dão parecer favorável. Não é ficção científica, é facto. Estas duas crianças já morreram. Em ambos os casos, a eutanásia foi autorizada e concluída.

Aconteceu na Bélgica, o país mais avançado do Mundo em matéria de morte assistida. Não há idade mínima, ao contrário da vizinha Holanda, que só aceita candidatos a partir dos 12 anos. É fácil olhar para estes exemplos e disparar chavões sobre a promoção de uma cultura da morte. O problema é que é tão fácil como inútil. Tão fácil e inútil como sugerir, como por cá se faz, em discursos cada vez menos polidos e mais demagógicos, que o objetivo dos defensores da eutanásia é despachar velhinhos que dão demasiada despesa ao Serviço Nacional de Saúde. Mais difícil e útil é colocarmo-nos do lugar do outro e percebermos que o sofrimento nos pode colocar perante decisões que julgamos inimagináveis. É provável que a maioria dos seres humanos não seja capaz de tomar semelhante decisão. Sobre si e ainda menos sobre um filho. Mas isso não é razão para impor proibições e castigos aos que reclamam o direito a um final de vida digno (incluindo menores de idade).

Os líderes do movimento "sim à vida" (designação maniqueísta que pressupõe que todos os outros defendem o "sim à morte") lançaram por estes dias uma campanha pelo referendo e até já têm uma pergunta: "Concorda que matar outra pessoa a seu pedido ou ajudá-la a suicidar-se deve continuar a ser punível pela lei penal em quaisquer circunstâncias?". Como é costume dizer-se, o diabo está nos detalhes. E o detalhe aqui é a forma como começa a pergunta, tão enviesada como o debate que supostamente pretende promover (recorde-se que não está em causa o direito a matar, mas o direito a morrer). Um debate, por outro lado, que o movimento só vai considerar suficiente no tempo, e razoável nas conclusões, se vingar a visão estreita do mundo que se ensina na catequese.

*Chefe de Redação

Portugal | Eutanásia: PS contra referendo e quer lei votada logo no dia 20


O PS é contra a realização de um referendo sobre a despenalização da eutanásia e quer levar o seu projeto a votos logo em 20 de fevereiro, disse hoje à Lusa fonte da direção da bancada.

Para os socialistas, segundo a mesma fonte, a Assembleia da República "tem a absoluta legitimidade" para decidir sobre os cinco projetos para a despenalização da morte assistida no dia do debate, na próxima semana.

E recusam o cenário de uma consulta popular, apoiada pela Igreja Católica, e que, no parlamento, tem o apoio do CDS e do deputado do Chega.

O assunto foi discutido, hoje de manhã, na Assembleia da República, em Lisboa, numa reunião que juntou membros da direção da bancada socialista e deputados que vão ter participação ativa no debate parlamentar, na próxima semana, onde os parlamentares do PS terão liberdade de voto.

Propaganda de ódio supremacista atinge níveis máximos nos EUA


Em 2019, os Estados Unidos atingiram o nível mais elevado de propaganda de ódio supremacista, que aumentou com a chegada do presidente Donald Trump ao poder, em 2016, de acordo com um relatório da Liga Contra a Difamação.

O relatório diz que a propaganda tem um enviesamento patriótico e atinge todos os Estados norte-americanos (com exceção do Hawai), mas sobressaem a Califórnia, Texas, Nova Iorque, Massachusetts, New Jersey, Ohio, Virgínia, Kentucky, Washington e Florida.

A propaganda é veiculada através de folhetos, autocolantes, 'banners', pósteres e mensagens nas redes sociais.

De acordo com o documento da Liga Contra a Difamação, os centros estudantis são alvos preferenciais deste género de propaganda, que, em 2019, registou 2.713 casos de distribuição de literatura supremacista, dentro e fora dos 'campus' universitários.

Por comparação com este número, em 2018, o número de registo de casos era de apenas 1.214, com uma estratégia semelhante à que tem sido verificada nos últimos anos.

"Os supremacistas brancos veem a distribuição de propaganda, incluindo boletins, folhetos e autocolantes, como uma maneira conveniente e praticamente anónima de promover as suas mensagens de ódio e de intolerância", explica Jonathan Greenblat, dirigente da Liga, num comunicado.

"Embora saibamos que extremistas e grupos de ódio são encorajados pelo ambiente atual, esse aumento na distribuição de folhetos e propaganda mostra como os fanáticos são capazes de espalhar a sua mensagem sem arriscar o anonimato", acrescentou Greenblat.

Coronavírus | Número de mortos na província de Hubei é agora de 1.310.


Covid-19: 242 mortos nas últimas 24 horas na província de Hubei

O número de mortos na província chinesa de Hubei, centro da epidemia do novo coronavírus, aumentou para 242 nas últimas 24 horas e mais do que duplicou relativamente ao dia anterior, foi hoje anunciado.

A Comissão Provincial de Saúde de Hubei (centro do país) indicou que o número de mortos na província é agora de 1.310.

O número de mortos registado nas últimas 24 horas em Hubei ultrapassa o anterior recorde de mortes ocorrido em 10 de fevereiro (103 mortes).

Nas últimas 24 horas, até à meia-noite de quarta-feira (hora local), as autoridades registaram mais 14.840 novos casos da infeção em Hubei, cuja capital é Wuhan.

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