segunda-feira, 13 de julho de 2020

"Ninguém está imune a ser baleado" em Moçambique


Ataque a Agostinho Vuma

Aumenta coro de vozes de condenação após ataque ao Presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Agostinho Vuma. Vice-Presidente da Comunicação da CTA associa frequência de casos ao clima de impunidade.

O Presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Agostinho Vuma, continua internado no Instituto do Coração, em Maputo, inspirando cuidados médicos.

O Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, disse a jornalistas após visitar Agostinho Vuma, no início da tarde desta segunda feira (13.07), que o também deputado da FRELIMO, partido no poder, está a responder bem à medicação, saiu de uma situação crítica e o seu estado de saúde é estável.

O timoneiro da confederação patronal de Moçambique foi baleado no sábado, por homens desconhecidos, à saída do seu escritório no centro da capital moçambicana.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) informou esta segunda feira que está a trabalhar para o rápido esclarecimento do caso. "O SERNIC esteve no local, tirou todos os vestígios possíveis e, com isso, está a trabalhar para localizar os indivíduos praticantes desta ação criminosa", garantiu Hilário Lole, porta-voz do SERNIC, que diz não poder adiantar outras informações, prometendo fazê-lo em momento oportuno, no final dos trabalhos de investigação.

Antes, o porta-voz da polícia na cidade de Maputo, Leonel Muchina, tinha já avançado alguns detalhes: "Existem dois  estabelecimentos onde se podem localizar duas câmaras de videovigilância, mas também temos testemunhos que foram colhidos e estes testemunhos são fundamentais para o esclarecimento deste caso". "Sobre ameaças", diz ainda Leonel Muchina, a polícia não tem "relatos oficiais".

FLEC-FAC pede mediação internacional em Cabinda


Em entrevista à DW África, Afonso Zau, general da FLEC-FAC, frisa que "há guerra" em Cabinda por causa do MPLA, partido no poder em Angola, e pede ajuda à comunidade internacional.

As forças armadas da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) voltaram esta segunda-feira (13.07) a emitir uma nota de imprensa, apelando ao Governo de Angola para que aceite um diálogo sobre a independência daquele enclave que, na sua opinião, legalmente, não faz parte do território angolano.

Já na semana passada, as FAC (forças armadas de Cabinda), o "braço armado" da FLEC, anunciaram a morte de cinco pessoas, entre as quais dois soldados das Forças Armadas Angolanas (FAA) e três civis, bem como três feridos do seu lado.

Recorde-se que a FLEC, através das FAC, luta pela independência do território, alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano. Criada em 1963, a organização independentista dividiu-se e multiplicou-se em diferentes fações, efémeras, com a FLEC-FAC a manter-se como o único movimento que alega manter uma "resistência armada" contra a administração de Luanda.

Mais de metade do petróleo angolano provém desta província angolana.

A DW África entrevistou o general Afonso Zau, que se apresenta como chefe de Estado Maior General Adjunto da FLEC-FAC, que incita a comunidade internacional a impulsionar o diálogo entre a FLEC-FAC e o partido que governa Luanda.

45 anos da independência de São Tome e Príncipe


São Tomé e Príncipe completou este domingo 45 anos de independência. Na histórica Praça da Independência, no coração da cidade de São Tomé, Evaristo Carvalho, o Presidente da República, acendeu a tocha da liberdade diante dos demais representantes dos órgãos de soberania. Um ato que antecede a cerimónia solene, este ano, restrita devido à Covid-19.

Guiné-Bissau | Deputado propõe acabar com Facebook para travar "onda de insultos"


Adulai Baldé, do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15), defendeu o fim da rede social Facebook na Guiné-Bissau para acabar com ofensas aos líderes guineenses.

"Se acabarmos com o Facebook vamos acabar com esta onda de insultos às pessoas de bem. Insultar o Presidente da República, o presidente do Parlamento, o primeiro-ministro, ministros e outras figuras, isso é mau demais", defendeu Adulai Baldé, vulgo Nhiribui, esta segunda-feira (13.07) em declarações à agência Lusa e RDP-África, para esclarecer o que já havia defendido na plenária do Parlamento guineense, na semana passada.

O deputado disse ainda ser vergonhoso ver pessoas a despirem-se no Facebook "só porque querem ofender" os dirigentes do país. "Eu sou radicalmente contra insultos, até já o disse aos meus camaradas do meu partido", declarou o deputado, acrescentando estar pronto para votar favoravelmente se um dia o Parlamento decidir aprovar uma legislação que acabe com o Facebook na Guiné-Bissau.

Adulai Baldé não sabe de quem é a culpa, "se dos donos do Facebook" ou se das pessoas que publicam as obscenidades, mas não tem dúvidas de que com aquelas práticas a democracia "nunca mais vai vingar" na Guiné-Bissau.

Cabo Verde | Um peso e duas medidas


O líder do Partido Popular (PP) não tem papa na língua. Segundo denunciou junto da imprensa, a Câmara da Praia trata de forma alegadamente diferente as pessoas no tocante à gestão de solo. Amândio Barbosa Vicente falou e disse: dois deputados do MPD têm sido contemplados com grandes lotes de terreno em São Martinho, mas o Presidente Óscar Santos manda tropa, polícia e proteção civil para demolir mais de 50 casos na Alto da Glória construídas clandestinamente pelos sem terra. É como quem diz: um peso e duas medidas. Pergunta o líder do PP onde está a justiça e igualdade no tratamento dos munícipes da Capital! Nos boka ka sta la!

Um olheiro de Mindelo também questiona porque anónimos radicais de Sokols 2017 criticam o fato do deputado Manuel Inocêncio Sousa ter votado abstenção no Estatuto Especial da Praia e não criticaram deputados do MpD da ilha (com excepção de Mirceia Delgado que foi contra) que abandoram a sessao ou votaram a favor da proposta da lei referida. Como rebatem os mandadores de boca da Rua Lisboa, o voto de abstenção não é contra nem favor. Com isso se dá o benefício da dúvida a essas duas possibilidades de se posicionar. É assim em toda a parte do Mundo. Principalmente de homens, como MIS, que tem sentido do Estado. Mas como rematou o admirador do Radar, compreende-se os desabafos dos críticos, que não queriam que o estatuto Especial da Praia passasse, continuando Mindelo numa situaçao de marasmo como está. É que dizem-se decepcionados com as promessas do governo de Ulisses Correia. Mais: avisam que estão de oi na melon!

Maioria em deriva?

Nos bastidores da Assembleia Nacional as Atenas do Radar captaram que, na última sessão plenária que chumbou o Estatuto Especial da Praia, a tensão esteve alta a nível da bancada da maioria. As más-línguas confidenciam ao Radar que um deputado useiro e vezeiro em conflito na AN protagonizou a violência verbal forte contra uma deputada ventoinha que votou contra ao diploma. Se se confirmar que o caso pode parar às barras do Tribunal, a maioria está na iminência de entrar em deriva. É que, mais uma vez, a estratégia de dividir para reinar, com votos sim de 4 deputados do paicv tal como aconteceu na lei da Regionalização, não passou. Como um pacifista observou, a elite política precisa de acautelar propostas que podem minar a paz social no país.Enfim, como canta o grande Heavy H, “Sampadjudu ku badiu anoz ê kul”! O recado está dado!

A Semana (cv)

Acusados de homicídio sete dos oito arguidos do caso Giovani em Bragança


O Ministério Público deduziu acusação contra cada um de sete dos suspeitos pela “prática de um crime de homicídio qualificado agravado, sendo um na forma consumada e três na forma tentada”. O oitavo elemento detido pela Polícia Judiciária foi acusado do crime de favorecimento por ter, alegadamente, escondido a arma do crime: um pau com moca.

O Ministério Público acusou de homicídio sete dos oito arguidos no caso Giovani, em Bragança, enquanto ao oitavo elemento atribui o crime de favorecimento por alegadamente ter escondido a arma do crime, foi revelado na segunda-feira (29.06).

A acusação foi divulgada esta segunda-feira pela Procuradoria-Geral Distrital do Porto e consta de um despacho de 23 de Junho do Ministério Público de Bragança, responsável pela investigação do caso que culminou na morte do estudante Giovani Rodrigues, em Dezembro de 2019.

O despacho do Ministério Público saiu meio ano depois dos factos e a acusação recai sobre os oito detidos pela Polícia Judiciária (PJ), todos do concelho de Bragança, três dos quais encontram-se em prisão preventiva e quatro em casa com pulseira electrónica.

O Ministério Público deduziu acusação contra cada um de sete dos suspeitos pela “prática de um crime de homicídio qualificado agravado, sendo um na forma consumada e três na forma tentada”. A acusação entende que estes suspeitos agrediram Giovani e também os três amigos cabo-verdianos que o acompanhavam na noite dos factos. A dois destes arguidos, o Ministério Público imputa-lhes ainda “a prática de um crime de detenção de arma proibida”.

O oitavo arguido é acusado do crime de “favorecimento pessoal” por alegadamente “ter escondido, a pedido de um arguido, o pau com moca utilizado para a prática dos factos”.

O SUL A SAQUE!




“O espelho histórico e antropológico que é visível nos ambientes humanos sujeitos à insularidade do Caribe, é prova insofismável que em relação ao sul, o norte civilizado jamais encontrou capacidades correspondentes às obrigações de respeito para com a humanidade e para com o planeta, antes gerou linhas divisórias de apartheid e persistente alienação e formatação, chegando ao extremo de, sem vergonha, ali onde não havia separação por via do mar, se assumirem inequivocamente como construtores inveterados de barreiras, de obstáculos e de muros, numa dimensão jamais antes experimentada, nem nos tempos da muralha da China.” -- In “ESTADO DO MUNDO

Martinho Júnior, Luanda 

01- Menos dum ano depois da publicação do “ESTADO DO MUNDO”, a avassaladora crise global está aí, mostrando as vísceras da barbárie, destapando monstros históricos, derrubando estátuas, multiplicando actos de cínica contrição, expondo a incapacidade humana para fazer frente a uma pandemia-mutante que é o resultado último dum “feitiço que se voltou contra o próprio feiticeiro”… (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/03/estado-do-mundo.html).

Mesmo assim vale tudo para que continuem as mesmas práticas de conspiração contra o sul global e contra a emergência que escapa entre os dedos aos processos tecidos pela construção bárbara do império da hegemonia unipolar! (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/07/o-roubo-consumado.html).

Na IIIª Guerra Mundial contra o sul do Não Alinhamento activo e a emergência multipolar, os modelos de guerra psicológica de 6ª geração permitem-se, em função das novas tecnologias sob tutela da aristocracia financeira mundial, a gerir subvertendo até os contenciosos históricos, sociológicos e antropológicos mais críticos, como por exemplo o papel de cada um dos aliados na IIª Guerra Mundial!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/07/eis-o-4-de-julho-eis-festa-nos-eua.htmlhttps://paginaglobal.blogspot.com/2020/07/eua-cantem-lhes-os-nomes.htmlhttp://www.patrialatina.com.br/75o-aniversario-da-grande-vitoria-responsabilidade-partilhada-frente-a-historia-e-ao-nosso-futuro/).

As doses de cinismo e subversão atingiram o apogeu e, sob os nossos olhos do sul, são carne viva no Médio Oriente Alargado, em África, na América Latina, no Caribe, pois “AÍ ESTÁ A IIIª GUERRA MUNDIAL”!… (https://paginaglobal.blogspot.com/2020/01/esta-ai-iii-guerra-mundial.htmlhttps://frenteantiimperialista.org/blog/2020/01/11/ahi-esta-la-iii-guerra-mundial/).

Por todo o lado onde haja matérias-primas para explorar a baixo custo ou mesmo a custo zero (conforme à trajectória do valor do barril de petróleo) e excedentes de mão-de-obra barata inconscientes do estatuto que sobre eles recai como um velado jugo entre ilusões e alienações multiplicadas até ao infinito, as bárbaras práticas de conspiração engolem as espectativas raquíticas de civilização que aspiram a outro tipo de relacionamentos entre os estados, as nações e os povos da Terra! (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/01/07/africa-dilecto-alvo-neocolonial/).

Covid-19 poderá ter existido no ambiente desde há várias décadas

O vírus SARS-CoV-2 que causa a Covid-19 pode não ter sido originado na China mas pode ter estado adormecido na natureza ao longo de décadas, segundo os investigadores.

Enquanto um epidemiologista britânico encontrou o vírus em várias partes do mundo antes da pandemia, outro estudo traçou uma parte do gene do vírus em existência há milhares de anos.

Uma combinação de condições levou à sua propagação, escreveu o Telegraph no domingo, citando um epidemiologista.

“Acho que o vírus já estava aqui, ou seja em qualquer lado. Podemos estar na presença de um vírus dormente que foi ativado por estímulos ambientais”, disse o Dr. Tom Jefferson, um investigador honorário do Center For Evidence-Based Medicine (CEBM), da Universidade de Oxford.

Ele ressaltou que as crescentes provas sugerem que "o vírus já estava noutro lugar antes de surgir na Ásia", mencionando a crescente deteção do vírus em esgotos em todo o mundo.

Outra pesquisa apurou que uma parte do gene do coronavírus, desenvolvido há cerca de 60.000 anos atrás, durante a existência dos neandertais, escreveu um novo estudo que ainda está para ser publicado. O vírus desenvolveu-se nos últimos anos e pode ser encontrado nos genes de pessoas em muitos países.

EUA | Explosão ocorre em base naval de San Diego


Pelo menos 17 marinheiros e 4 civis foram feridos numa explosão ocorrida no USS Bon Homme Richard CV-31, um navio de assalto anfíbio, na base naval de San Diego. Os feridos foram levados para um hospital em 12 de julho, horário local. 

Segundo as reportagens, as chamas irromperam pelas 8h30 da manhã. A frota do Pacífico da Marinha dos EUA declarou que 17 marinheiros e 4 civis com ferimentos ligeiros foram levados para um hospital local.

Cerca de 160 pessoas estavam a bordo do USS Bon Homme Richard quando o incêndio ocorreu, segundo os relatos mais recentes.

O USS Bon Homme Richard está ancorado na Base Naval de San Diego para manutenção de rotina. Ainda não foi clarificado o motivo do incêndio, segundo as reportagens. Os bombeiros disseram ter recebido um pedido de ajuda pelas 9h. 

Fonte: Diário do Povo Online    13.07.2020

Torpedo bipartidário contra o Acordo para o Afeganistão


Manlio Dinucci*

A guerra no Afeganistão foi lançada, oficialmente, para vingar os ataques de 11 de Setembro de 2001. No entanto, já tinha sido preparada antecipadamente. Durante duas décadas, explicamos nestas colunas que é a primeira de uma longa série de guerras destinadas a destruir todas as estruturas estatais do Médio Oriente alargado (estratégia Rumsfeld/Cebrowski), a fim de controlar a exploração dos recursos naturais. A guerra, que devia durar duas semanas, prossegue há 19 anos. Está planeada para persistir o maior tempo possível. Hoje, as personalidades ligadas ao Pentágono estão a sabotar a retirada parcial concluída pelo Presidente Trump.

Centenas de milhares de vítimas civis, mais de 2.400 soldados americanos mortos (e mais um número desconhecido de feridos), cerca de 1 trilião de dólares gastos: este é, em síntese, o orçamento dos 19 anos da guerra USA no Afeganistão, ao qual se acrescenta o custo para os aliados NATO (incluindo a Itália) e outros que se juntaram aos EUA na guerra.

O orçamento de falências para os EUA também do ponto de vista político-militar: a maior parte do território está agora controlada pelos Taliban ou disputada entre eles e as forças do governo apoiadas pela NATO.

Neste contexto, após longas negociações, a Administração Trump concluiu um acordo com os Taliban, em Fevereiro passado, que prevê em troca de garantias, a redução do número de tropas USA no Afeganistão de 8.600 para 4.500. O mesmo não significa o fim da intervenção militar dos EUA no Afeganistão, que continua com forças especiais, drones e bombardeiros. No entanto, o acordo abriria o caminho para uma diminuição do conflito armado.

O obstáculo a um New Deal nos dias de hoje


Prabhat Patnaik [*]

Aquilo que até agora fora apenas uma sugestão de vários membros prescientes do establishment capitalista, agora tornou-se política oficial – pelo menos na Grã-Bretanha onde o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou que o seu governo empreenderá o investimento a fim de estimular a economia, tal como o fez nos EUA F. D. Roosevelt sob o New Deal na década de 1930. De facto, Johnson referiu-se especificamente ao New Deal de Roosevelt e manifestou a sua intenção de aumentar impostos sobre o ricos se necessário. De modo divertido, ele antecedeu o seu discurso com a observação de que "Eu não sou um comunista".

É mérito de Johnson ter reconhecido que o capitalismo neoliberal chegou a um beco sem saída e que o sistema agora precisa da intervenção do Estado, tão vilipendiada sob o neoliberalismo, a fim de se reerguer da sua crise actual. Este ponto básico continua a iludir o governo Modi na Índia, o qual continua a repetir como um disco riscado os velhos e cansativos clichés acerca de incentivar os "criadores de riqueza". O problema contudo é que um New Deal não pode ser simplesmente activado à vontade, mesmo por Johnson ou qualquer outro líder ocidental.

No tempo do New Deal original não havia capital financeiro globalizado, só capitais financeiros com base na nação e capitais financeiros nacionais de Estados-nação que estavam bloqueados numa feroz rivalidade inter-imperialista. Cada Estado-nação tinha, portanto, um grau de alavancagem em relação ao "seu" capital financeiro e podia persuadi-lo quanto à necessidade de aceitar uma mudança de política, tal como o New Deal, para a preservação do sistema como um todo.

Mesmo assim, houve uma forte oposição ao New Deal de Roosevelt por parte do capital financeiro americano, o qual conseguiu – após o êxito inicial das medidas do New Deal em efectuar uma espécie de recuperação da Depressão – forçar a administração norte-americana a um recuo parcial, razão pela qual em 1937 os EUA voltaram a cair numa recessão. Foi só o aumento das despesas com armamento na preparação para a Segunda Guerra Mundial que finalmente levou os EUA a recuperarem-se das garras da Grande Depressão. De facto, antes do aumento das despesas com armamento, se bem que a utilização da capacidade instalada no sector de bens de consumo nos EUA tivesse recuperado um pouco, no sector de bens de capital a utilização continuava a permanecer num abismo; a procura por armamento é que conseguiu ressuscitar este último.

Portugal | E não se podem prender?


Rui Sá | Jornal de Notícias | opinião

O Museu do Aljube Resistência e Liberdade "é um museu municipal que (......) assume a luta contra a amnésia desculpabilizante e, quantas vezes, cúmplice da ditadura que enfrentámos entre 1926 e 1974" (site do museu).

Dado que Luís Farinha, que o dirigia desde 2013, se reformou, a empresa municipal que o gere decidiu, sem ser obrigada a fazê-lo, abrir um concurso para a seleção do(a) novo(a) diretor(a). Concorreram 60 pessoas, cujas candidaturas o júri se encarregou de analisar, tendo selecionado Rita Rato, antiga deputada do PCP.

Esta escolha originou um discurso de ódio nas redes sociais e alimentado por vários comentadores. "Não tem currículo nem experiência". De facto, se só servem os que têm experiência serão sempre os mesmos e nunca entrará ninguém novo. "Não foram cumpridas as regras do concurso". O que é uma grave acusação não à candidata mas ao júri, presidido por Luís Farinha. "Foi uma escolha da geringonça", diz João Miguel Tavares, que foi escolhido para outras funções sem se conhecer o critério. O problema de Rita Rato são as opiniões que esta defendeu aqui há uns anos, diz Rui Tavares. Ou seja, deve ser banida por delito de opinião!...

Fico satisfeito por ver uma antiga e competente deputada a ter de fazer pela vida, não sendo escolhida para a administração de empresas a quem prestou uns fretes. E, como não gosto que me comam por parvo, vejo aqui uma campanha que começou com as comemorações do 25 de Abril e do 1.o de Maio, que se estende aos comícios do PCP e à eventual realização da Festa do Avante!. Uma campanha que se insere nos tempos que vivemos, com o ascenso de forças fascizantes que, se pudessem, prenderiam os comunistas novamente no Aljube. O que é um elogio para estes: estão vivos e... incomodam!

*Engenheiro

MP quer que EDP seja constituída arguida no processo das rendas excessivas


A notícia é avançada pela RTP, que teve acesso ao processo do Ministério Público. A EDP vai ser constituída arguida no processo das rendas excessivas. A notícia foi avançada este domingo à noite pela RTP, que teve acesso ao processo do Ministério Público. Sobre assim para sete o total de arguidos e a EDP junta-se a António Mexia, João Manso Neto e o antigo ministro Manuel Pinho.

No documento a que a RTP teve acesso, o Ministério Público pede para que a empresa seja ouvida no Departamento Central de Investigação e Acção Penal até 24 de Julho.

É ainda pedido que Artur Trindade, antigo secretário de Estado, preste depoimento às autoridades. Neste caso, está em causa a contratação do pai do antigo secretário de Estado para a EDP.

“Não fomos notificados desta iniciativa processal do processo Contratos de Aquisição de Energia/ Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual e, como tal, não fazemos quaisquer comentários”, referiu à RTP a EDP.

Na semana passada, António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis, foram afastados dos cargos e foram proibidos de entrarem nos edifícios - uma medida de coação aplicada pelo juiz Carlos Alexandre.

Mexia e Manso Neto são ambos suspeitos, segundo o Ministério Público, de quatro crimes de corrupção ativa (envolvendo Manuel Pinho, Miguel Barreto, João Conceição e Artur Trindade) e um de participação económica em negócio (ligado à barragem de Baixo Sabor, adjudicada a um consórcio que integrou a Bento Pedroso, do grupo Odebrecht, e o grupo Lena).

Expresso

EUA-TRUMP & OUTROS, AS MÁSCARAS DOS SEM-VERGONHA


Sobre Trump, que apareceu com máscara, e os seus “dislates”, assim como os “números estratosféricos” de vítimas contagiadas e mortais nos EUA é o que tem exposto no Curto de hoje por Martim Silva, do Expresso. 

O calor em Portugal aumenta, os fogos também vão aumentar aqui e ali, mais difíceis de dominar, já se sabe. Além disso há muito mais no Curto do Expresso. Consideramos que a semana começa bem, com o já passado e as perspetivas atuais e de futuro.

Num breve parágrafo abraçamos o mascarado Trump, agora com máscara de proteção social, para salientar a referência de Martim ao recordar o tipo de má-peça que contém aquele invólucro denominado Trump – que os cidadãos norte-americanos elegeram para desaire e vergonha daquele país. Então não foi que Trump livrou da prisão um amigão condenado por mentir ao Congresso? Tal ato de perdão e impunidade não é surpresa, vindo de quem vem, mas não deixa de pontuar para a menos-valia que se acumula notoriamente sobre a figura do atual presidente dos EUA, país que enche a boca falsamente com as palavras justiça, democracia e quejandas baboseiras que já nem aos tolos enganam. 

Diz Martim Silva: “Roger Stone devia cumprir três anos e quatro meses de prisão por ter mentido ao Congresso. O perdão presidencial é uma figura possível nos EUA, mas que nunca tinha sido usado num caso em que o próprio chefe do Estado tem um interesse direto ou um conflito de interesses (Stone mentiu na investigação sobre o conluio entre Trump e a Rússia).” Era de esperar, mas não deixa de ser escandaloso. Vergonhoso. 

Só para que conste: refira-se que existem muitos outros a usarem máscaras que nem por isso conseguem ocultá-los de serem uns sem-vergonha.

Nesta segunda-feira, arranque de uma nova semana, salte para o Curto e consuma-o. Vale a leitura. Boa semana.

FS | PG

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