sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Conhecer a história é um garante para conhecer a vida

Martinho Júnior, Luanda 

Durante décadas as doutrinas dominantes implicadas na hegemonia unilateral tentaram alienar o homem da natureza e da vida e essa é a razão da irracionalidade humana no sentido da barbárie feudal que tanto tem atingido o Sul Global, a ponto de implicar tanto caos, tanto terrorismo e tanta desagregação.

A definição da IIIª Guerra Mundial não declarada mas que se arrasta desde o último dia da II há mais de 75 anos, passa por essas considerações, abrindo as portas para conceitos vitais que urgem, porque já está em causa a segurança vital da humanidade.

Os que pretendiam “o fim da história” por via dos impactos neoliberais, já levaram longe demais a nocividade dessa filosofia que tanto tem a ver com o caos, o terrorismo e a desagregação.

À dialética da hegemonia unipolar na sua ânsia de domínio unilateral sobre os demais, contrapõe-se hoje a segurança vital de toda a humanidade, porque essa barbaridade é já reconhecidamente o factor essencial que está a levar ao fim da espécie!...

O que o "triunfo" dos Talibãs pode significar para África?

O que o "triunfo" dos Talibãs no Afeganistão pode significar para África?

O retorno do Talibãs ao Afeganistão apanhou o mundo de surpresa. Em África, aumenta a preocupação e o receio dos países que lutam para esmagar as insurgências islâmicas. Moçambique é um dos palcos da ação extremista.

Pelo menos, 47 pessoas, incluindo 30 civis, 14 militares e três mercenários do exército, foram mortos num ataque a uma caravana militar que escoltava civis no norte do Burkina Faso, revelou esta quarta-feira (18.08) o Governo.

Há suspeitas de que seja uma ação levada a cabo por terroristas islâmicos, porque os militantes ligados à Al-Qaeda e ao grupo Estado Islâmico (EI) têm visado, cada vez mais, as forças de segurança do país da África Ocidental.

A chegada ao poder dos talibãs no Afeganistão faz aumentar a preocupação dos países africanos que lutam contra os insurgentes islâmicos.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alertou para uma "alarmante" expansão de filiados do chamado "Estado Islâmico" por toda África, à custa da situação no Afeganistão.

Kwesi Aning, diretor do Centro Internacional de Formação de Manutenção da Paz Kofi Annan, no Gana, para os assuntos académicos e de investigação, concorda com Guterres ao considerar que "a tomada de Cabul pelos Talibãs é uma situação muito infeliz".

Portugal | Mas quem é a Unilabs?

Só um centro de vacinação foi entregue a um privado. Cortesia de Rui Moreira, com a anuência (pelo menos passiva) do governo. A multinacional suíça é dirigida em Portugal por Luís Menezes, ex-deputado pelo PSD.

Bruno Maia* | opinião

O Serviço Nacional de Saúde está a completar a maior e mais exigente campanha de vacinação que alguma vez aconteceu em Portugal. Com as habituais exceções e percalços, a verdade factual é que está a ser um sucesso. Tal como no passado foi um sucesso a implementação do Plano Nacional de Vacinação, os números de cobertura vacinal que estão entre os melhores do mundo ou a abrangência e universalidade das vacinas, que é total. Em menos de um ano teremos vacinados 10 milhões de portugueses. Mais um sucesso do SNS e, sem sombra de dúvida, também dos operacionais responsáveis pela campanha.

Mas há uma pedra na engrenagem. Uma ilha isolada que ainda ninguém percebeu por que existe: um único centro de vacinação, em todo o país, que foi entregue a um privado. Cortesia de Rui Moreira, com a anuência (pelo menos passiva) do governo, claro.

No queimódromo do Porto, a Unilabs tem o seu centro de vacinação instalado. No mesmo local, onde há um ano, instalou um centro de testagem, também cortesia de Rui Moreira. Talvez não se lembrem, mas quando tudo começou a Unilabs fazia testes em massa naquele local e rapidamente se descobriu que dava preferência na fila a quem pagasse a centena de euros que cobravam por cada teste. Violava o princípio da equidade no acesso à saúde, a comunicação social descobriu, fim da história. Volta agora a ser notícia porque teve uma falha no sistema de refrigeração e terá injetado um milhar de pessoas com vacinas “estragadas”.

Portugal | Um aluno entra num bar

Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

Parece uma anedota. Quando 67% da população acima dos 15 anos é obesa ou apresenta excesso de peso, num país em que a prevalência da obesidade entre os 5 e os 9 anos é de 37%, recomendaria o bom senso que qualquer medida de saúde pública que procurasse salvaguardar o equilíbrio da alimentação das crianças e adolescentes nas escolas fosse recebida com um aplauso unânime.

Mas nada surpreendentemente, o despacho que vem clarificar e dar força de lei à lista dos alimentos que não podem fazer parte da oferta alimentar nos bares das escolas, algo que já está sugerido como recomendação há quase uma década, gerou uma vaga de opiniões contraditórias e dificilmente compreensíveis. As trincheiras são cavadas a fundo e, à boleia da ementa, a trincheira da direita liberal quis transformar os bares das escolas numa aula de economia política.

O exercício da liberdade e da moderação na escolha alimentar não está ao alcance das crianças. Aliás, olhando as estatísticas, nem de boa parte dos adultos. A ideia de uma escola onde se ensina algo que é imediatamente contrariado à saída da sala de aula é a negação da validade da aprendizagem. É de uma ingenuidade atroz pensar que basta ensinar na aula sem que o exemplo seja dado fora dela ou, pior ainda, quanto os bares das escolas iluminam a mundividência da passagem entre Chaves e Berlim, insinuando a geografia do caminho pelas prateleiras, entre pastéis e bolas. Aos alunos, de nada vale continuarem a fazer recortes da roda alimentar para cartolina ou desenharem a minúcia da talha dos brócolos para artes visuais, se depois são confrontados com hambúrgueres em pão de açúcar e salgadinhos. A "última tentação do aluno" seria carregar essa cruz de hipocrisia, um tormento moral entre pavilhões que nem Scorsese se arriscaria a filmar senão num filme interdito a menores. A idade adulta da escola não deixa cair o bilhete de identidade quando cheira a comércio.

A promoção de hábitos de vida saudável não se faz apenas e só pela proibição. Mas para os que entendem que se compra fora da escola o que não se encontra lá dentro, aconselha-se a luta pela colocação de máquinas de tabaco à porta das bibliotecas escolares. Há muito a fazer pela alimentação que é dada às nossas crianças, muitos bares de escola são refúgio e complemento para a falta de qualidade da oferta nas cantinas e a ausência de pensamento nutricional é gritante. Mas o segredo está na diversificação, criatividade e racionalização da oferta. Entre a teoria e a prática, a escola tem de ser um universo de coerência. Enquanto alguns preferem agitar a presença de Limos, o demónio da fome, e outros clamam por Deméter, a deusa dos alimentos, que haja o mínimo de bom senso para não batalhar questões ideológicas sobre "junk food" retiradas da arca frigorífica do bar, só porque a escola pública é da responsabilidade do Estado. E que o ensino privado, com ou sem obrigações, siga ou continue a praticar o exemplo.

*Músico e jurista

O autor escreve segundo a antiga ortografia

Portugal | Infetados covid-19 apesar de vacinação completa

Mais de 16 mil infeções detetadas em cinco milhões de pessoas com vacinação completa

Ao todo, são 16 671 as infeções, assintomáticas e sintomáticas, detetadas pelas autoridades de saúde, de janeiro a agosto, em mais de 5 milhões de pessoas com vacinação completa. Segundo a DGS, um número que apenas representa 0,3% dos vacinados.

Há muito que se sabe que aos hospitais portugueses começaram a chegar doentes infetados pelo SARS CoV-2 que tinham vacinação completa ou até vacinação incompleta, só uma dose. E, hoje, isto mesmo é confirmado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que desde janeiro, ou melhor desde o início do processo de vacinação contra a covid-19, vem a fazer a monitorização contínua de pessoas com esta infeção e o seu estado vacinal.

Ao fim de sete meses, e numa altura em que é anunciado que o país atingiu os 70% de população vacinada, os dados oficiais demonstram que, do dia 1 de janeiro ao dia 8 de agosto de 2021, foram identificados 16 671 casos de infeção por SARS-CoV-2.

Segundo explicaram ao DN, estas infeções, assintomáticas como sintomáticas, foram identificadas num total de mais de 5 milhões de indivíduos, mais precisamente de entre 5 467 487, os quais tinham a vacinação completa há mais de 14 dias. Em termos percentuais 0,3% do total de vacinados, o que não é significativo.

De acordo com os dados disponibilizados ao nosso jornal, e recolhidos ao longo destes sete meses pela DGS e por outras entidades de saúde, nomeadamente Infarmed, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e Task Force para a Vacinação Covid.19, com o objetivo de avaliarem os efeitos da vacinação na população, verificou-se ainda, entre o total de casos de infeções, 115 situações de internamento com diagnóstico principal por covid-19 e 50 com diagnóstico secundário. Dos internados com diagnóstico principal da doença, 19, 67% tinham mais de 80 anos.

No mesmo período, de 1 de janeiro a 8 de agosto, foram ainda identificados 168 óbitos em pessoas com esquema vacinal completo. Destes, 81% (134) tinham mais de 80 anos. Mas continuando a analisar o estado vacinal dos óbitos, entre janeiro e agosto, a DGS refere ter sido observado que 46 óbitos (40%) tinham um esquema vacinal completo, 45 óbitos (40%) não estavam vacinados e 12 óbitos (10%) tinha a vacinação incompleta.

A DGS sublinha igualmente, e como já tinha sido referido esta semana ao DN por um dos seus dirigentes, que "a população mais vulnerável à covid-19 encontra-se quase totalmente vacinada (96% com esquema vacinal completo e 99% com esquema vacinal pelo menos iniciado), pelo que é esperado que a proporção de casos com esquema vacinal completo no total de óbitos aumente. No entanto, realçamos que a pequena proporção de pessoas não vacinadas em idades mais avançadas é responsável por 40% dos óbitos, o que reforça a proteção conferida pelas vacinas contra a doença grave e morte".

EUA | Se não podemos dançar não é uma democracia

António Santos *

O sistema policial e judicial dos EUA é reconhecidamente um modelo de corrupção, racismo e violenta arbitrariedade. Emergem factos singulares que, sob a forma de contrastante caricatura, sublinham esses traços. Um, a participante no assalto ao Capitólio que, em vez de estar a contas com a justiça, é candidata a governadora estadual. Outro, um negro levado a tribunal por ter cometido o crime de dançar face a uma manifestação racista.

Há um país no mundo onde um homem pode ser preso por dançar. Nesse país, o fundador de uma organização de defesa dos direitos humanos arrisca dois anos de prisão por ser negro e ter dançado na cara do ódio. Apresento Ernst Jean-Jaques, mais conhecido como Shimmy. Apresento os Estados Unidos da América.

Faça chuva ou faça sol, duas vezes por semana, Heidi Hiland, membro da Refuse Fascism, marca presença numa concentração para exigir a libertação de Shimmy, educador social e activista da organização de defesa de direitos humanos no Estado de Massachussets (MA), Freedom Fighters Coalition. Foi ela que me contou o que aconteceu no dia 12 de Dezembro de 2020: «Eu estava em Washington DC, na manifestação contra a marcha “milhões MAGA”, mas a maioria dos nossos militantes ficaram em MA para enfrentar o grupo de Dianna Ploss em Swampscott, onde mora o governador. Em vários grupos, começaram a dizer-me o que tinha acontecido ao Shimmy».

E o que aconteceu ao Shimmy foi filmado. Nas imagens pode ver-se um grupo de supremacistas brancos a cantar «consignas pró-Trump». Perante a provocação dos fascistas, um homem negro dança. Depois, vê-se uma mulher a atirar-lhe água. O instinto imediato de Shimmy foi derrubar a garrafa. Também em vídeo, pode ouvir-se a mulher em causa, que responde pelo nome de Linda Greenberg, a admitir ter-lhe atirado água porque «não gostou da dança dele».

Vazamentos que profetizaram fracasso dos EUA no Afeganistão

Vazamentos que profetizaram o fracasso dos EUA na Guerra do Afeganistão

# Publicado em português do Brasil

Rasha Reslan | Al Mayadeen

A revelação mais descarada do WikiLeaks do Diário de Guerra Afegão, um quarto de milhão de documentos confidenciais dos EUA e o provedor desses segredos sombrios expôs a diplomacia americana em toda a linha, mais de uma década atrás.

Na esteira do fracasso da Estratégia dos EUA no Afeganistão, muitos estão fazendo perguntas que serão repetidas pelas gerações futuras: se “os EUA não foram ao Afeganistão para construir uma nação ”, o que eles fizeram? Qual é a razão por trás da guerra injusta no Afeganistão? Por que os EUA mataram mais de 48.000 civis afegãos? Para onde está indo o Afeganistão após a retirada precipitada dos EUA? Todas as respostas estão no “Diário da Guerra Afegã” de Assange, que deu um veredicto definitivo, 11 anos atrás.


A grande saga do WikiLeaking

O atual fracasso retumbante da estratégia dos EUA no Afeganistão não é um golpe do azul. Onze anos atrás, um enorme cache de arquivos secretos do exército dos EUA revelou todas as mortes que assombraram o Afeganistão, de todos os lados e em todas as formas. 

O fundador do WikiLeaks , Julian Assange, desmascarou a verdade por meio de um conjunto de documentos chamado Diário de Guerra Afegão; um extraordinário compêndio de mais de 91.000 relatórios cobrindo a guerra no Afeganistão de 2004 a 2010, pintando um retrato realista do fracasso da guerra dos EUA.

No Diário, Assange revelou como as forças da coalizão liderada pelos EUA mataram milhares de civis em incidentes não relatados, estabelecendo as bases para a desconfiança prevalente nos governos dos EUA, que não foi abrupta. Em grande parte decorreu dos crimes de guerra cometidos no Afeganistão, das maiores mentiras contadas para justificá-los e da falta de responsabilização das administrações dos Estados Unidos, cujos soldados lutaram e morreram por caprichos e interesses e "cuja bolsa pagou a aventura ".

Descrevendo principalmente ações militares letais envolvendo os militares dos EUA, os relatórios também incluem informações de inteligência, relatórios de reuniões com figuras políticas e outros detalhes.

A ocupação dos EUA era tão ruim quanto a dos Talibãs

Para muitos afegãos, a ocupação dos EUA era tão ruim quanto o Talibã

# Publicado em português do Brasil

Branko Marcetic | Jacobin

Apontando para as violações dos direitos humanos do Taleban, os falcões de guerra desejam que as tropas dos EUA estejam de volta ao Afeganistão. De alguma forma, eles já se esqueceram de que a imprudência e o sadismo dessas tropas é o motivo pelo qual o Taleban voltou rugindo em primeiro lugar.

A rápida tomada de controle do Afeganistão pelo Taleban irradiou cenas surpreendentes e terríveis em nossa consciência: funcionários do governo e jornalistas se escondendo enquanto os combatentes do Taleban revistam casas; mulheres sendo forçadas a sair das ruas para se encobrir sob a mira de uma arma; uma multidão desesperada de milhares de pessoas acampadas no aeroporto de Cabul, desesperadas para sair; multidões perseguindo e se agarrando a um avião enquanto ele decola, alguns deles mais tarde caindo para a morte. Com o Taleban invadindo rapidamente o país e os temores de uma onda iminente de violações dos direitos humanos abundantes, o apoio da maioria à retirada dos EUA caiu para uma pluralidade de 49 por cento.

Os falcões de guerra americanos não perderam tempo em apontar para essas e outras cenas para argumentar por uma nova invasão dos EUA. “O status quo de duas semanas atrás era muito melhor do que o que está por vir”, escreveu Eli Lake , argumentando que “a América deve manter alguns milhares de forças em um país que evitou as atrocidades que agora estão ocorrendo”. O presidente do Conselho de Relações Exteriores, Richard Haass, também apontou para a situação das mulheres e meninas afegãs e daqueles sob ameaça de represálias do Taleban, argumentando que o que veio antes era "muito preferível à alternativa que agora está assumindo o poder" e que "o que importa em política externa não é o que você pode realizar, mas o que você pode evitar ”. Explicando por que ele se opôs à retirada, o Dep. Jim Langevin (D-RI) argumentouque as tropas americanas “lutaram pelos direitos humanos, frustrando a ideologia repressiva do Taleban. . . e evitou uma catástrofe humanitária ”, enquanto“ as consequências de nossa decisão de abandonar o Afeganistão estão agora em plena exibição ”.

Mas se os direitos humanos vão ser usados ​​como uma razão para a re-mudança de regime no Afeganistão - poucos dias depois que a primeira rodada terminou em um fracasso embaraçoso após vinte longos anos - um mínimo de honestidade intelectual significa reconhecer que as violações dos direitos humanos foram galopantes muito antes de as tropas dos Estados Unidos e da coalizão saírem, e que eram eles que os estavam levando a cabo.

China | Cinturão e Rota de qualidade com os Estados árabes

China está disposta a avançar cooperação Rota da Seda com Estados árabes, diz Xi

Beijing, 19 ago (Xinhua) -- O presidente chinês, Xi Jinping, enviou uma carta congratulatória à 5ª Exposição China-Estados Árabes, que foi inaugurada nesta quinta-feira na Região Autônoma da Etnia Hui de Ningxia, noroeste do país, dizendo que a China está disposta a promover conjuntamente a cooperação do Cinturão e Rota de alta qualidade com os Estados árabes.

Observando que a amizade tradicional entre ambos os povos se tornou mais forte com o passar do tempo, Xi destacou na carta que a China e os Estados árabes nos últimos anos continuaram a fortalecer a coordenação estratégica e a sinergia de ações, e a construção conjunta do Cinturão e Rota obteve resultados frutíferos.

A China continua sendo o maior parceiro comercial dos países árabes. Diante da COVID-19, os dois lados se uniram para lutar contra a pandemia, dando um exemplo de ajuda mútua para superar juntos as dificuldades, apontou Xi.

Ele afirmou que a China está disposta a trabalhar com os Estados árabes para buscar cooperação e desenvolvimento, promover o desenvolvimento pacífico, obter benefícios mútuos e resultados ganha-ganha, construir conjuntamente o Cinturão e Rota com alta qualidade, elevar a parceria estratégica bilateral a um nível mais alto, e construir conjuntamente uma comunidade China-Mundo Árabe com um futuro compartilhado na nova era.

A exposição acontece em Yinchuan, capital de Ningxia.

Xi diz que China expandirá cooperação com o Iraque

# Publicado em português do Brasil

A China atribui grande importância ao desenvolvimento das relações com o Iraque e está pronta para promover sua parceria estratégica para um maior desenvolvimento, disse o presidente chinês Xi Jinping nesta quarta-feira.

Em uma conversa por telefone com o presidente iraquiano Barham Salih, Xi disse que a China está disposta a continuar a apoiar a luta do Iraque contra a pandemia da COVID-19, expandir a cooperação bilateral em campos como energia, eletricidade e transporte e ajudar o Iraque com a reconstrução econômica e o desenvolvimento social.

Xi destacou que o Iraque foi um dos primeiros países árabes a estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, e também um parceiro importante da China para a cooperação do Cinturão e Rota na Ásia Ocidental e Norte da África.

Como uma amiga sincera do povo iraquiano, a China tem participado ativamente da reconstrução econômica do país, com a cooperação bilateral amigável e prática fazendo progressos constantes em vários campos, observou Xi, acrescentando que os dois países têm se apoiado e se ajudado desde o início da pandemia da COVID-19.

EUA manipulam rastreamento da Covid-19

# Publicado em português do Brasil

EUA manipulam rastreamento da Covid-19 e responsabilizam outros países

Os EUA manipulam a segunda fase do plano de rastreamento da Covid-19, voltado totalmente para a China e, por outro lado, coagiu a Organização Mundial da Saúde e alguns cientistas a abandonarem suas posições justas e objetivas. Em nome de "rastrear a fonte", os Estados Unidos praticam o "estigma", fazendo de tudo para criar boatos.

Do rastreamento do gripe de 1918 ao do novo coronavírus, os Estados Unidos sempre culparam as responsabilidade a outros países, como seus velhos truques.

O rastreamento do vírus deve ser baseado na ciência. A fim de fabricar mentiras sobre a origem da Covid-19, os EUA não hesitaram em "sequestrar" e "banir" todas as pessoas e coisas relacionadas à rastreabilidade científica, adulterando de "vírus da Covid-19" para "vírus da China", acrescentando a inclinação política para cobrir o trabalho de rastreabilidade do vírus com um "filtro político", para que a segunda fase da rastreabilidade abandone os princípios científicos e se desvie do caminho certo...

Sendo o maior país com a política dilacerante do mundo, os EUA consideram culpabilidade da Covid-19 uma ferramenta para a competição bipartidária. O Tio Sam sempre "jogam a culpa para outros", e usam a epidemia como uma ferramenta para demonizar seus oponentes, o que é uma necessidade dos interesses dos partidos políticos numa política eleitoral competitiva.

Diante das ciência e justiça, qualquer tentativa de politizar a origem do vírus da Covid-19 e culpar outros países sempre será transparecida pela comunidade internacional. Vestindo a carapuça de "grande criador de mentiras" e "o maior país em desinformação", os EUA serão repudiada pela comunidade internacional.

Diário do Povo | Web editor: Fátima Fu, Renato Lu 

China apoiará reconstrução pacífica do Afeganistão

# Publicado em português do Brasil

A China continuará a apoiar a reconstrução pacífica do Afeganistão e fornecerá assistência ao desenvolvimento econômico e social, dentro de sua capacidade, afirmou Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em uma coletiva de imprensa na quarta-feira (18).

Zhao disse que a situação no Afeganistão está atravessando grandes mudanças. Depois de mais de 40 anos de guerra, o povo afegão anseia pela paz. A China espera que todas as partes no país resolvam suas diferenças por meio do diálogo e da consulta, evitem novas guerras e desastres humanitários e promovam uma transição sem incidentes.

A China sempre adotou uma política amigável para com todo o povo afegão, o que não mudará ”seja no passado, no presente ou no futuro”, concluiu Zhao.

Diário do Povo | Web editor: Fátima Fu, Renato Lu

Timor-Leste | Anticorrupção detém empresários estrangeiros

Investigadores da Comissão Anticorrupção (CAC) timorense detiveram hoje quatro empresários estrangeiros que alegadamente forneceram equipamento médico e medicamentos ao enclave de Oecusse sem pagar impostos.

Numa nota publicada na sua página oficial no Facebook, a CAC explica que os investigadores efetuaram hoje várias rusgas em vários locais de Díli executando um mandato emitido pelo Tribunal Distrital de Díli.

"A execução do mandado de detenção dos arguidos decorreu nos bairros de Mandarim, Fatuhada, Bairro Pité e em Comoro.

"Os detidos são empresários das duas empresas que ganharam projetos de fornecimento de equipamentos de Saúde e medicamentos ao Ministério da Saúde na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), mas não pagaram impostos ao Estado durante nove anos, desde 2012 ou mesmo em 2020", refere a nota.

Timor-Leste | Haja Haksolok... a peso de ouro e de petróleo?

Timor-Leste investe 11,8 milhões em estaleiro naval na Figueira da Foz

Uma sociedade de Timor-Leste vai investir 11,8 milhões de euros na recapitalização de um estaleiro naval na Figueira da Foz. Para o projeto, o grupo vai contratar 40 pessoas.

Uma sociedade detida a 100% pela Região Administração Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), em Timor-Leste, vai investir 11,8 milhões de euros na recapitalização de um estaleiro naval na Figueira da Foz, centro de Portugal, disse fonte do projeto.

Com o investimento de Timor-Leste nos Estaleiros Navais do Mondego (ENM), detidos pela AtlanticEagle Shipbuilding, esta empresa passa a ter dois sócios: a sociedade de desenvolvimento criada pela RAEOA, com 95% do capital e Bruno Costa, gerente único da Atlantic Eagle, com 5%.

Há seis anos, em 2015, o Governo timorense adjudicou à Atlantic Eagle Shipbuilding, a construção de um ferry, o Haksolok, destinado à ligação com o enclave de Oecusse e a ilha de Ataúro, para além de dois pontões de acostagem e passadiços. Devido a dificuldades financeiras da empresa, o navio não foi concluído e os estaleiros viriam a suspender a atividade em 2018.

Justiça moçambicana vai começar a julgar "dividas ocultas"?

Dívidas Ocultas: Tribunal Supremo espera "maior isenção possível" no julgamento

O Tribunal Supremo (TS) de Moçambique espera que haja "maior isenção possível" no julgamento do processo das 'dívidas ocultas' no país, que arranca na segunda-feira (23.08), indicou a instância.

O vice-presidente do Tribunal Supremo (TS) de Moçambique, João Beirão, citado esta quinta-feira (19.08) pelo jornal O País disse: "Naturalmente, como devem saber, o juiz julga de acordo com a lei e a sua consciência. Nós esperamos que este julgamento ocorra com maior isenção possível, como tem acontecido com outros processos". 

O julgamento do processo das chamadas 'dívidas ocultas', o maior caso de corrupção na história de Moçambique, começa no dia 23 e terá no banco dos réus 19 arguidos, com 70 testemunhas e 69 declarantes. 

João Beirão disse ainda que espera que o julgamento ocorra da "melhor maneira" e que se faça justiça de acordo com a lei, esclarecendo-se todas as questões que estão no processo das dívidas. 

"Esta é a expetativa do Tribunal Supremo e julgo que é de todos os moçambicanos e de outros cidadãos fora do nosso país", frisou. 

Tropa da SADC vai começar combates "muito rapidamente"

Moçambique | Cabo Delgado: Tropa da SADC vai começar combates "muito rapidamente"

O ministro da Defesa de Moçambique assegurou que a força militar da SADC vai começar "muito rapidamente" a combater os grupos armados na província de Cabo Delgado.

Citado esta segunda-feira (19.08) pelo jornal Notícias, o principal diário do país, o ministro da Defesa Nacional, Jaime Neto, afirmou: "Acredito que muito rapidamente a ofensiva da SADC vai iniciar".

Neto avançou que a Força em Estado de Alerta da SADC está a posicionar-se em locais estratégicos em Cabo Delgado, para o lançamento de ataques contra os grupos armados.

A Força em Estado de Alerta para o combate aos grupos armados na província de Cabo Delgado foi lançada a 9 de agosto deste ano, mas ainda não foram relatadas ações de combate da missão.

Não é conhecido o número de efetivos militares que a organização enviou para Moçambique, mas peritos da organização já tinham estimado em cerca de três mil o número de homens que deviam integrar a missão.

É "pecado" ser ativista em Cabinda?

Vários ativistas de Cabinda condenam a forma como são tratados pela polícia, sobretudo em manifestações. Muitos afastaram-se por causa das detenções e abusos recorrentes, o que os faz questionar se é crime ser ativista.

A maneira como muitos ativistas são tratados em Cabinda está a gerar uma onda de insatisfação no seio da sociedade. Em causa estão as detenções arbitrárias, as torturas e os maus tratos recorrentes, alegadamente por parte da polícia.

Os ativistas denunciam a insensibilidade humana verificada nos momentos das detenções. No passado fim de semana, por exemplo, Geraldo Divino foi alvo de uma detenção por parte do Serviço de Investigação Criminal (SIC). O ativista ficou três dias detido sob uma acusação formal por ter convocado uma manifestação em 2019.

Em declarações à DW, Maurício Ngimbi, presidente da União dos Cabindeses Independentistas (UCI), diz que o ativismo em Cabinda é combatido com as forças militarizadas para inviabilizar os esforços empreendidos por estes.

"Quando falamos de Cabinda, estamos diante de uma colónia, pelo que qualquer tentativa de manifestação está condenada à repreensão devido à situação político-militar. Portanto, ser ativista em Cabinda passa a ser um crime, é um pecado grave porque você se declara um inimigo de Estado e perde-se muitas oportunidades", critica.

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