O antigo primeiro-ministro guineense e dirigente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) Carlos Correia morreu este sábado (14.08) vítima de doença, anunciou, em comunicado, o partido.
Carlos Correia, com 87 anos, foi dos primeiros dirigentes do PAIGC a receber formação superior ainda durante a luta pela independência.
O engenheiro agrónomo foi primeiro-ministro da Guiné-Bissau entre 1991 e 1994, entre 1997 e 1998, em 2008 e entre 2015 e 2016.
"O nosso partido viu sucumbir aquele que ficará na memória dos militantes e coletiva dos guineenses como uma das maiores referências e reserva moral", salienta o PAIGC.
"Exemplo de nacionalismo"
Segundo o partido, Carlos Correia foi um "exemplo de nacionalismo e patriotismo, baseado no rigor, responsabilidade e transparência, em tudo".
"Na política, com uma fidelidade, sinceridade e lealdade distintas. Na governação, com rigor e honestidade singulares", sublinha o PAIGC.
No comunicado, o PAIGC apela a todos os seus militantes, responsáveis e dirigentes para "render tributo e homenagem aquele que ficará eternamente como um herói da causa do partido e da Guiné-Bissau".
Umaro Sissoco Embaló lamenta morte
Numa mensagem divulgada à imprensa, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lembrou hoje o antigo primeiro-ministro Carlos Correia como um "patriota" e um "dedicado servidor" do Estado.
"Na sua longa carreira política, Carlos Correia distinguiu-se como patriota, figura pública respeitada e dedicado servidor do Estado guineense", sublinha o chefe de Estado guineense.
O chefe de Estado refere também que recebeu a notícia com "profunda consternação" e endereçou as "mais sentidas condolências à família enlutada".
Deutsche Welle | Lusa
Carlos
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