sábado, 18 de julho de 2020

A Arte da Guerra | Sob a bandeira tricolor que ondula em Camp Darby


Manlio Dinucci*

O exército italiano integra-se um pouco mais nas Forças dos EUA. Até agora, eles participavam em operações concebidas pelos Estados Unidos, mas estavam sob o comando de oficiais americanos da NATO. Agora, graças a uma manobra inteligente, serão colocadas directamente sob as ordens do Pentágono.

Se bem que muitas actividades bloqueadas pelo ‘lockdown’ lutem para recomeçar, após o afrouxamento das restrições, há uma que, nunca tendo parado, está agora a acelerar: a de Camp Darby, o maior arsenal USA no mundo, fora da pátria, localizado entre Pisa e Livorno.

Depois de cortar cerca de 1.000 árvores na área natural “protegida” do Parque Regional de San Rossore, começou a construção de uma secção ferroviária que ligará a linha Pisa-Livorno a um novo terminal de carga e descarga, atravessando o Canale dei Navicelli sobre uma nova ponte metálica giratória. O terminal, com cerca de vinte metros de altura, incluirá quatro trilhos capazes de acolher, cada um deles, nove vagões.

A escolha dos EUA: ''uma horrível tirania corporativa'' ou a revolução


#Escrito e publicado em português do Brasil

Estes são ''os bons tempos'', diz o renomado jornalista e escritor Chris Hedges, em comparação com o que pode estar por vir. Mas há esperança nas ruas

Chauncey DeVega | Carta Maior

O tempo está avariado nos Estados Unidos de Donald Trump. Minutos parecem horas, horas parecem dias. Semanas são meses, e meses são anos. E há uma sensação esmagadora de tempo deformado pelo temor à medida em que o país aderna na direção de um clímax perigoso no dia da eleição - seja qual for o resultado.

A desorientação é uma característica da vida em uma democracia fracassada em que o fascismo é ascendente.

Em uma conversa amplamente lida aqui no Salon durante as primeiras semanas do bloqueio provocado pela pandemia nacional e a implosão da economia americana, o jornalista e autor de best-sellers Chris Hedges alertou que, em comparação com o que pode estar por vir, "estes foram bons tempos".

Isso foi antes da pandemia de coronavírus continuar sua marcha mortal, em que mais de 136.000 pessoas estão mortas. Os avisos de Hedges também foram dados antes de vermos o horror total da incompetência, da crueldade e da sabotagem de Trump, ou sua vontade de sacrificar milhões de americanos - incluindo, potencialmente, crianças - pela "economia", pelo capitalismo e, claro, por sua própria reeleição. Hedges também deu seu alerta sobre "os bons tempos" antes das ameaças de Trump de lançar mão da lei marcial e usar forças militares contra os protestos por George Floyd e a revolta do povo. Foi também antes de Donald Trump declarar guerra, no fim de semana do Dia da Independência, contra todo e qualquer norte-americano que se atrevesse a se opor a ele.

Eu fui atrás de Hedges novamente e perguntei a ele: "Estes ainda são os bons tempos?"

Sim, ele disse, eles são.

Em nossa última conversa, Hedges explica por que este momento perigoso nos EUA será olhado com carinho, comparado com o que o futuro nos reserva. Ele vê pouca esperança em Joe Biden e no Partido Democrata, que ele acredita não ter soluções substantivas para a desigualdade social e para outros problemas institucionais que geraram Donald Trump e seu movimento neofascista branco. Hedges também está preocupado que os Estado Unidos estejam se transformando no tipo de violência etnopolítica que ele testemunhou pessoalmente na Iugoslávia, durante a guerra civil daquele país na década de 1990.
Mas Hedges também vê esperança para salvar os Estados Unidos da tirania iminente. Onde? Nos protestos por George Floyd e na possibilidade de mudança revolucionária.

Brasil | Bolsonaro e a montanha de infectados e mortos


#Escrito e publicado em português do Brasil

O Brasil ultrapassou a marca de dois milhões de infectados e de mais 77 mil mortos pelo novo coronavírus. Nestes dois marcadores o país é o segundo do mundo em números absolutos – só perde para os Estados Unidos –, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, e está na fase de alta transmissão, com forte letalidade.

O primeiro caso registrado no país ocorreu em 26 de fevereiro, chegou a 500 mil em 31 de maio, dobrou esse número em apenas 19 dias. O salto de um milhão para a atual marca de mais de dois milhões se deu em apenas 27 dias. Há que considerar, ainda, o número de mortos por cem mil habitantes, que atingiu a média de 36,7, enquanto na vizinha Argentina a proporção é de 4,6.

O Brasil chegou a essa situação em grande medida por conta da irresponsabilidade do governo Bolsonaro. O presidente da República sempre negou a gravidade da pandemia e se recusou a pôr o governo na defesa da nação. Não instituiu uma estratégia de combate à doença, tampouco criou uma coordenação nacional para harmonizar as ações com estados e municípios.

E mais: combateu o distanciamento social – a principal orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) – e não adotou a testagem, o rastreamento e o isolamento dos infectados para baixar a transmissão. Num recente pronunciamento pela internet, voltou a fazer propaganda da cloroquina e do vermífugo Anita, uma atitude que além de boçal pode ser classificada como criminosa por induzir a automedicação e utilização de medicamento sem comprovada eficácia.

O Chile volta às ruas, contra a Previdência privada


#Escrito e publicado em português do Brasil

Após intensas manifestações populares, Câmara aprova lei que permite a trabalhadores sacar 10% dos depósitos obrigatórios em fundos financeiros. Apoiada por 80% dos chilenos, proposta é passo crucial para superar modelo previdenciário de Pinochet

Rocío Montes, no El País Brasil | em Outras Palavras

Logo após uma noite de protestos e violência que deixou 61 detidos em todo o país, a Câmara dos Deputados do Chile desferiu nesta quarta-feira um golpe histórico contra o sistema de pensões, um modelo baseado na capitalização individual e pioneiro no mundo, implantado há quatro décadas durante o regime de Augusto Pinochet. Por 95 votos a favor ― inclusive de alguns deputados governistas de direita ―, 36 contra e 22 abstenções, o plenário deu sinal verde a uma reforma constitucional que permitiria aos afiliados às Seguradoras de Fundos de Pensões (AFPs, na sigla em espanhol) retirar até 10% de suas poupanças da aposentadoria para enfrentar a crise econômica. A iniciativa, que agora começa a tramitar no Senado, representa uma derrota para o Governo de Sebastián Piñera, que havia se empenhado diretamente em convencer os deputados de sua coalizão a votar contra.

Foram quase quatro horas de um tenso debate no plenário do Congresso, em Valparaíso, 100 quilômetros a oeste de Santiago, a capital. A deputada socialista Maya Fernández Allende ― neta do presidente Salvador Allende, deposto por Pinochet em 1973 ― disse em seu pronunciamento que “o apoio popular a este projeto está diretamente relacionado ao fracasso do sistema das AFPs, que não se preocupam com as pensões, porque são investidores financeiros”. Para o ministro da Fazenda, Ignacio Briones, “a iniciativa enfraquece as pensões do manhã”. Sobre os 20 bilhões de dólares que a medida injetaria na economia, o economista se perguntou: “O que justifica que se retire a aposentadoria, que será maior para aqueles que têm mais, livre de impostos? Onde ficaram as reivindicações de progressividade e as discussões sobre nosso sistema tributário que tínhamos à vista e que compartilhamos como Governo?”.

Logo após uma noite de protestos e violência que deixou 61 detidos em todo o país, a Câmara dos Deputados do Chile desferiu nesta quarta-feira um golpe histórico contra o sistema de pensões, um modelo baseado na capitalização individual e pioneiro no mundo, implantado há quatro décadas durante o regime de Augusto Pinochet. Por 95 votos a favor ― inclusive de alguns deputados governistas de direita ―, 36 contra e 22 abstenções, o plenário deu sinal verde a uma reforma constitucional que permitiria aos afiliados às Seguradoras de Fundos de Pensões (AFPs, na sigla em espanhol) retirar até 10% de suas poupanças da aposentadoria para enfrentar a crise econômica. A iniciativa, que agora começa a tramitar no Senado, representa uma derrota para o Governo de Sebastián Piñera, que havia se empenhado diretamente em convencer os deputados de sua coalizão a votar contra.

Portugal | Dono Disto Tudo


Miguel Conde Coutinho* | Jornal de Notícias | opinião

Este calor transforma as pequenas coisas em muito pouco comedidas obsessões, como o cão que nunca se calava em "Verão escaldante" (Spike Lee a mexer-nos com os nervos), ou o som persistente do telefone do Sergio Leone a tocar no "Era uma vez na América".

Um telefone que toca inquieta sempre - é inútil resistir ao apelo desse objeto que nos domina a vida - e um telefonema é tirano (tinha razão o Quinn do Paul Auster): uma chamada provoca sempre uma reação.

Quando Ricardo Salgado telefonava, imagino que o interlocutor estremecesse. De entusiasmo ou angústia, mas era estremecimento certamente. O Dono Disto Tudo mandava em tudo isto e um pedido era uma ordem. E uma ordem nunca era um pedido. Especialmente para uma "alforreca" (uma das alcunhas dos beneficiários de pagamentos secretos feitas por Salgado, segundo o Ministério Público). Para quem não tem espinha, receber milhões para violar deveres profissionais a pedido do DDT é uma tarefa que pesa menos na consciência. Se é que alguma vez pesou de todo: os privilegiados, parafraseando Vergílio Ferreira, já não se lembram para que serve a honestidade.

*Jornalista

Portugal do BES | Nesta “caldeirada” há muitos que se vão safar... ou todos?


Todas as semanas há um dia de Vinicius Morais, ao sábado. Porque hoje é sábado também o Curto do Expresso é diferente… Que é como quem diz: vai tudo dar ao mesmo. Leia. O Caso BES tem abordagem trazida por Martim Silva. Como sabem, no Caso BES todos os envolvidos são muito honestos. Por isso mesmo é que a prestimosa Justiça só processa uns quantos, ficando talvez a grande maioria dos “honesto” acima de qualquer suspeita. É o costume.

Dois pesos e duas medidas. Justiça forte com os fracos e fraca com os ricos. Ao que parece a Justiça não parece tão honesta como pretende mostrar-se. Mas, isso já estamos carecas de dizermos e sabermos. São os “alçapões” prefabricados pelos lobies-legisladores, são os “rodriguinhos” dos furos nas leis, são… os poderosos da riqueza a comprarem os que vendem a alma a Salgados e Associados…

Agora por isso: quando se saberá quem foram-são os jornalistas que se venderam aos interesses do BES-Salgado? Ainda se vendem? E quem mais? Sim, porque se Salgado era o DDT (Dono Disto Tudo), teve de comprar muitos sevandijas em vários ramos de atividades profissionais, da política e etc. Era Dono Disto Tudo… Era, ou ainda é? Ou ainda são?

Também no Expresso pode ler sobre a “coragem” de Passos Coelho ao ignorar os “poderosos”. Coragem ou porque não tinha outra hipótese, sem que o clamor fosse inaudito e também o “sujasse” para além da "sujidade" que angariou como PM? Cavaco Silva, esse, foi fiel ao Dono e até se pronunciou sobre a fiabilidade do BES-Salgado. Estava em Macau quando tal declarou. Deve ter lido o Caso BES com os olhos em bico (convinha). Quanto a Rio: por onde vais Rio que tão mal “cantas"?

Também BES: Mariana e Ricciardi desatinaram (ela consubstanciando a razão). Publicamos em baixo, após ler este Curto Expressivo, peça do Notícias ao Minuto com um Ricciardi agastado e a dar numa de prestidigitador, com vontade de fazer Mariana Mortágua “desaparecer”. Pois. Era bom, não era? E já agora fazer desaparecer o Caso BES e tudo continuar nos cambalachos com o DDT à cabeça e uns quantos cúmplices nos golpes. Uns poucos, porque nesta “caldeirada” há muitos que se vão safar, nem o MP agora lhes "toca". 

Os portugueses é que jamais se safarão de pagar o que imensos safardanas causaram na ordem dos milhões de euros. Sentimos isso na pele, na carteira, no estômago, nas anemias e faltas cometidas por outros que continuam a viver à fartazana depois de tramarem milhões de portugueses e o país. Mas lá está, Ricciardi falou grosso, bem alimentado que está… e impune. Veja depois o que fazemos nota sobre Mariana Mortágua e Ricciardi: A resposta de Mariana Mortágua a Ricciardi em 13 tweets.

E desta nos vamos. Vamos embora, vamos partir sem esperança de que os Donos Disto Tudo sejam condenados a ver o sol aos quadradinhos… A impunidade é uma santa prostituta que se vende aos do grande capital em troca do aumento e imposição de vidas desgraçadas.

Bom dia. Bom fim-de-semana. Saúde, se conseguirem.

MM | PG

Portugal | A resposta de Mariana Mortágua a Ricciardi em 13 tweets


Ex-responsável do BES considerou as declarações de Mariana Mortágua como repugnantes e afirmou que a deputada "devia ter vergonha e (...) desaparecer de vez".

José Maria Ricciardi, antigo presidente do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), reagiu, durante a madrugada desta quinta-feira em direto na SIC Notícias, às acusações da deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que ontem à noite, em declarações à TVI, considerou difícil que o ex-responsável não soubesse dos problemas do grupo. Afirmando que não admite "acusações absolutamente gratuitas na televisão", Ricciardi classificou as declarações da bloquista de "chocantes". "Um conjunto de disparates", sublinhou. E afirmou ainda que a deputada "devia ter vergonha e (...) desaparecer de vez".

Às palavras do primo de Ricardo Salgado, a deputada respondeu esta sexta-feira via Twitter.

Mariana Mortágua cita elementos da acusação que, no entender da bloquista, implicam Ricciardi no recebimento de centenas de milhares de euros de uma offshore do GES, omitindo essa informação aos acionistas e à supervisão.

Portugal | "Costa está muito pressionado para conseguir o acordo" na UE


Francisco Louçã considera ser difícil antecipar o que vai resultar do Conselho Europeu e releva o poder de veto dos 27 quanto à resposta à crise pandémica. "É preciso um acordo entre todos".

Frisando ser "muito difícil" saber o desfecho da reunião dos 27 Estados-membros em Bruxelas, Francisco Louçã apontou a "força de Merkel" como uma condição política favorável ao acordo. A chanceler alemã  "está a um ano de eleições, 15.º ano de mandato, e se teve uma queda de popularidade em 2015 quando abriu as portas à entrada de refugiados, hoje está no pico da sua força eleitoral", destacou no seu habitual espaço de comentário na SIC.

 A condição desfavorável, porém, "é que Merkel com Macron foram derrotados duas vezes em duas questões decisivas". Uma deles, lembrou o economista, foi a escolha do presidente da Comissão Europeia e a outra a escolha do Eurogrupo.

Agora, contudo, "não se trata de uma votação, cada país tem muito mais poder, não é poder de voto, é um poder de veto", destacou, frisando que "é preciso um acordo entre todos".

Insurgência em Cabo Delgado: Desmandos das FDS resultam de descoordenação?


Serão a ética e moral valores primordiais para o exército? Há militares que têm sido frequentemente acusados de abusar da população. Mas há quem entenda que a má atuação resulta de descoordenação institucional.

Saques, brutalidade, discriminação, desrespeito por parte de quem jurou defender a população e a pátria são apenas alguns dos abusos denunciados crescentemente pela população de Cabo Delgado, no contexto da insurgência.

As vítimas têm exposto as transgressões das Forças de Defesa e Segurança (FDS) tanto nas redes sociais, como na imprensa.

"Vivo com um colega, [certa vez] eu estava a cozinhar e ele saiu para comprar refresco e foi interpelado pelas FDS, foi interrogado para saber de onde saía e para onde ia. Ele disse que ia comprar algo em falta em casa, a cerca de 10 metros de distância da nossa casa. Pediram-lhe o documento de identificação, ele não tinha. Ligou-me e eu fui para lá com o documento dele, mas mesmo assim exigiram "refresco" [suborno], revela-nos em anonimato um ex-residente de Macomia, um dos distritos preferenciais dos insurgentes.

E o denunciante recorda ainda que nem se quer "foi decretado o recolher obrigatório, mas vezes sem conta na calada da noite se você é encontrado [pelas FDS] é obrigado a cumprir com tudo o que eles quiserem".

Moçambique | Caso Vahanle: Investigação só prosseguirá depois de auditoria


Investigação de alegado caso de corrupção que envolveria o edil de Nampula, Paulo Vahanle, é paralisada até à conclusão de uma auditoria da Inspeção Geral de Finanças. Autarca diz que quer colaborar com investigações.


Segundo o procurador do GPCC, José Wilson, as investigações só serão retomadas depois dos resultados da auditoria às contas do município, levada a cabo pela Inspecção Geral das Finanças (IGF).

O GPCC abriu um processo para investigar o edil Paulo Vahanle após uma denúncia de corrupção recebida no dia 11 de junho.

Confederação empresarial da CPLP repudia atentado contra empresário em Maputo


Maputo, 17 jul 2020 (Lusa) - A Confederação Empresarial da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) repudiou hoje o atentado contra o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Agostinho Vuma, ocorrido na passada semana em Maputo.

"[A CE-CPLP] repudia veementemente este ato bárbaro e covarde, praticado contra um cidadão, empresário e pai de família", lê-se numa nota da entidade distribuída à comunicação social.

A confederação da CPLP pede as autoridades policiais e judiciais moçambicanas "um rápido esclarecimento e justa punição de todos os envolvidos", acrescentando que o ataque "coloca em perigo todos os esforços para construção de uma sociedade de paz, harmonia, diálogo e tolerância" no país.

"Entendemos não ter sido uma ação anónima e isolada, mas sim um ato premeditado", acrescenta a nota da CE-CPLP.

Timor Resources espera iniciar exploração em poços no sul de Timor no final do ano


Díli, 17 jul 2020 (Lusa) -- A empresa Timor Resources espera iniciar no final do ano ou início de 2021 as operações de perfuração de petróleo no sul de Timor-Leste, adiadas devido à pandemia da covid-19, disse uma responsável.

A presidente do conselho de administração (CEO) da empresa Suellen Osborne disse à Lusa que o calendário do projeto está também condicionado pelo processo de obtenção das licenças ambientais necessárias, mas reafirmou que a empresa continua "100% empenhada" em avançar com o projeto.

"A pandemia da covid-19 limitou a nossa capacidade de movimentar pessoas internacionalmente. Somos uma empresa de propriedade australiana e não conseguimos sequer sair da Austrália neste momento", afirmou.

"E como estamos apenas em fase de exploração, não temos a isenção de que goza a Conocco para poder entrar em Timor-Leste", referiu.

A empresa indonésia contratada para a perfuração inicial não consegue movimentar os funcionários da Indonésia, dos Estados Unidos e de Singapura, o que impossibilita arrancar com as perfurações.

Número de mortos em inundações na Indonésia sobe para 36 e há 66 desaparecidos


Jacarta, 17 jul 2020 (Lusa) -- O número de mortos devido a inundações na ilha de Celebes, na Indonésia, subiram hoje para 36, com o número de pessoas desaparecidas a aumentar também para 66, segundo as autoridades.

O porta-voz da Agência Nacional de Busca e Resgate, Yusuf Latif, disse que mais quatro pessoas estão mortas, elevando o total de óbitos para 36.

O chefe da Agência de Mitigação de Desastres do distrito de North Luwu, Muslim Muchsin, disse que vários moradores relataram terem parentes desaparecidos.

"As chances de encontrá-los vivos são reduzidas após quatro dias de buscas e a situação é difícil no terreno. Existem até dois metros de água espessa", afirmou o coordenador de buscas e resgate, Andi Mukti, à agência francesa France-Presse, mas garantiu que as buscas vão continuar durante o fim de semana.

Um total de 14.483 pessoas estão em 76 centros de evacuação nos subdistritos de Masamba, Baebunta e Sabbang.

O funcionário do distrito de North Luwu, Indah Putri Indriani, disse que as inundações começaram na noite de segunda-feira e foram desencadeadas por fortes chuvas que causaram o transbordamento de três rios.

Centenas de casas, prédios públicos e escritórios do governo estão agora cobertos de lama transportada pelas enchentes.

No início do ano, as chuvas torrenciais causaram inundações nas quais cerca de 70 pessoas morreram em Jacarta e arredores, na ilha de Java. Estas foram as inundações mais mortais desde 2013 na região de Jacarta.

AXYG // ANP

Macau | Governo acelera trabalhos para reforçar a lei de segurança nacional


André Cheong, secretário para a Administração e Justiça, indicou que o Executivo vai acelerar os trabalhos relativos ao diplomas complementares à lei de segurança nacional de Macau. À margem da conferência de imprensa do Conselho Executivo, o governante deixou nas mãos do Governo Central a possibilidade de criação de um comissariado de Pequim na região para aplicar a lei, como acontece em Hong Kong.

O secretário para a Administração e Justiça, André Cheong, recordou que o Governo está a estudar a elaboração de diplomas complementares à lei de segurança nacional, que está em vigor na região desde 2009. À margem da conferência de imprensa de ontem do Conselho Executivo, André Cheong indicou que o Governo está a acelerar os trabalhos para o aperfeiçoamento da legislação. Questionado sobre a possibilidade de ser colocado em Macau um comissariado para a aplicação da lei de segurança nacional, como acontece em Hong Kong, o secretário disse que essa “é uma decisão do Governo Central”.

Em Maio, André Cheong já tinha falado sobre a possibilidade, admitindo que a lei de segurança nacional de Macau precisava de mais diplomas. “Para a implementação do regime, alguns diplomas têm ainda de ser feitos. Alguns estão já a ser elaborados”, disse na altura o secretário. Agora, o secretário reiterou e adiantou que é necessário “fazer o aperfeiçoamento e um estudo de optimização”. “Os trabalhos estão em curso”, afirmou, frisando: “Neste momento, estamos a acelerar os nossos trabalhos”.

China opõe-se à exclusão de empresas chinesas de 5G pela Grã-Bretanha


Pequim, 16 - A China opõe-se firmemente à mais recente decisão do governo britânico de barrar as empresas chinesas da construção de redes 5G, disse nesta quinta-feira o porta-voz do Ministério do Comércio, Gao Feng.

A prática discriminatória vai contra os princípios de livre comércio que o governo britânico sempre defendeu, disse Gao Feng numa conferência de imprensa.

A medida viola severamente as regras da Organização Mundial do Comércio, mina a confiança dos investidores chineses na Grã-Bretanha, afeta a cooperação económica e comercial entre os dois países, prejudica a credibilidade da Grã-Bretanha e mina o seu status no sistema de comércio internacional, acrescentou Gao.

Em relação à ação britânica, que viola os princípios do livre comércio, a China está avaliando o incidente, disse Gao. Ele acrescentou que o país tomará as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas.

Gao instou a Grã-Bretanha a adotar medidas concretas para corrigir as suas decisões erradas com o quadro geral em mente.

Ele também pediu que a Grã-Bretanha tenha uma perspectiva de longo prazo para fornecer um ambiente de negócios aberto, justo e não discriminatório para as empresas chinesas que investem na Grã-Bretanha, bem como manter o bom impulso de desenvolvimento dos laços económicos e comerciais entre os dois países.

Xinhua | Imagem: Xinhua/Han Yan

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