sábado, 23 de maio de 2020

Uma unidade secreta em Londres para a «reconstrução» da Venezuela


O “site” de informação anglo-saxônico The Canary acaba de obter a desclassificação de documentos oficiais britânicos relacionados à Venezuela. Eles provam a existência, desde janeiro de 2019, de uma unidade secreta dentro de Whitehall (o Ministério Britânico de Relações Exteriores e da Commonwealth) responsável pela desestabilização, depois reconstrução, do país.

Nós havíamos anunciado, em Dezembro de 2018, que os Estados Unidos estavam preparando uma guerra de países Latino-americanos contra a Venezuela [1], depois, em Abril de 2020, tínhamos já revelado a existência de uma coordenação de antigas potências coloniais do continente (Espanha, França, Portugal, Holanda, Reino Unido) sob a presidência dos EUA para raptar o Presidente constitucional, Nicolas Maduro [2].

Os documentos consultados pelo The Canary atestam o investimento do Reino Unido nesse projeto. As pessoas que poderiam ser levadas ao Poder, incluindo Juan Guaidó, se comprometeram em favorecer os interesses econômicos da Coroa às custas de sua própria população.

Revealed: Secretive British unit planning for ‘reconstruction’ of Venezuela” («Revelado: Unidade Secreta Britânica planejando “reconstrução” da Venezuela» -ndT), John McEvoy, The Canary, May 13th, 2020.

Voltairenet.org | Tradução Alva

Notas:
[1] “Os Estados Unidos preparam uma guerra entre Latino-americanos”, Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 18 de Dezembro de 2018.
[2] «Trump adapta a estratégia energética dos EUA», Thierry Meyssan, Tradução Alva, Rede Voltaire, 17 de Abril de 2020.

Portugal | Dilemas do desconfinamento


Carvalho da Silva* | Jornal de Notícias | opinião

Retomar a produção de bens e serviços é essencial. Se assim não fizermos agravam-se realidades sociais e económicas já muito delicadas e poderemos vir a sentir problemas de abastecimento e até de inflação em alguns produtos de primeira necessidade.

Tal opção exige equilíbrios múltiplos nas medidas que enquadram essa retoma e o respeito pelo princípio de que a economia é, essencialmente, moral e política.

As decisões políticas têm de se sobrepor a interesses de outros poderes, respeitar os princípios éticos que suportam direitos fundamentais no trabalho e na sociedade, criar condições para que as pessoas vençam medos. Ter trabalho ou não, ser ou não protegido no seu exercício, ter meios de subsistência ou estar dependente da caridade alheia farão toda a diferença.

Ninguém ultrapassará medos sem proteção da pandemia, o que impõe muita atenção às condições de segurança e saúde nos transportes e no trabalho. As empresas têm de cumprir regras instituídas e, aos trabalhadores, deve ser assegurado o direito de se organizarem para não permitirem o seu desrespeito.

Nas últimas 24 horas morreram 13 pessoas devido à covid-19 em Portugal


Portugal passa os 1300 mortos por covid-19. Há nove mil curados por registar

Portugal ultrapassou, este sábado, os 1300 mortos por covid-19 e somou mais 271 casos positivos, nas últimas 24 horas.

Segundo o boletim diário da DGS, nas últimas 24 horas morreram 13 pessoas devido à covid-19 em Portugal, elevando o total de 1289 para 1302. Foram confirmados mais 271 casos, para os atuais 30471.

Há agora 550 pessoas internadas, menos 26 que as 576 registadas na sexta-feira, 84 das quais, menos quatro, nos cuidados intensivos.

Nas últimas 24 horas, 115 pessoas foram dadas como recuperadas, para um total atual de 7705. Um número que vai "aumentar brutalmente" amanhã, com a inclusão no boletim de 9652 pacientes que tiveram um teste positivo, podendo assim ser considerados curados, explicou a ministra da Saúde, Marta Temido.

Por regiões, Lisboa contabilizou 186 dos 271 novos casos, enquanto o Norte, que concentra mais de metade dos casos a nível global (16664 dos 30471 totais).

Segundo o boletim, das 13 vítimas mortais, sete foram registadas a norte do país e nove na região de Lisboa, o que daria um total de 16 e não de 13, como consta do boletim da DGS.

Na habitual conferência de imprensa no Ministério da Saúde, a titular da pasta, Marta Temido, explicou que foram entretanto retirados do total de óbitos três pessoas, duas vítimas de septicemia e uma de enfarte, pelo que os mortos na região de Lisboa são seis e não nove como decorre dos números hoje apresentados: 309 óbitos contra 300 registados na sexta-feira.

Nas restantes regiões do país não há registo de vítimas mortais, sendo que na Madeira, sem qualquer óbito, não há aumento do número de casos há duas semanas - desde 7 de maio que está nos 90. Nos Açores, há 135 positivos e 15 óbitos, números que não sofrem alteração desde o dia 12.

A região Norte é a que regista o maior número de mortos (732), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (309), do Centro (230), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24 horas de sexta-feira, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.

Jornal de Notícias

Portugal | FAZER DAS TRIPAS DIFAMAÇÃO


Claro que o apoio do Estado aos media, através da compra de publicidade institucional, criou polémica: os critérios, previstos em lei de Passos, não são nem claros nem justos para o efeito anunciado. Mas ver o Observador a acusar tudo e todos de vendidos porque lhe coube pouco é realmente impagável.

Fernanda Câncio* | Diário de Notícias | opinião

Há um mês, escrevi aqui sobre o anunciado apoio do Estado - reparem que escrevi Estado e não Governo - aos media, antecipando o que era óbvio a partir da leitura da lei de 2015 que regula a publicidade institucional, a qual estabelece tiragens, audiências e alcance de difusão como critérios: uma empresa como a Cofina iria levar uma parte de leão desse apoio.

Chamei a atenção para o facto de que quer o Presidente da República, através de um desmentido no seu site, quer o PS, através de uma queixa à Entidade Reguladora da Comunicação Social, terem nessa mesma semana acusado o Correio da Manhã e a CMTV, ambos da Cofina, de publicar uma falsidade que, decerto por mais um mero acaso de muitos iguais, alinhava totalmente com o discurso do líder do Chega: a asserção de que as medidas especiais para as prisões no âmbito da pandemia iriam "soltar" pedófilos e homicidas. E de como essa coincidência demonstrava que um apoio aos media nos termos anunciados não podia servir os efeitos que a ministra da Cultura propalara, os da "sustentabilidade do jornalismo", da "promoção de fontes de informação credível e validada", da "literacia mediática" e do "combate à desinformação", destinando-se aos projetos "nos quais podemos dar às pessoas a garantia de que podem confiar".

Sendo evidente para qualquer conhecedor das regras do jornalismo que os mencionados produtos da Cofina fazem gala de não as aplicar - lembremos, por exemplo, como aquando de uma ida a tribunal do pai e da madrasta de Valentina um funcionário da CMTV andou a perguntar a populares "não acha que este é um caso para justiça popular", permitindo, com deleite, que estes descrevessem as sevícias medievais que infligiriam ao progenitor se pudessem -, é-o também que nenhum Governo ou maioria parlamentar pode estabelecer critérios de qualidade e de "jornalismo" quando os reguladores, que têm essa incumbência, não o fazem. Pelo que no mesmo texto reconheci não haver forma de dar a volta à situação nem de fazer, para efeito deste apoio, a destrinça que a jornalista Leonete Botelho, presidente de um dos reguladores - a Comissão da Carteira de Jornalistas -, disse ser fundamental, e que cabe precisamente à instituição que preside e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social: distinguir órgãos realmente jornalísticos, que fazem jornalismo, dos outros.

A crise do populismo de direita na Alemanha


A AfD cai nas pesquisas devido a posições conflituosas sobre a pandemia e divide-se internamente por causa da expulsão de membro de ala radical. Apesar de abalada, a AfD deve seguir atraente como voz de protesto no leste do país.

Ben Knight (md)*

O partido populista de direita mais bem-sucedido da Alemanha no pós-guerra está abalado – dividido na estratégia para a pandemia do novo coronavírus e numa guerra interna – mas isso não significa que esteja morto.

A liderança da Alternativa para a Alemanha (AfD) lançou na semana passada uma granada de mão metafórica no partido ao expulsar Andreas Kalbitz, chefe do partido no estado oriental de Brandemburgo e membro proeminente da Der Flügel (a ala), facção extremista da agremiação, que representa entre 20% e 40% dos membros. Enquanto isso, o partido em Brandemburgo permaneceu leal a Kalbitz, votando na segunda-feira para mantê-lo na bancada da AfD na assembleia local. 

A reunião em que a expulsão foi decidida, na semana passada, teria sido tensa, com uma votação apertada. Até as figuras de maior peso do partido ficaram divididas: os líderes parlamentares da AfD no Bundestag (Parlamento alemão), Alice Weidel e Alexander Gauland, votaram por manter Kalbitz, enquanto Jörg Meuthen, um dos presidentes do partido, apenas conseguiu aprovar sua moção com margem estreita.

Europa deve encontrar o antídoto para a tomada de poder de Viktor Orbán


Por iniciativa dos nossos parceiros Cívico Europa, figuras políticas e culturais de todo o continente apelam às instituições e aos cidadãos da UE para que tomem medidas contra a última tomada de poder do Primeiro-Ministro húngaro, decretada a pretexto de combater a epidemia do coronavírus.


Nós, Europeus, precisamos de lutar contra dois vírus, de forma simultânea e igualmente veemente: o Covid-19, que ataca os nossos corpos e, ainda, outra infeção que fere os nossos ideais e democracias.

Em 30 de março de 2020, Viktor Orbán introduziu um estado de emergência indeterminado na Hungria. Suspendeu o Parlamento nacional por um período ilimitado, permitindo ao seu governo a chefia por decreto, por si só e sem controlo, minando, ainda mais, as funções judiciais e da comunicação social.

Tal concentração de poder é sem precedentes na União Europeia. Ela não serve a luta contra o Covid-19 ou as suas consequências económicas; ao invés, abre a porta a todo o tipo de abusos, com ativos tanto públicos como privados agora à mercê de um executivo amplamente isento de prestação de responsabilidade. Esta concentração do poder é o culminar da deriva húngara de 10 anos em direção ao autoritarismo, e é perigosa.

De facto, é com grande preocupação que observamos, ao longo da última década, o Primeiro-Ministro Viktor Orbán embarcar o seu país num percurso divergente ao da norma e dos valores europeus. Esta tomada de poder, em resposta ao Covid-19, é apenas um novo e alarmante capítulo num longo processo de recuo democrático.

NÃO É A ALTURA CERTA


David Chan | Plataforma | opinião

À medida que cada vez mais cientistas associam a origem do vírus que atualmente assola o mundo aos EUA, uma equipa de jornalistas do Estado de Virgínia afirma ter encontrado o paciente zero, uma militar norte-americana com um historial especial, com ligações fortes a um laboratório em Fort Detrik. Dois membros da família foram infetados. Um foi o primeiro caso confirmado na Holan da, que tinha viajado recentemente para a zona mais afetada de Itália, a Lombardia. A militar participou na Corrida de Ciclismo Feminina dos Jogos Militares de Wuhan no dia 20 de outubro e foi um dos 5 soldados a partir de Wuhan num avião particular enviado pelos EUA. Desconhece-se ainda a identidade e paradeiro.

Com a procura pela origem do vírus a tornar tudo cada vez mais claro, a China conseguirá libertar-se do preconceito que recebeu. Na Assembleia Mundial da Saúde esta semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou ser ainda demasiado cedo para confirmar a origem do vírus. A China está a prestar atenção à luta contra a pandemia no resto do mundo, com Xi Jinping a salientar na abertura da Assembleia Mundial da Saúde que é preciso ter como prioridade o povo e a vida, adotando medidas rígidas de combate contra a propagação global do vírus e prevenindo a transmissão global. O presidente anunciou ainda a aplicação de cinco medidas de promoção da cooperação global de combate contra a Covid-19, incluindo um fundo de ajuda internacional de dois mil milhões de dólares ao longo dos próximos dois anos e a criação de um centro de resposta humanitária global na China.

Mas se o Governo chinês acredita que ainda é cedo para definir a origem do vírus, quando será a altura certa para o fazer? Acredito que seja apenas depois de setembro, ou seja, depois do surto acalmar a nível global.

Leia de David Chan em Plataforma:

Hong Kong | Ativistas acusam Pequim de atacar semi-autonomia e apelam a protestos


Macau, China, 22 mai 2020 (Lusa) -- Ativistas pró-democracia de Hong Kong disseram hoje que a decisão da China de impor a lei de segurança nacional é um dos piores ataques à semi-autonomia do território e apelaram à realização de protestos nas ruas.

Esta lei de segurança, que visa proibir a "traição, secessão, sedição (e) subversão", é um dos destaques da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, o parlamento chinês, que está a decorrer.

O texto surge após repetidas advertências do poder comunista chinês contra a dissidência em Hong Kong, abalado no ano passado por sete meses de manifestações que culminaram na exigência de reformas democráticas e que foram quase sempre marcadas por confrontos com a polícia.

"É o fim de Hong Kong, o fim [do princípio] 'Um país, dois sistemas', não se enganem", afirmou aos jornalistas o deputado pró-democracia Dennis Kwok.

Hong Kong regressou à China em 1997 sob um acordo que garantia ao território 50 anos de autonomia e liberdades que são desconhecidas no resto do país, de acordo com o princípio "Um país, dois sistemas".

TR timorense pede clarificação antes de deliberar sobre inconstitucionalidade


Díli, 22 mai 2020 (Lusa) -- O presidente do Tribunal de Recurso timorense pediu hoje clarificação sobre o momento em que Arão Noé Amaral foi destituído como presidente do parlamento antes de apreciar um pedido de fiscalização de um artigo do regimento parlamentar.

No despacho assinado hoje e a que a Lusa teve acesso, Deolindo dos Santos solicita ao Parlamento Nacional timorense "que informe a hora exata em que, no dia 19 de maquio de 2020, se concluiu a votação da destituição" de Arão Noé Amaral do cargo.

O Tribunal precisa de saber essa informação para avaliar um pedido de Arão Noé Amaral para fiscalização da constitucionalidade dos artigos do regimento do parlamento que permitem a sua destituição.

Mau tempo provoca cheias em quatro municípios timorenses, incluindo em Díli


Díli, 22 mai 2020 (Lusa) -- Chuvas fortes causaram inundações em vários municípios de Timor-Leste, danificando pontes e estradas, alagando edifícios públicos e casas particulares, segundo um primeiro balanço da Proteção Civil, a que a Lusa teve acesso.

Fontes da Proteção Civil explicaram à Lusa que não há para já vítimas a registar e que as situações mais graves se vivem nos municípios de Viqueque, Manatuto, Lautém, Covalima e Manufahi, com problemas ainda na capital, Díli.

Equipas da Proteção Civil, apoiadas por bombeiros e autoridades locais, registaram já inúmeras ocorrências, estando a ser preparado um pacote de apoio de emergência, com bens alimentares e outros, para as populações afetadas, de acordo com as mesmas fontes.

Em Viqueque, na ponta leste, as inundações, agora já mais controladas, destruíram a Ponte Dilor, enquanto em Lautem -- onde choveu durante sete horas, as zonas mais afetadas foram as zonas de Lospalos, Hamamoko, Titilari, Bemoris e Motolori.

Três pessoas que viajavam em motorizada foram arrastadas pelas águas na zona, mas conseguiram salvar-se, com danos graves na ponte Apikuro, cortando a ligação entre Lospalos e Dili.

Hong Kong promete "cooperar totalmente" com Pequim na lei de segurança nacional


Pequim, 22 mai 2020 (Lusa) - A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, manifestou-se hoje pronta para "cooperar totalmente" com Pequim para fazer cumprir a lei de segurança nacional que o regime chinês pretende impor na região semiautónoma.

O órgão máximo legislativo da China, a Assembleia Popular Nacional, vai abordar, durante a sua sessão plenária, que arrancou hoje, a lei de segurança nacional de Hong Kong.

O projeto de lei visa proibir a "traição, secessão, rebelião [e] subversão" em Hong Kong, numa resposta aos protestos pró-democracia que desde o ano passado abalam a antiga colónia britânica.

Em comunicado, Carrie Lam garantiu que o projeto "não afetaria os direitos e liberdades legítimos usufruídos pelo povo de Hong Kong" e justificou a intervenção do parlamento chinês nos assuntos constitucionais do território pela violência que ocorreu durante as manifestações no ano passado.

"O surgimento de vários incidentes envolvendo explosivos e armas de fogo representa o risco de ocorrência de ataques terroristas", disse.

Sete anos de agressões paramilitares contra a Venezuela


A lista de todos os planos desmantelados

Thierry Deronne [*]

Após a morte do presidente Hugo Chávez e a eleição em 2013 de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, num cenário de queda global do preço do petróleo, os Estados Unidos acreditaram que tinha chegado o momento de aniquilar a revolução bolivariana e acabar com a sua influência na América Latina. Começou uma era sem precedentes de desestabilização violenta, cujo objetivo ainda é mudar o regime através do assassinato do governo eleito e de seus apoiantes, num cenário de terror ao estilo colombiano. Lembremos como as insurreições da extrema direita foram transformadas pelos media internacionais em "revoltas populares" e a reacção das forças de segurança em "repressão pela ditadura". As agências de notícias e fotos, que se tornaram atualmente na única fonte para a maior parte dos jornalistas, foram mesmo ao ponto de transformar terroristas em "heróis da luta pela democracia", ignorando a maioria social, popular e pacifica que rejeitava a violência e desejava a realização de eleições. [1]. Muitas correntes e ativistas de esquerda caíram na armadilha desta propaganda. Foi o momento em que o slogan "nem Trump nem Maduro" apareceu.

Escondendo as causas, substituindo-as pelos efeitos, procuram desacreditar uma experiência de esquerda participativa e soberana, com um recorde de eleições e procedimentos comunais. Os principais meios de comunicação ocidentais culpam o governo bolivariano do essencial da responsabilidade pela guerra económica decretada por Barack Obama e reforçada por Donald Trump . A cumplicidade dos media consiste em escamotear as consequências das mais de 300 "sanções" dos EUA – medidas de coação unilaterais, violando o direito internacional – como ameaças a bancos de todo o mundo para que congelem 30 mil milhões de dólares, que o país não pode utilizar para comprar alimentos ou material médico. Mas também ocultam, questionam ou desvalorizam os inúmeros ataques – sabotagem de infraestruturas, ataques terroristas e incursões armadas – financiados na ordem de centenas de milhões de dólares pelos Estados Unidos e realizados a partir do território de seu principal fornecedor de droga a Colômbia paramilitar.

Eis, por ordem cronológica os numerosos episódios desta guerra de baixa intensidade que visa derrubar um governo de esquerda legitimamente eleito (Jimmy Carter, o Conselho dos Juristas Latino-americanosRodriguez ZapateroLulaRafael Correa, entre tantos outros observadores internacionais e mediadores entre governo e oposição democrática, insistiram na transparência, na legitimidade e no número recorde de eleições).

Primeiro caso de COVID-19 nos EUA pode ter acontecido em Dezembro de 2019


Os anticorpos contra o coronavírus foram encontrados numa enfermeira aposentada no estado de Washington que sofria de sintomas semelhantes aos do COVID-19 em dezembro de 2019.

No domingo (17.05), a mídia local nos Estados Unidos afirmou que o primeiro caso de coronavírus (COVID-19) nos EUA pode ter ocorrido no estado de Washington em dezembro de 2019 e não em fevereiro, como se pensava até agora.

Segundo informações do jornal local Seattle Times, uma enfermeira aposentada que morava no distrito de Snohomish, perto da região de Kirkland, em Seattle, onde os primeiros casos de COVID-19 foram detectados nos EUA, adoeceu no final Dezembro do ano passado e relatou ter sintomas como tosse seca, dores no corpo e falta de ar.

Somente em abril a enfermeira foi testada para COVID-19, na qual foi constatado que ela sofria de coronavírus e se recuperara por apresentar anticorpos contra a doença.

Covid-19: EUA com 1.225 mortos nas últimas 24 horas


Os Estados Unidos registaram 1.225 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos para 95.886, segundo um balanço independente da Universidade Johns Hopkins.

De acordo com os números contabilizados até às 20:00 de sexta-feira (01:00 de sábado em Lisboa), o país registou também mais 25.417 nas últimas 24 horas, atingindo os 1.600.481 casos confirmados desde o início da pandemia.

Os Estados Unidos são de longe o país com mais vítimas mortais em todo o mundo e mais casos de infeções confirmadas.

O estado de Nova Iorque continua a ser o principal foco da pandemia naquele país, com 358.154 casos confirmados e 28.853 mortos, números semelhantes a países como França e Espanha.

Só na cidade de Nova Iorque morreram 21.086 pessoas.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 335 mil mortos e infetou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,9 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.289 pessoas das 30.200 confirmadas como infetadas, e há 7.590 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Notícias ao Minuto | | Lusa

Leia em Notícias ao Minuto: 

"A América do Sul tornou-se no novo epicentro" da pandemia, diz OMS


A Organização Mundial de Saúde (OMS) chamou a atenção, esta sexta-feira, para o rápido crescimento de casos no Brasil, tendo também chamado a atenção para o uso generalizado de hidroxicloroquina.

"De certa forma, a América do Sul tornou-se no novo epicentro da doença", disse esta sexta-feira Michael Ryan, diretor-executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Emergências Sanitárias, sublinhando que "o [país] mais afetado, neste momento, é claramente o Brasil".

O responsável explicou, na conferência da imprensa daquela organização da ONU, que a Covid-19 está a ganhar terreno no continente sul-americano nas últimas semanas, com especial enfoque nos últimos dias, em que se tem assistido a uma subida galopante do número de casos diários.

Em causa está não só o Brasil (que é o caso mais grave), mas também o Equador, o Chile e o Peru.

Brasil | O Estado Bolsonarista: um pesadelo à espreita?


Autoritário e politicamente inepto, presidente tensiona democracia. Que poderia acontecer, caso tivesse força para realizar seus desejos podres? Quais seriam os braços do regime miliciano e evangélico? Um exercício de imaginação realista

André Oda | Outras Palavras

Não é segredo p'ra ninguém que, desde o início do mandato, Bolsonaro busca promover um golpe dentro do golpe, um autogolpe “contra o sistema”: um “sistema” que, para seus seguidores, parece como se fosse algo estranho a Bolsonaro e sua claque. Em 15 de março de 2020, Bolsonaro estava em plena carga contra os outros Poderes (legislativo e judiciário, representado pelo STF) quando os alarmes contra a pandemia soaram no país e esvaziaram o campo de batalha.

Nas últimas semanas, experimentamos os efeitos da espiral de subjetividades bolsonaristas, cultivada e movimentada em suas bolhas de informações falsas (as chamadas “fake news”), na agressão ao pessoal do campo da saúde que está na linha de frente do combate à pandemia, na sabotagem deliberada a hospitais de atendimento, com carreatas e armas empunhadas, no elogio da morte, nessa paixão de abolição (como falavam Deleuze & Guatarri sobre os microfascismos), que os faz desejar essa morte que passa por eles e pelos outros.

Covid-19: Brasil tem mil novas mortes e total chega a 21.048


País regista 330.890 casos; 135.430 pessoas estão recuperadas

O Brasil registou 1.001 novas mortes, chegando ao total de 21.048. O resultado representou um aumento de 4,9% em relação a ontem(21), quando foram contabilizados 20.047 mil falecimentos por covid-19. Os números foram divulgados no balanço do Ministério da Saúde divulgado hoje (22).

O Brasil registou 1.001 novas mortes, chegando ao total de 21.048. O resultado representou um aumento de 4,9% em relação a ontem(21), quando foram contabilizados 20.047 mil falecimentos por covid-19. Os números foram divulgados no balanço do Ministério da Saúde divulgado hoje (22).

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (5.773). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (3.657), Ceará (2.251), Pernambuco (2.057) e Pará (1.937).

Além disso, foram registadas mortes no Amazonas (1.669), Maranhão (693), Bahia (399), Espírito Santo (397), Alagoas (280), Paraíba (248), Minas Gerais (201), Rio Grande do Norte (181), Rio Grande do Sul (172), Amapá (157), Paraná (146), Rondônia (106), Santa Catarina (100), Piauí (93), Goiás (93), Distrito Federal (90), Roraima (83), Sergipe (82), Acre (80), Tocantins (49), Mato Grosso (37) e Mato Grosso do Sul (17).

Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (76.871), Ceará (34.573), Rio de Janeiro (33.589), Amazonas (27.038) e Pernambuco (25.760). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (21.469), Maranhão (17.212), Bahia (12.557), Espírito Santo (9.520) e Paraíba (6.882).

Comparação internacional

Na comparação absoluta, de acordo com o mapa da universidade dos Estados Unidos Johns Hopkins, o Brasil passou a Rússia (326.448) e agora ocupa a segunda posição no número de casos confirmados, atrás apenas dos Estados Unidos (1,596 milhão). Já em número de mortes o país segue na sexta colocação, atrás de França (28.218), Espanha (28.628), Itália (32.616), Reino Unido (36.475) e Estados Unidos (95.847).

Como o Brasil possui uma população maior que parte destes países, na avaliação de indicadores proporcionais, a posição no ranking desce. De acordo com o Ministério da Saúde, até ontem o país era o 55º em incidência de caso (número de caso em relação à população) e o 28º em mortalidade (quantidade de falecimentos em relação à população).

Agência Brasl | Edição: Liliane Farias

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